segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Pastoral - Apocalipse 3

     Pérgamo

    "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."             
                             Apocalipse 2,10.
                         
     O que caracteriza esta igreja é sua exposição às provações. A identidade da igreja está relacionada à pregação do evangelho, o que implica rejeição e consequente perseguição.

     Paulo Apóstolo,  a Timóteo, 2 Tm 3,12, adverte que "todos os que vivem piedosamemte em Cristo, serão perseguidos". Em Atos 5,41, no início da história da igreja,  os apóstolos enfrentaram ferrenha perseguição, mas gloriavam-se de que sua identidade com Jesus assim ficasse explícita.
 
     Tiago, na introdução a sua carta, ensina que devemos ter por motivo de toda a alegria passarmos por várias provações. Destaque-se os indefinidos "toda" a "várias", indicando que a condição de fé em Cristo predispõe para o enfrentamento de provações.

       Portanto,  a carta a Pérgamo demonstra que na vida do crente autêntico, assim como no ministério engajado de uma igreja em sua vocação, a presença de provações, perseguição e rejeição, pelo testemunho do evangelho, são indissociáveis.

     Para isso devemos estar preparados. Inclusive como sinal de autenticidade. A mensagem do evangelho é "vinho novo em odre velho". O mundo a rejeita, completamente, assim como quem a proclama,  sendo posta em cheque a prioridade invertida de seus valores.

Pastoral - Apocaliose 2

     Éfeso

      "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres."
                         Apocalipse 2,4-5.

      Não existe igreja verdadeira sem amor. Igreja é  comunhão. Não existe sem amor. Evangelho é demonstração do amor de Deus. Crer em Jesus, o específico do evangelho, é nova vida e novo nascimento: é quando nasce no ser humano o amor de Deus.

      Na carta que escreveu aos Efésios, no mínimo uns 40 anos antes dessa carta de João, Paulo ensinou que o amor de Deus em nós conduz à plenitude de Deus. Leia Ef 3,14-19.

     Portanto,  a perda do amor, principal problema da igreja de Éfeso, nessa época do Apocalipse de João, quase a tornava uma falsa igreja. Porque igreja existe como resultado do amor é para demonstrar aos homens o amor de Deus. 

     Por isso,  nessa mini-carta a Éfeso,  Jesus diz que vai "mover o candeeiro", que representa uma comoção na igreja para que ela retorne ao amor ou perca, definitivamente, sua identidade.

     Crentes tão eficientes,  como a própria carta indica,  mas sem amor. Éfeso estava mais para ONG do que para igreja. Muito urgente essa advertência  de Jesus a todos nós. 

    Constantemente devemos retornar ao amor. A nossa experiência fundante é o amor. O primeiro amor significa esse momento típico e definitivo de nossa fé. 

     Não vamos nos demover dela. Não existe segundo ou terceiro ou uma sequência de "amor": existe um único, primeiro e definitivo amor de Deus em nossa vida. 

Pastoral - Apocalipse 1

    As 7 igrejas

    No Apocalipse, João dedica o livro a sete igrejas. Na verdade, será a todas as igrejas de todas as épocas.

     Sem esquecermos que o conceito bíblico de igreja é mais o grupo de crentes do que a instituição em si mesma. 

     No tempo recente, logo após a morte de Jesus, reuniam-se em cenáculos alugados, casas e até nas varandas do templo de Jerusalém,  antes que começassem a ser perseguidos, exatamente por causa de sua fé. 

    Costuma-se dizer que João Apóstolo foi bispo em Éfeso,  daí conhecer o circuito e os problemas das sete igrejas, visto que situavam-se muito perto uma das outras. 

   Como terá sido a seleção dos problemas que ele aborda? Resolveu indicar cada um deles, destacados no conjunto dessas sete mini-cartas.

   Sem dúvida,  ao lermos, verificamos que ele deu destaque a problemas não estritamente locais, porém enfocou os que podem servir de modelo para todas as igrejas em todos os tempos. 

