Deus Coach, Influencer ou Youtuber. Precisamos de urgente atualização. Deverá ser o porquê a própria Bíblia está sendo (muito) pouco procurada.
No meu tempo, e olha que já vão 65 anos, quase 60 como crente, reclamava-se do tamanho da letrinha e porque era um livro grosso e sem imagens.
Embora meu pai e o irmão mais velho dele tenham lido esse livrão com letras miudinhas e sem figuras à luz de lamparina, lá na roça, no Farope, com apetite, muita gana.
Mas era noutro tempo, em que a espiritualidade era outra, achegava-se ao Livro com fome, coma o rolo, como ouviu Ezequiel, entre outros. E comia-se.
Era porque ia-se ao rolo acreditando encontrar nele verdades. Como comentou Jesus, vocês vão às Escrituras (pelo menos) buscando vida eterna, e elas testificam de Mim.
Mas atualmente, além do desgaste de descrédito, e espantem-se, há até quem professa ser de tradição protestante, mas não atribui ao Livro fidelidade quanto a tudo quanto afirma.
Filtram-se conteúdos, adaptados ao gosto deste século, multiplicam-se hermenêuticas, ao gosto do exposto nas prateleiras do politicamente correto e perde-se o conteúdo principal do Livro nesse milk-shake de embates.
Então precisamos urgente de outros tipos de mediadores. Precisam estar atualizados. A piedade da busca do conteúdo do livro, como a que o buscava à luz de lamparina, perdeu-se na transição da geração de meus pais para esta.
Subjazem, na consciência anêmica dos púlpitos, conceitos, ideias e teorias que transferem dúvidas a respeito da legitimidade das afirmações do Livro.
O que, aliado ao mal preparo de muitos pregadores e ao desinteresse contínuo pela leitura devocional do livro, no dia a dia da caminhada da vida, que ele se torne apenas uma referência ocasional, usada da estratégia socioemocional de autoajuda.
Precisamos de Coaches, Infuencers e Youtubers que nos devolvam, por meio de seu entretenimento fluido, um interesse, pelo menos supersticioso, quem sabe astrológico pelo livro. Porque pregações e estudos bíblicos ninguém aguenta.
Por favor, alguém inclua em nossos seminários (se essa alcunha de nome ainda prevalecer a esse século), por meio de cursos on-line, é claro, disciplinas que formem esses novos profissionais da arte digital.
Atualização deve ser o termo-chave. Igrejas on-line. Relações pontuais. Não é a igreja que tem de ditar meios, processos, normas, comportamentos. Ela apenas precisa atualizar-se.
E quanto a seus membros, não se preocupem. Não precisam mudar. É ela que precisa se adaptar. Caso haja dúvida, não nos preocupemos: apenas por impor nossos novos hábitos, essa nova adaptação vai se concretizando.
A igreja é o que somos. Cada vez mais. Ou cada vez menos. Mas não esqueçam que há na Bíblia uma opção permanente de consulta, para avaliação.
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