³³ "Portanto, sem demora, mandei chamar-te, e fizeste bem em vir. Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor." At10.
É Pedro mesmo, esse da história acima, que escreve em uma de suas duas cartas que constam nas Escrituras, que anjos anelaram ouvir o evangelho que ouvimos.
Mas a prioridade ficou para nós. E a história de Cornélio demonstra essa ansiedade de um homem piedoso por ouvir o evangelho e todo o esforço é vibração de ninguém menos do que o próprio Deus para isso.
¹² "A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar." 1 Pe 1.
Deus mobiliza ou anjo para instruir Cornélio, um romano ansioso por conhecer mais a respeito dEle. Como Centurião, pode convocar dois auxiliares e mais um soldado, de mesma intenção, para acompanhá-los até Jope.
Pedro estava na casa de um seu xará chamado Simão. E perto das 11h, já com fome, enquanto terminava suas orações no eirado, viu descer do céu sobre si um lençol gigante, contendo toda a sorte de animais, impuros ou não.
Na visão, Deus o ordenava que, indiscriminadamente, deles comesse, pela receita que quisesse. Lotado por escrúpulos, Pedro recusou, mas essa visão se repetiu por 3 (três) vezes com Deus o reaprendendo:
¹⁵ "Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum. ¹⁶ Sucedeu isto por três vezes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu." At 10.
A mobilização agora, por evangelizar Cornélio, está acrescida dessa exceção bíblica, uma visão didática que o próprio Deus concede a Pedro, Ele que tudo conhece desse seu teimoso servo.
E ainda uma mobilização a mais, do próprio Espírito, confirmando para nós o esse perfil desse mesmo Pedro que, um dia, em Antioquia, receberá uma repreensão pública por insistir nessa mesma discriminação de gentios.
¹⁹ "Enquanto meditava Pedro acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão aí dois homens que te procuram; ²⁰ levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque eu os enviei." At 10.
Embora até pensemos que tais coercitivas sejam menos típicas ao Espírito Santo, aprendemos que, para Pedro, era essencial. E previamente advertido, atendeu à convocação dos emissários de Cornélio.
Seguiu e, ao chegar a casa, poderia ter iniciado por outra forma a palavra da qual todos estavam tão ansiosos por ouvir. Cornélio reuniu em sua residência, à beira mar, em Cesareia, um amplo grupo de amigos e familiares.
²⁴ "No dia imediato, entrou em Cesareia. Cornélio estava esperando por eles, tendo reunido seus parentes e amigos íntimos." At 10.
Pedro inicia destacando uma bruta alavanca do preconceito histórico dele e de seu povo contra gentios. Isso não provém nem de Deus e nem das Escrituras. Que micão, Pedro! Não era para se desculpar, ao inverso, por estar ali.
Para logo seguir pregando o evangelho de Deus, como Marcos alude sobre Jesus e Paulo cita aos Romanos. Palavra que por todo o mundo se divulga.
Palavra ao alcance do entendimento. De como Jesus veio e o que fez e pregou por onde passou. O que dEle foi feito, mas como Deus o ressuscitou. Mas tudo ocorreu sob desígnio do próprio Deus.
Por isso é plenamente digno de fé. As pessoas ali acolheram a mensagem, que fez o efeito que, até hoje, perdura, que é atual e nunca caduca. A manifestação de Pentecostes ali se repetiu como garantia.
E puderam ser verdadeiramente batizados com água, para testemunho externo, visto que o próprio Espírito já os havia batizado em Cristo, por testemunho interno.
A pujança, novidade, urgência e beleza do evangelho se viu, impulsionada pelo próprio Deus. Mobilizou anjos, homens, produziu uma visão, mobilizou o mesmo Espírito para que jamais Cornélio deixasse de ouvir a mensagem.
Não há empolgação maior do que a do próprio Deus pelo Seu evangelho. Não há quem mais se deleite pela ação desse evangelho e seu efeito entre nós. Resta a nós vibrarmos, afinados, nessa mesma nota.
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