terça-feira, 11 de novembro de 2025

O menino rei e um poema perdido - 2

 ¹ "Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém. ² Fez o que era reto perante o Senhor, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda." 2 Cr  34.

   Um menino de 8 anos que se torna rei, com a declaração de firmeza de conduta, diante do Senhor, começa a explicar por que o poema do profeta Jeremias adquire tanto destaque.

   Desde Davi, mais por causa da fama dele do que, propriamente, por sua fidelidade, não se via um rei como esse. Ainda adolescente de 16 anos, sua prioridade foi tão crucial quanto rara: 

³ "Porque, no oitavo ano de seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e, no duodécimo ano, começou a purificar a Judá e a Jerusalém dos altos, dos postes-ídolos e das imagens de escultura e de fundição." 2 Cr 34.

   Essa disposição por buscar a Deus, mais adiante na história de Josias, vai também se refletir em seu apego às Escrituras de seu tempo, denominada Livro da Lei. 2 Rs 22.

¹⁰ "Relatou mais o escrivão Safã ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me entregou um livro. E Safã o leu diante do rei ¹¹ Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes."

   E os altos a que o texto se refere, são o maior vexame deixado por herança idólatra por Salomão, mais famoso em ter sido sábio do que por sustentar, por toda a vida, a verdadeira sabedoria de Deus.

   Pois Josias vai consertar, derrubando esses altos, que foram altares e templos erguidos, por capricho, aos ídolos das últimas esposas de Salomão.

⁴ "Sendo [Salomão] já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai." 1 Rs 11

   Está posta a diferença entre a fidelidade de Josias à intimidade com Deus e o desvio de Salomão, tomado Davi como modelo dessa fidelidade ao Senhor. Ele tinha seus defeitos, mas foi intransigente frente à idolatria. 

   Na faxina nominal, altar por altar idólatra, ídolo por ídolo, Josias encontrou uma cova diferente das demais. Porque ele mandava desenterrar os ossos dos profetas idólatras e os queimava sobre seus altares, profanando-os.

    Mas o túmulo diferente era do profeta que, anos e anos antes, havia anunciado que Deus haveria de levantar Josias. Que linda profecia, um rei fiel haveria de reinar e cumprir com fidelidade a vontade do Senhor.

¹⁷ "Então, [Josias] perguntou: Que monumento é este que vejo? Responderam-lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e apregoou estas coisas que fizeste contra o altar de Betel. ¹⁸ Josias disse: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar os seus ossos com os ossos do profeta que viera de Samaria."  2 Rs 23.

    Como Hebreus fala de Abel, podemos falar do profeta que anunciou sobre Josias e também deste mesmo rei: depois de mortos, ainda falam e ensinam fidelidade ao Senhor.

domingo, 9 de novembro de 2025

A 🌳 árvore no meio do jardim

 ²⁵ "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam". Gn 2.

   Estar nu e não se envergonhar significa uma condição anterior à queda. O casal estava no jardim do Senhor.  Foi o lugar previamente preparado por Deus e concedido como moradia a Adão e Eva.

    Houve um período, de tempo indeterminado, costumeiramente denominado "Dispensação da Inocência", sobre o qual a Bíblia diz pouca coisa.

   A legenda acima indica, em regra geral, uma condição em que nudez não tinha a marca da malícia e do mercado que adquiriu no mundo atual.

    Não foi e nunca será pecado. Porém a malícia assumida pela queda contaminou tudo na origem. A definição paulina de pecado é a que mais esclarece:

¹³ "Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno."  Rm 7.

    Deus reuniu num lugar só o deleite e perfeição da natureza. Não há como negar sua beleza. Os sons do jardim, o cheiro, as formas, o toque e o sabor.

    O que a natureza tem a oferecer desenhava-se diante do casal. A perfeição de Deus refletida em Suas obras.  Era o perfeito ambiente do Salmo 19.