    Amor em Éfeso. Provações em Esmirna. Proximidade do trono de satanás em Pérgamo. Defesa da doutrina sadia em Tiatira. Identidade de morto ou vivo em Sardes. 

    Porta franca e aberta em Filadélfia. Verdadeiras riqueza, colírio e vestes em Laodicéia. Cada igreja e todas no conjunto apresentam padrões de solução dos problemas. 

    Jesus, a cada igreja, sempre se apresenta como quem tem os atributos específicos para atender a cada uma delas. A visão descrita por João na introdução às cartas, Ap 1,9-20, demonstra, em Jesus, essa capacidade.

    Vamos, na próxima Pastoral, focar individualmente o problema de cada igreja e aplicá-lo à  nossa realidade.

 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Pastoral

      Arrependei-vós e crede no evangelho.

    Jesus saiu em direção à Galileia com a intenção de espalhar essa convocação. E acrescentou dados referentes à urgência de se atender a essa advertência. 

     Dizendo ainda que o tempo estava cumprido e o Reino de Deus próximo, portanto,  atendessem a esse chamado.  Esta mensagem é urgência para a igreja retransmitir. 

     Marcos, o evangelista, quis dizer que Jesus só pregava isso ou que todo o conjunto do que Jesus fez estava subordinado a esse escopo? Quase as duas coisas. 

     Porque tudo o que Jesus disse e fez alertava para essa opção definitiva e final para toda a humanidade.  Definitivamente,  Jesus veio anunciar, num só conjunto, três coisas: (1) último giro dos ponteiros; (2) Reino de Deus às portas; (3) arrependam-se e creiam no evangelho. 

       A única porta de entrada no e pelo evangelho é o arrependimento. E crer no evangelho a única  e última oportunidade do ser humano. Deus tem uma agenda. Pode até não parecer. Mas tem. E a única maneira de compartilhar dela é assumindo o evangelho. 

     Jesus foi o primeiro a anunciar o evangelho. Ele é a própria garantia viva do evangelho. E na Bíblia o arrependimento é  definido como a sensibilidade de Deus no homem para que compreenda,  diante de Deus,  seu real estado. 

    Paulo Apóstolo explica que a "tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação". Interessante notar nessa sequência que (1) de Deus provém a única oportunidade que o homem tem de se entristecer, por reconhecer sua condição de pecador, diante do mesmo Deus. 

     E (2) essa tristeza "postiça", sim, porque nem capacidade de, por si mesmo,  reconhecer sua condição o homem tem, essa tristeza e somente ela produz arrependimento.  Este é,  unicamente, resultado dessa tristeza que somente Deus tem capacidade de produzir, por amor, no ser humano. 

     Finalmente, (3) arrependimento  é para salvação. Essa sequência tristeza segundo Deus - arrependimento - salvação está encadeada e somente possível a partir da fé. Por isso Jesus estabelece "arrependei-vos e crede no evangelho".

    Para entrar na agenda de Deus,  somente possível a partir de uma sensibilidade que provém de Deus. Tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação. Isto a ninguém traz pesar.

      Mensagem urgente e permanente que só a igreja tem a pregar e apresentar ao mundo, até que Jesus venha pela segunda e última vez. Se a igreja não o faz, perdeu sua identidade. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

Pastoral

      Santo dos santos

      Nas ruas. Imaginando que você  não saiba nada da Bíblia.  Santos dos santos era a sala indevassável do Tabernáculo do deserto. 

     Ninguém senão o sumo sacerdote, uma única vez no ano entrava, após aspergir-se com água e levar sangue para besuntar com ele, sobre a arca, a tampa do propiciatório.

     Tudo para simbolizar, como dizia a lei cerimonial em Levítico que, sem derramamento de sangue,  não  há remissão de pecados.

