⁴ "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 Jo 5.
Eu posso dizer ter vivido pouco com Ino. Mesmo porque o Acre está mais ou menos a 4200 km e eu com mais 30 anos aqui.
  E numa das maiores contradições da Bíblia, Eclesiastes adverte que, estando na casa do luto, a gente reflita. 
  O luto é uma hora de memória. Aliás, às vezes ela grita. Surpreende e nos faz mergulhar dentro de nós mesmos. Pelo menos nessa hora,  seja sincero e corajoso. 
  Eu tenho memórias agradáveis dele. Para mim, o jeito das sobrancelhas arqueadas, conferia um ar, com todo o respeito, de constante deboche.
  Eu acho que era um gozador incorrigível. Pois quem com ele conviveu mais perto, corrija-me, por favor. 
  Porque lembro de breves encontros, sempre amigáveis, e de outros mais longos e marcantes, raros pelas razões já expostas.
  Menciono quando nos concedeu sua esposa para madrinha, junto com o cunhado dele, ao casamento de meu filho, em outubro de 2021.
   E anos antes, quando nos ofereceu sua casa para comemorarmos nossos 25 anos de casados. Duas marcantes reuniões, de pura alegria e celebração.
   A vida deve ser mesmo e sempre marcada por alegria e celebração. Ainda acho que ela é sempre um milagre.
  E quando bate o sofrimento, que com ela nunca combina, talvez a memória nos socorra. E lembre amizade. Algo que gruda com a gente e carregamos. Bem, melhor que seja, a vida toda.
   A não ser que nunca tenha sido amigo. E certa vez, criticaram Jesus por não escolher direito com quem andava, que casas frequentava, com quem comia e até com quem bebia.
   Mas a preocupação dele era fazer amigos. Jesus a si mesmo se dizia chegado a Deus e, quem quisesse, dizia ele, Ele tornaria amigo, primeiro de Deus, depois de quantos mais.
    Por que mencionar Jesus? Por causa de amizade. Por causa também de ter vencido a morte. Porque promete que, quem nEle crê, vence o que de ruim há por aí e, afinal, também vence a morte.
   Andaram chamando Jesus de louco. E hoje em dia também chamam de loucos os que creem nEle. Não deixam de sofrer, ainda que creiam nEle.
   Mas nessa hora a memória socorre e não trai. Fé é uma memória que socorre e não trai. E afinal, vence o mundo e vence a morte. Ah, sim: e mantém amizades.
Celebração e alegria em 2021,
no Acre



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