¹ "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. ² Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. ³ Não há linguagem, nem há palavras,  e deles não se ouve nenhum som; ⁴ no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo." Sl 19.

    A marca de Deus perdura na criação, porém no homem e na mulher outra marca, esta negativa, a marca do pecado passou a existir após a queda do primeiro casal. Dt 32:

⁴ "Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto. ⁵ Procederam corruptamente contra ele,  já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada." 

     Mais do que somente os benefícios da vida no jardim do Senhor, do qual, ao casal, foi concedido cuidar e guardar, sair dele representou perda da comunhão com Deus.

²⁴ "E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida." Gn 3.

      A grande perda representou o bloqueio definitivo para alcançar a árvore da vida. Era ela que estava no meio do jardim. Eva ter mencionado, no diálogo com a serpente, que a outra árvore é que estava nessa posição,  foi grave equívoco:

² "Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, ³ mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais." Gn 3.

      Já operava em Eva o engano,  esse mesmo que transmitiu, como sugestão, ao esposo. A presença do casal no jardim, recebido como herança visava, antes de tudo, ensinar aos dois que o mais importante era desejar para si o caminho da árvore da vida.

⁸ "E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado."  Gn 2.

      Desejar a árvore da vida, mais do que a do conhecimento do bem e do mal, pouparia ao homem a experiência do pecado, assim como ensinaria o modo de, definitivamente, vencer o mal. Inverter a importância da duas foi o início da queda na primeira tentação.

  ⁹ "Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal." Gn 2.

   Mas o caminho para a árvore da vida está aberto. Porque Jesus, por meio de Seu sacrifício na cruz, tornou possível a restauração do ser humano.

   Cumpriu-se a palavra de Deus, quando havia prevenido Adão que, por sua vez, transmitisse a sua esposa, de que experimentar a desobediência, mais do que, somente, apreciar o fruto, representaria a morte.

⁴ "Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis." Gn 3.

   Portanto, entre a vida e o caminho para a árvore da vida existe a morte. Por isso, Deus enviou o Filho ao mundo, como está escrito aos Romanos:

³ "...enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado". Rm 8.

   Jesus Cristo experimenta a mesma morte de todo ser humano, mas venceu todas as tentações, daí ter sido por Deus ressuscitado em justiça e para justificar todo aquele que tem fé no Seu nome:

   ²⁵ "...o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação." Rm 4.

   Jesus traça a rota e nos devolve ao caminho para a árvore da vida. Já no Antigo Testamento, o profeta Ezequiel anunciou a restauração desse caminho e os efeitos das águas que brotam das fontes desse jardim:

¹² "Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio." Ez 47.

  E na profecia apocalíptica está escrito que, nesse dia, todos os que creram em Jesus experimentarão o benefício negado aos nossos primeiros pais, em função de sua desobediência.

   Naquele dia todos os que tem a marca da fé,  a marca do sangue de Jesus, pela justiça do Filho, terão franco acesso à árvore da vida. Devolvida ao centro do jardim, preferível entre todas as outras e agora no centro da vida de todo aquele que crê.

¹ "Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. ² No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos." Apocalipse 22.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O inferno como opção

 ²¹ "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. ²² Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo." Mt 5.

   Jesus demonstra como uma aparente leve ofensa oculta um mal maior. Concorda com Obadias, o profeta do menor livrinho do Antigo Testamento:

¹² "Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia'. Obadias 1.

     Esse "olhar com prazer" significa intensa alegria íntima, transbordante de prazer pela derrocada do inimigo: essa aparente leve ofensa esconde hostilidade, vingança e revide.

    Daí a sentença ao inferno, porque há ódio dissimulado, quem sabe desejo íntimo de assassinar. Jesus é quem, na Bíblia, mais menciona inferno. Seguem, então, algumas correções dessa ideia.

     Deus nunca envia, mas somente resgata do inferno. No versículo abaixo, registra-se a ação desse transporte:

¹1 "Ele [Deus] nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor". Cl 1.