     Na morte de Cristo,  registra Mateus, de cima abaixo rasgou-se o véu que, na tenda do tabernáculo, assim como  em sua réplica, no interior do templo de Salomão,  em Jerusalém,  separava  Santo  Lugar e Santo dos Santos.

     Jesus profanou o Santo dos Santos,  pondo a santidade nas ruas. Santo é  quem está batizado em Jesus. A santidade não mais está restrita ao cubículo do tabernáculo do deserto, nem ao templo de Jerusalém, ambos em ruínas. 

      Está restrita a quem, batizado pelo Espírito Santo em Jesus,  na morte e ressurreição de Jesus Cristo,  para si mesmo morreu e ressuscitou. 

      Santidade como sinal do Reino de Deus. Santo todo aquele em quem opera o Espírito,  vivificando carne mortal, nela operando vida, nela plantando os dons desse mesmo Espírito. 

     Santidade nas ruas. Marcas da criação restaurada entre homens e mulheres. Sinais evidentes do Reino de Deus. Fruto do Espírito em meio aos viventes. 

     Por causa de Jesus, em quem Deus,  encarnado, purga o pecado daquele que crê. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Pastoral

     Pedras que vivem

     Pedro compreendeu o que Jesus quis dizer quando lhe respondeu com uma afirmação a réplica que ele mesmo havia feito. 

    Foi assim: Jesus aproveitou a confusão que faziam a respeito de sua pessoa para, ao mesmo tempo, checar a segurança dos discípulos. 

      "Quem dIzem os homens que eu sou?", fez-lhes esta pergunta. E o grupo começou a responder: Elias; não, João  Batista; não,  outro profeta qualquer. 

      "E vocês,  quem vocês dizem que eu sou?". Foi então que Pedro respondeu: "Tu és  o Cristo, o filho do Deus vivo". Daí Jesus fazer a famosa afirmação, considerada ponto de partida para a igreja.

      Somos pedras vivas edificados sobre Jesus. Somos edifício erguido para habitação de Deus. O Espírito Santo, selo de nossa fé,  confirma-nos em Jesus e nos santifica, como templo onde Deus habita.

     Precisamos entender igreja como essa comunhão essencial. Ainda que seja uma assembleia de pessoas imperfeitas, como somos,  é lugar de comunhão.

     Precisamos educar nossos filhos nesse ambiente. Para que dele nunca se afastem. O mundo lá fora é hostil. E os valores do mundo corrompem os valores da palavra de Deus. 

     Por isso a Bíblia diz que devemos ser luz do mundo e sal da terra. "Assim brilhe a vossa luz diante dos honens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus".

      Não há como nos preservarmos da má influência do mundo sem nos apegarmos à palavra de Deus,  por ela edificados em Jesus. Ele mesmo pediu ao Pai: "santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade".

      Firmes em Jesus. Edificados em Jesus. Santificados em Jesus. Como pedras que vivem, somos edificados casa espiritual, para habitação de Deus, por meio do Espírito Santo. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Pastoral

     Oração

     Intensidade, diversidade, variedade, quantidade, talvez, todos esses substantivos abstratos se apliquem a ela.

     Outra qualificação, exclusiva dela, é que o Espírito Santo, sobremaneira, intercede por nós, como dizem as Escrituras.

    Até (ou, principalmente) nisso Deus supre. Se nos metêramos a orar sem assistência divina, sem essa mediação interna da Trindade, sem chance para nós.

     Quanto mais diálogo, melhor. Seguimos nos ouvindo também, quando oramos, assim como sentindo, melhor, também ouvindo a voz de Deus.

    Será, muito provavelmente, quando oramos e se oramos que o Espírito intercede por nós, falando a Deus, a nosso favor, assim como falando a nós.

    O Espírito é um tradutor bilateral, acho que sensibiliza ou traduz a Deus nossos rogos, assim como a nós fala o que Deus deseja transmitir.

    Gosto da palavra inércia. Popularmente significa parado. Mas, na física, significa resquício de movimento. O efeito de nossas orações nos trouxe até aqui.