    Definição de inferno é estar sem Deus,  o que é opção livre de qualquer ser humano.  Por se dizer ateu ou por ser hipócrita ao se dizer crente.

    As Escrituras são o referencial para Deus. E nela Deus sempre procura comunhão com o ser humano que criou. Mas este se perverteu. Então Deus somente aceita comunhão pelo resgate da condição de pecado.

   E isso é radical e somente possível pelo processo que as mesmas Escrituras indicam: batismo na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Somente santificados nesse processo, haverá comunhão com Deus.

   Paulo Apóstolo, em Ef 5, apresenta cinco características de um alienado dessa realidade:
¹² "... naquele tempo, estáveis (1) sem Cristo, (2) separados da comunidade de Israel e (3) estranhos às alianças da promessa, (4) não tendo esperança e (5) sem Deus no mundo."

   Está posta uma vivência com Deus desde esta vida. Se você quiser, considere céu, desde já, a comunhão eterna com Deus. Então a obtenha crendo em Jesus Cristo.

  E mesmo que não se queira, inferno, desde já, é a ausência de comunhão com Deus. A cruz de Jesus Cristo é o trauma suficiente para pagar todos os pecados que existem.

  Mas a negação dela mantém o afastamento em relação à Deus. E esse afastamento não é opção de Deus, mas opção livre, quer dizer, escrava de quem assim decidir. Pois inferno é a definitiva opção pelo afastamento de Deus. Sem Deus no mundo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O menino-rei e um poema perdido - 1

 ²⁵ "Jeremias compôs uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras, nas suas lamentações, se têm referido a Josias, até ao dia de hoje; porque as deram por prática em Israel, e estão escritas no Livro de Lamentações." 2 Crônicas 35.

   Não  está.  Quer dizer, foi escrito no Livro de Lamentações mas, lamentavelmente, no exemplar com esse nome, na Bíblia, não encontramos esse famoso poema de lamentação escrito pelo profeta.

  A fama está garantida por dizer que todos os cantores e cantoras, ao performar esse gênero poético, mencionavam Josias e por tanto tempo que o autor do texto acima refere-se que "até o dia de hoje", ou seja, até feito o registro no livro de Crônicas.

   Tornou-se prática em Israel. O que teria Jeremias escrito? Por que marcar com tristeza, por um lado, porém com profundo louvor, por outro, a personalidade desse rei?

   Ele foi neto de Manassés, talvez o pior rei de Israel, pelo ineditismo depreciativo de ter sido o único descendente de Davi a sacrificar filhos em altares idólatras:

⁵ "Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do Senhor, ⁶ queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira." 2 Cr 33.

  Porém também inédito, no que se refere ao nosso entendimento, mas corriqueiro, no que se refere ao modo divino de amar, Manassés se arrependeu e, certamente, se vamos encontrar Josias convertido, bem cedo em sua infância, a história de seu avô pode ter contribuído:

¹² "Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; ¹³ fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus." 2 Cr 33.

  Mesmo porque o pai de Josias,  Amom, com apenas 22 anos, reinou em lugar de Manassés, seu pai, apenas um jovem, reinando apenas 2 anos, por ter sido brutalmente assassinado, mas foi tempo suficiente, nessa vida fugaz, para não agradar ao Senhor. Resolveu se tornar herdeiro da vida pregressa do pai dele:

²² "Fez o que era mau perante o Senhor, como fizera Manassés, seu pai; porque Amom fez sacrifício a todas as imagens de escultura que Manassés, seu pai, tinha feito e as serviu. ²³ Mas não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara; antes, Amom se tornou mais e mais culpável." 2 Cr 33.

  O menino Josias teve, então, duplo modelo de conduta, o mal exemplo leniente do pai e o mais remoto exemplo de genuíno arrependimento na vida do avô. Pois escolheu o que lhe marcou a consciência e muito cedo se revelou fiel servo do Senhor. (Segue).

sábado, 1 de novembro de 2025

Firmeza na autenticidade do evangelho

 ⁶ "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, ⁷ o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. ⁸ Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. ⁹ Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. Gálatas 1.

  1. O "admira-me" de Paulo: o apóstolo, conhecendo (1) a importância do evangelho, (2) os efeitos de seu ministério entre os gálatas e (3) o conteúdo fiel que ele compartilhou, ele se alarma com a displicência daqueles crentes;

2. O que perturbava aqueles crentes é o que pervertia,  fosse o evangelho ou o compromisso deles com o evangelho? Porque não há outro. O que pode nos levar a distorcer, apequenar os efeitos ou menosprezar o evangelho?

3. O próprio apóstolo, que foi para eles fidelidade e garantia de idoneidade, afirma ser tanto o evangelho, quanto a capacidade de lhe reconhecer, como mensagem, o conteúdo, certificando-se de sua integridade, está assegurado: nem ele se pregar outro ou até um (falso) anjo podem ludibriar seu conteúdo e seus efeitos.

4. Nunca deixar ir além. Permanecer no conteúdo do evangelho, nos efeitos e poder do evangelho e no testemunho do evangelho.

1.1. Qual a importância do evangelho?

Gl 1,12: não  aprendido de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo. 

O evangelho é o poder de Deus, Rm 1,17, especificamente para a salvação;

Gl 1,4, Jesus

 (a) se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados para 

(b) nos desarraigar deste mundo perverso 

(c) segundo a vontade de nosso Deus e pai.

1.2. Quais os efeitos do evangelho: 

Paulo descreve com detalhes sua conversão (Gl 1,10-2,21; At 22,2b-21; At 26,4-23). 

Primeiro o efeito na vida dele, para bênção na vida de tantos outros (1 Tm 1,12-13). 

E esses efeitos perduram: evangelho não é somente um clique para a salvação, mas preenche de virtude a vida eterna  (Gl 2,19-20).

1.3. O conteúdo do evangelho é  fiel e verdadeiro:

 (a) Jesus foi o primeiro a pregar o evangelho (Mc 1,14-15) de Deus; 

(b) e trata do Filho, em quem tudo se completa a nosso favor (At 2,22-24); 

(c) e por meio de quem Deus opera eficientemente em nossa vida : 

1⁰ evangelho não é sua entrega a Cristo, mas a entrega de Cristo por você; 

2⁰ evangelho não é somatório de minhas atitudes certas, não,  boas obras não conduzem à Cristo, as autênticas são resultado da operação de Cristo em nossa vida;

 3⁰ a fé não é  nossa, não somos salvos pelo nível de nossa fé, mas por intermédio de nossa fé, sendo Jesus o objeto de nossa fé.  O poder é de Deus, em Cristo; 

4⁰ Jesus é Salvador, ele nos livra do poder do pecado, santifica-nos em vencer o pecado, substitui-nos quanto ao juízo do pecado.

(Ilustração: o afogado e o manual de natação) 

Deus nos libertou do inferno (Cl  1,13); 

Deus por suas mãos operou em nós a circuncisão que salva (Rm 2,29); 

Deus é o operário da videira, que é Jesus e seus ramos, que somos nós, a Igreja (Jo 15,1-2).

Paulo a Timóteo:
1. Expor aos irmãos com sabedoria toda a palavra (Js 1,7-8) alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina (1 Tm 4,6);
2. Exercita-te pessoalmente na piedade (tudo o que acrescenta músculos à fé);
3. Ordena,  ensina,  mas seja padrão;
4. Nunca seja negligente com o dom (mas também nunca se ensoberbeça);
5. Medita, seja diligente e progrida;
6. Tem cuidado de ti, para não se desqualificar, e da doutrina, para permanecer fiel;
7. Continua.