     Mais orássemos. Muitas vezes quando decidimos, e foi certo, certamente, ainda que não houvésemos orado, teve compaixão de nós o Altíssimo.

     Mais orássemos. Oi, Deus, com todo respeito, com temor e tremor estou chegando. Muito diferente, sempre para melhor seremos, quanto mais orarmos.

     Nem quantidade, mas qualidade: não é pelo muito falar que seremos atendidos (Jesus). Mas insistência, sim, no hábito de orar e não na seleção para obtenção de "bênçãos".

         Quando iluminados pelo Espírito, conduz a sermos modelados pela oração, porque sua característica principal é nos insuflar a desejarmos sempre mais de Deus.

      Incondicionalmente Deus quer diálogo. Até na profecia está escrito: "Vinde e arrazoemos: ainda que o vosso pecado seja como a escarlata, como o carmezim, vai se tornar puro como a lã".

     Deus não procura santos para a conversa. Jesus disse que veio aos doentes, porque os "sãos" não precisam de médicos. Os fariseus ao verem curado o cego de nascença, perguntaram a Jesus:

      Dizes que somos cegos? Jesus não, jamais: vocês "veem". Por isso, subsiste o vosso pecado. A preferência de Jesus é por pecadores.

     Vê se te enxerga. E começa a orar.


      

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Pastoral 1

       Evangelho

       Neste primeiro domingo do ano usamos Gálatas para falar sobre evangelho, tanto pela manhã, na chácara, com as crianças, quanto no culto à noite.

     O objetivo foi demonstrar a simplicidade do evangelho. A objetividade do evangelho. E como está fundamentado na pessoa de Jesus.

     Citamos 1 Coríntios 15, para dizer como Paulo adverte aqueles crentes que desejava (1) lembrar o evangelho que lhes anunciou, (2) pelo qual seriam salvos, (3) se retivessem a palavra como lhes foi entregue.

      E aos Gálatas, destacamos para as crianças e também à noite, que Paulo estava admirado de que tão depressa se deixassem levar por outras ideias que não eram um "novo evangelho" (que não existe), mas era perturbação alheia.

     Precisamos ter em mente o evangelho. Precisamos conhecer e testemunhar do evangelho. Precisamos pregar o evangelho.

   Cantamos com as crianças um cântico que diz: "Por mim morreu Jesus... Por mim ressuscitou... Um dia voltará". Nesse texto aos Coríntios, acima citado, Paulo diz que evangelho é que Jesus morreu pelos nossos pecados.

     Mas ressuscitou. E o poder que Deus exerceu em Jesus ressuscitando-o, é o mesmo que exerceu em nós salvando-nos. A Bíblia diz que a nossa vida é "novidade de vida".

      Veja isso em Romanos 6,1-4. E também citamos Hebreus 6, a partir do versículo 13: leia até encontrar o trecho que diz que Jesus é a "âncora da nossa alma".

    Irmão, tenha segurança em Jesus. Ele é o Autor e Consumador da nossa fé. Quer dizer que projetou fé, mas não deixou só no projeto: subiu à cruz e consumou, em sua morte e ressureição.

     Creia nisto. Viva assim. Testemunhe com atitudes. Pregue com autoridade. Viva o evangelho a cada dia de 2019. Use sua Bíblia para conhecê-lo, cada vez mais, e anunciá-lo.

        As pessoas confundem religião com evangelho. O evangelho é simples, direto e garantido. As religiões burocratizam, quer dizer, complicam e confundem a mente das pessoas.

       É o que estava acontecendo na Galácia, para onde Paulo escreveu a carta aos Gálatas: "Alguns perturbam vocês e querem distorcer o evangelho".

        Tenha segurança. Jesus é a nossa garantia. Ele é o nosso evangelho.  Amém! (A seguir cante conosco o corinho que ensinamos às crianças).