2. Como (se) manter o evangelho vivo, verdadeiro, pleno:

2.1. Identificar pela Palavra de Deus,  a Bíblia,  a autenticidade do evangelho: At 10,37-40; 

2.2. Reconhecer nas Escrituras a fonte de toda a instrução no e pelo evangelho: 2 Tm 3,16; 

2.3. Enfrentar a luta contra o mal, planificado no e pelo Espírito: Gl 5,16-17 e 22-23. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O efeito das orações

⁸ "...e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos". Ap 5.

³ "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; ⁴ e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. ⁵ E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto." Ap 8.

   O momento em que, no Apocalipse, o Cordeiro toma, da mão dAquele sentado no trono o Livro, é decisivo, por marcar o início da ação de todo o Apocalipse.

  Solene,  ali estão presentes os seres viventes, os 24 anciãos, milhares e milhares de anjos e ainda ¹³ "... toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há" foram testemunhas desse ato e dignificaram Aquele sentado no trono e o Cordeiro.

   E nas mãos dos 24 anciãos, além de harpas, havia taças de ouro e nelas contido incenso, que João explica dizendo ser as orações dos santos. Vejam bem, esses santos somos nós, todos os crentes em Jesus.

   Adiante, quando o Cordeiro retirar o sétimo e último selo do Livro, então serão concedidas a 7 anjos sete trombetas 🎺, um outro anjo se colocará estrategicamente junto ao altar, tendo nas mãos um incensário de ouro, sendo-lhe dado muito incenso a oferecer no altar, ³ "...com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono". Ap 8.

  Sobe, das mãos do anjo, à presença de Deus, a fumaça do incenso com as orações.  E são as orações de todos os santos, vejam bem, que são todos os crentes em Jesus de todos os tempos.

  E a cena seguinte não poderia ser outra ou mais surpreendente: ⁵ "E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto." Ap 8.

   Todas e cada oração uma vez feita. Coerentes ou não, sinceras ou hipócritas, maduras ou superficiais. Mas foram todas, indistintamente, por Deus ouvidas, presentes em Sua memória eterna, que agora são atiradas à terra.

   Esta cena parece ensinar de que nunca se foge de uma oração, diante de Deus efetivada. Deus as devolve à terra, porque todas foram ouvidas, nenhuma ficará sem reposta e seus efeitos, inscritos na eternidade, estão definitivamente marcados na história humana.

   As orações também serão instrumento de juízo. Porque muitas atitudes injustas, pela ação humana, motivaram orações. Tais situações foram promotoras de angústia e sofrimento. Portanto, Deus há de confrontar a humanidade e contrapor a ela o efeito das orações.

   O homem desacredita, ora supondo ser a cova o fim de tudo, ora supondo que nenhuma de suas atitudes serão revisitadas. Está embutido na culpa a impunidade. Também ora se pensar que Deus não existe, ou não tem memória.

  Todos seremos confrontados com todas as orações, sejam as nossas, sejam a de todos. O efeito das orações é estar diante de Deus, para, afinal, conhecer o que somos, o que dissemos e o que fizemos.

    Surpreendente será o efeito de todas as orações.  Jamais cairão no esquecimento. Jesus mesmo adverte:

³⁶ "Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; ³⁷ porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." Mt 12.

    Aliás, em Mateus 6, há uma série de orientações dadas por Jesus, o único com autoridade para se intrometer nas orações:

⁵ E, quando orardes, (1) não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. ⁶ Tu, porém, quando orares, (2) entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. ⁷ E, orando, (3) não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. ⁸ Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais."

   E outra ressalva do Apóstolo Paulo, quanto à orientação do Espírito, como se fosse um professor do prezinho:

²⁶ "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis." Rm 8.

   E ainda vale muito lembrar um conselho dos sábios, com relação a muita cautela ao falar:

² "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras. ³ Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras." Ec 5.

    Nesse dia, esse mesmo, de compadecer diante de Deus, como Ele é, e nós diante dEle, como somos. João nos consola, quando afirma, termos advogado junto ao Pai. 1 Jo 2:

¹ Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, "Jesus Cristo, o Justo; ² e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro." 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Carta de Oração

      

     Amados, esse será nosso último relatório desse ano de 2024 e gostaríamos antes de tudo agradecer a Deus por cada vida e igreja que tem se colocado diante de nosso Deus em oração por nossa família e ministério. Nós somos gratos ao nosso Deus por cada vida que tem orado e intercedido por nós, somos devedores de vossas intercessões e valorizamos cada uma delas.

Desde que resolvemos aceitar esse desafio, de voltar a Espanha depois da nossa vinda e volta precoce em 2018/2019, temos visto a boa mão de Deus se manifestar e atuar nessa direção. Estar na Espanha demanda tantas coisas que muitas vezes nos vimos totalmente incapazes de aqui estarmos, tudo que se necessitava para que aqui pudéssemos estar foi sendo acrescentado dia a dia sem que necessitássemos “arrombar porta alguma”, 1º Samuel 16.12. As portas para obtenção de documentos como visto de entrada, apresentação de documentação junto a Polícia Nacional Espanhola, renovação de autorização de estada e afins foram se abrindo conforme as necessidades iam se apresentando, todas essas portas, uma a uma, sendo abertas gentilmente pelo nosso bondoso Deus.

 No quesito estrutura, até aí a boa mão de nosso Deus nos acompanhou, visto que não tínhamos, não temos ainda, Agência Missionária, Igreja ou irmãos nessa terra, Deus na sua infinita graça e amor providenciou um teto que conseguimos alugar, providenciou quem pudesse nos buscar no aeroporto e nos ajudar para comprarmos pratos, talheres e as demais coisas necessárias para se começar a vida. Chegamos no aeroporto de Manises, Valência, só com nossas malas e a promessa de que uma pessoa, não crente, ali estaria para nos dar uma carona e nos ajudar nesses primeiros passos, a essa pessoa nossa gratidão e nosso pedido de que nosso bondoso Deus lhe constitua família nessa terra, Êxodo 1.21. Assim começamos a reescrever essa história de missões, mas essa, com a ajuda das orações de alguns irmãos do Brasil, com ofertas de um grupo de irmãos no Brasil e duas igrejas, a saber, IE Fluminense e IEC Santa Isabel, a estes irmãos, irmãs e igrejas somos gratos por acreditarem em nosso chamado e vocação.

Os movimentos de entrada e reentrada no campo missionário nunca são fáceis, existem tantas variáveis nesses processos que mesmo que planejemos tudo da melhor forma, e devemos fazer, a coisa pode dar errado. Necessidades emocionais, espirituais, humanas e de toda sorte se levantam nesse tipo de processo. Quando uma família de missionários faz esse movimento, sem a estrutura mínima necessária, e foi nosso caso, só o poder de Deus pode dar cabo de tal missão.

Nossa filha, com 14 anos na ocasião, foi a que mais sofreu, haja vista ela ser obrigada, por conta do colégio, a ficar totalmente imersa na cultura. Irmãos, como as dificuldades de adaptação de nossa filha nos machucaram! Como foi duro ver nossa filha chorando escondida, se desesperando com o dialeto no qual as aulas são ministradas nessa região, com saudades da igreja, avós, família, amigos e de tudo que deixou para trás para chegar e este povo. Nós não temos dúvidas de que essas dores deixaram “cicatrizes” nela e em nós. Diante do que foi exposto acima podemos dizer, com a boca cheia, que Deus tomou, toma e tomará sempre conta de nós.