      

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Pastoral Congregacional

     Tão iguais e tão diferentes. Todos pecaram, diz Paulo Apóstolo. Tão iguais. Ninguém precisa de Cristo mais (e nem menos) do que ninguém: todos pecaram. Tão iguais.

      Mas em Cristo, somos corpo. De novo Paulo, tão propedêutico: o corpo é todo orelha? O corpo é todo pé? O corpo é todo cabeça? Tão diferentes. 

     O pé diz, por não ser cabeça, não quero ser corpo. A cabeça diz ao pé, veja como você está inferior a mim. Acabou o corpo. Virou um monstro.

     Somos Congregacionais para ser tão iguais e tão diferentes. Para formar um corpo. Quando alguém diz, por não ser como eu, você não faz parte do corpo. Virou monstro e não ministro do corpo.

      A ideia do corpo é de Jesus. Ele é a cabeça do corpo. Jesus tem na mão os anjos de cada igreja, quer dizer, ele quer ter nas mãos cada pastor. Jesus é que é o Sumo Pastor.

      Jesus anda por entre os candeeiros, quer dizer, ele anda por entre cada igreja, para conhecer cada uma e cada um e formar corpo do qual só ele pode ser a cabeça.

      Se não houver amor, mentira: Jesus não está presente. Não é corpo. Jesus não é o Pastor. Se não houver perdão, mentira: então não há amor.

     Se não houver amor, não é corpo: é monstro. Se não houver amor, não é ministro: é monstro. Começa um novo ano. Jesus, seja o nosso Pastor.

      Encha de amor a nossa vida. Põe em nós o teu sentimento. Torna corpo. Reina em nosso meio. Toma nas tuas mãos cada anjo de cada igreja. Cada ministro.

      Anda em meio aos candeeiros dessa congregação de igrejas. Ajuda a nos fazer ouvir a voz suave de teu Santo Espírito dizendo que seu fruto é o amor.

      

Pastoral

         Para o dia 1.

         Deus segue conosco no dia 1. Para Deus, todos os dias são 1. Nunca deixou de seguir conosco.

        Deus amou Jonas intensamente. Como poderia chamar profeta um homem tão teimoso? Que pouco sabia o que é amar.

      Deus não discrimina e nem faz acepção de pessoas. Paulo argumenta, como você pode distinguir  entre um e outro, achando-se melhor que o outro?

      No que julgas o outro, condena-te a ti mesmo. Somos, para Deus, todos iguais. Deus segue com você no dia 1. Deus te ama, segue com você todo dia.

      A vocação de Deus é amar. O poeta no Salmo 23 diz que, por amor do nome dele, Deus nos guia por veredas de justiça.

     Mas justiça tem, sim, preço de sangue. Neste caso, refiro-me ao sangue de Jesus Cristo, derramado na cruz em meu e em teu lugar.

      No Salmo 145, o poeta diz que Deus é justo em todos os caminhos dele e perto está de todos os que o invocam em verdade.

      Deus segue conosco. Deus está perto. Única vez que ouvi um homem dizer "Deus meu, Deus meu por que me desamparastes?", foi clamor de Jesus na cruz.

      Terá sido sensação, apenas, como quando Davi disse "não me retires teu Santo Espírito?". Não. Certas coisas somente aconteceram com Jesus, para que nossa comunhão com Deus fosse completa.

     Somente Jesus sentiu-se, assim, tão desamparado. Somente Jesus foi tão intensamente tentado pelo mal a negar Deus. Somente Jesus se fez maldição em nosso lugar.

      Ele esteve onde homem nenhum poderia estar para, definitivamente, nos colocar em comunhão com Deus. Seguimos pelo caminho ouvindo esta entre muitas outras histórias.

      Deus segue conosco. Batizados em Cristo pelo Espírito. Se alguém me ama, há de  guardar a minha palavra disse, um dia, Jesus: "Meu Pai o amará, viremos para ele e faremos nele morada".

         Simples assim. Ao alcance da fé. O que não está ao alcance da fé? Deus segue conosco.