Não viemos a essa terra construir riquezas, depender de “contatos”, arrombar portas de forma bem sutil e dizer que Deus as abriu ou coisas do tipo, viemos a este mundo servir a Deus e viver na Sua dependência. Tal coisa não é fácil, tal coisa demanda uma coragem que nunca suporíamos ter, um nível de entrega que demanda literalmente colocar TUDO no altar do ministério.  Não é fácil, não é algo digamos assim, confortável, pelo contrário, é difícil, é desafiador e nos tira todo tempo de um negócio chamado zona de conforto, mas ainda assim é algo nosso, algo tão particular quanto intrigante, tão valioso que nos custa acreditar ser nosso. A maior alegria do ministério, pensamos nós, é ter algo tão valioso nas mãos, algo que observamos Deus literalmente investir em nós a cada dia para que dê certo, de fato um tesouro em vasos de barro.

Uma vez instalados e tateando a terra sem a conhecer fomos buscar um lugar para congregar e outro para que pudéssemos de alguma forma dar seguimento ao ministério junto aos refugiados africanos. Com relação a congregar achamos uma igreja Batista Regular na cidade onde vivemos, Villarreal. Agradecemos a Deus pois nesta igrejinha, no Brasil seria um ponto de pregação, fomos acolhidos, abraçados, cuidados e incentivados a continuar. Nesse pequeno grupo podemos pregar, ensinar, cantar e servir aos irmãos. Nessa igrejinha temos a oportunidade de servir aos irmãos da fé que temos aqui.

 Nesse pequeno grupo podemos viver o que vivemos em nossa igreja e isso faz uma diferença enorme. Glórias ao nosso bendito Deus por esta igrejinha! Glórias ao nosso bendito Deus pelas diversas “igrejinhas” da Espanha que conta com menos de 1% de crentes em sua população. No meio desse deserto Deus mantém essas portas abertas para serem os oásis de gente como nós que estava sedenta de sentir o calor que advém dos irmãos da fé quando esses se reúnem. Ninguém, absolutamente ninguém, é igreja sozinho.

Na outra frente, a de trabalho com refugiados que chegam as praias espanholas advindos da África do Norte, essa parte da África que é banhada pelo Mar Mediterrâneo, começamos a entender mais essa realidade quando nos apontamos como voluntários na Cruz Vermelha.

Amados, gostaríamos de abrir um parágrafo aqui para discorrermos sobre esses refugiados e a Cruz Vermelha. Esses refugiados, geralmente homens, com idade entre 18/40 anos, são pessoas que deixam seus países, familiares, religião, modo de vida e afins em busca de trabalho, sim eles querem trabalhar, eles não querem explodir nada. A vida desses homens, mulheres e crianças está voltada para sua subsistência mínima aqui e envio de dinheiro para suas famílias que continuam na África. Dificilmente você encontrará um desses refugiados africanos em bares, shoppings, praias, parques e afins se divertindo, a vida deles se resume a basicamente dois movimentos, casa e trabalho. Eles chegam aqui só com a roupa do corpo, sem saber falar o Castellano e sem a menor noção dos costumes dessa terra. Chegam e tentam a todo custo conseguir um emprego, aprender a língua e acertar os documentos, e é nesse circuito que entra a Cruz Vermelha, ela de forma bem organizada mostra a eles que o processo aqui é justamente o contrário, primeiro se arruma a documentação, aprende-se a língua e depois, só depois, se arruma um emprego.  

A Cruz Vermelha disponibiliza para alguns poucos refugiados africanos moradia, vestimenta, alimentação, ajuda jurídica para arrumar a documentação, cursos de Castellano e cursos profissionalizantes. Olhando os refugiados de perto e tendo acesso a eles fora da Cruz Vermelha fica nítida a janela de oportunidade que a Igreja de Cristo tem aqui com esses homens e mulheres que são, na sua grande maioria, islâmicos. O islã, aqui, não tem estrutura e muito menos interesse de fazer esse serviço. Buscamos uma missão que fizesse isso aqui na Espanha e simplesmente não existe! Buscamos tentar compreender o universo evangélico espanhol, até para não sermos injustos, e percebemos que as igrejas não querem se envolver com esse ministério. Aline tem dado aulas de Castellano para essas pessoas e um dia desses fez a seguinte pergunta: Vocês gostariam de ter mais aulas semanais? Vocês estariam dispostos a ir para um outro lugar para aprender o Castellano? A resposta, em uníssono, foi que sim. A resposta nos alegrou, e nos encheu de esperança, uma vez que isso, essas aulas, podem se tornar um caminho para uma porta, estreita é bem verdade, mais cheia de vida. Mas por enquanto não temos um local para essas aulas.

Voltando a Cruz Vermelha, dentro dela, de suas dependências ou em suas atividades fora, somos proibidos de tocar no tema Jesus ou religião. A Cruz Vermelha é adepta da agenda LGBT, WOKE, 3030 e afins, ela tem uma rede de captação de recursos que vai desde seus doadores mais comuns como o magnata Soros até a venda de bilhetes de loteria feito nas casas de apostas da Espanha. A Cruz Vermelha não é um lugar onde se possa evangelizar esses refugiados africanos ou os exilados da América do Sul e China, é apenas o lugar onde podemos estabelecer o primeiro contato com eles, onde podemos nos deixar conhecer por eles e os conhecer. A Cruz Vermelha, com uma estrutura enorme e caríssima, pensamos nós, faz pouco. Já trabalhamos com orçamentos muito menores e fizemos chegar cada centavo que nos era confiado ao público alvo. Nos dói observar o tanto de dinheiro que poderia se traduzir em teto, roupas, comida e mudança de vida se esvair no sumidouro do corporativismo que visa elevar a bandeira dessas agendas nefastas.

Semana passada começamos a entrar em contato com um órgão chamado DIACONIA, eles fazem um assessoramento parecido com o de Cruz Vermelha, acomodação, documentação, língua e trabalho, esperamos em Deus que esse contato possa resultar em algo, em uma outra porta pela qual possamos ir nos aproximando deles, de sua realidade e necessidades reais, pensamos e oramos para que esses esforços e pontes venham a desaguar em um trabalho, bem cuidadoso, de apresentação do evangelho para eles, não do evangelho catequisado, mas do evangelho vivo e vivido em amor. Só para se ter uma ideia, esse ano já chegaram na Espanha mais de 60 mil refugiados em suas praias.

Temos dado aulas no Instituto Missionário Projeto Zero, essas aulas, on-line, são ministradas uma vez por semana e temos tido a honra de envidar esforços na formação de obreiros para o Sul de nosso país, Brasil, e aquela parte da América do Sul. Esse ano que se avizinha, 2025, dois estudantes estarão indo para o Uruguai par ali ajudar o Bira e sua esposa. Nossa alegria de poder ajudar e ver essa obra se desenvolver é enorme e agradecemos ao nosso Deus por isso.

Vamos encerrando esse relatório anual agradecendo, mais uma vez e sempre, a todos os irmãos que tem intercedido por nós diante do trono de nosso Deus, a vocês nossa reverência, nossa gratidão e nossa honra.

Queremos agradecer aos irmãos, irmãs e igrejas que tem nos ajudado com o tema do sustento e das ofertas, que o nosso Deus vos retribua toda generosidade com a qual vocês têm dispensado para nós. A vocês, intercessores e mantenedores, nossa oração é que possamos vos apresentar frutos dignos dos vosso esforço para conosco. Queremos agradecer ao casal de missionário Cesar e Rosa, que trabalham em uma missão voltada para os peregrinos do caminho de São Tiago de Compostela, esses amados sabedores de nossa dificuldade com relação a um meio de transporte ao receberem a doação de um carro nos ofertaram o que eles tinham, nunca, absolutamente nunca, vamos nos esquecer disso, a vocês o nosso muito obrigado também.

Esse mês, mês de dezembro, é o mês em que celebramos o Natal, o nascimento de nosso Senhor, que o Natal de cada um de vocês que agora tem acesso a esta carta possa ser cheio de paz, alegria e amor, possa ser um Natal cheio de Cristo.

Com estimas e carinho e saudades.

Gustavo, Aline e Júlia Leite