sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Fim de ano e o pouco de Jesus em três realidades

  Ainda fascinado pelo pouco de Jesus. Daquela célebre fala na casa dos irmãos Marta, Maria e Lázaro. "Pouco é necessário, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada".

  Coisas de Jesus. E nesse clima de "virada de ano", economizar nos prognósticos é muito aconselhável, para não nos iludirmos com os caprichos do calendário.

  Mudança, quando se trata de evangelho, é diária, e não somemte na "virada". Assim como o pouco de Jesus, para se obter, só pelo poder, e o poder de Deus.

  Em primeiro lugar, o novo ano não poderá vir ou ser vivido sem a realidade da cruz. Jesus mesmo afirma, sendo permanentemente válido:

²³ Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. ²⁴ Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará." Lc 9.

   "Toma a tua cruz e siga-me", como menciona o autor de Hebreus, signfica sair, fora da cidade, ao encontro de Jesus, no lugar da vergonha nossa que Ele carrega consigo:

¹² "Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. ¹³  Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério." Hb 13.

   Não encare como linguagem figurada. Óbvio que não se trata da cruz física e histórica que Jesus assumiu, mas de tudo equivalente a obter uma dolorida renúncia de nós mesmos, somente possível pelo poder e pela identidade com Deus.

   A segunda coisa, aliás já explícita na fala de Jesus, acima, vem mais claramente exposta no testemunho que Paulo dá a respeito de sua conversão, ou seja, a realidade da perda total:

⁸ "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo ⁹ e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé". Fp 3.

  Semelhante ao sinistro que o seguro reluta em cobrir, não se iluda: perca tudo para se conquistar Cristo, ou fica-se com o que a avareza amealhou para si e perde-se Jesus. Toma lá, dá cá, com Cristo, ganha-se; sem Cristo, perda total.

   Acostume-se com o básico para 2025. Ponha-se na rota da cruz de  Cristo, como ele disse, "Toma a tua cruz e siga-me", como também menciona o autor de Hebreus, ao encontro de Jesus e da vergonha nossa que Ele carrega consigo.

   E finalmente, após saber da cruz e da perda total, para a jornada do ano que entra, mire-se na realidade do amor. É inadiável como as outras duas. E sem elas a identidade cristã estará, definitivamente, comprometida:

¹⁸ "... a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade ¹⁹ e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus." Ef 3.

   No texto da "perda total" acima, Paulo menciona "por anor do qual (Cristo) perdi todas as coisas". Agora, afirma a essencial tarafa de que conhecer o amor de  Cristo é ser tomado de toda a plenitude de Deus. Entendam, não há nisso demagogia e nem intenção Fake. Não há meios termos: o papel, definição e razão de ser da igreja é esse. 

   Para a virada, o pouco de Jesus. A melhor parte que se não nos será tirada. Um caminho que sempre vai dar numa cruz de renúncia a si mesmo, perda total, para se ganhar Cristo e conhecer o que excede todo o entendimento, o que seja, o amor de Cristo.

   Pronto. Coloque em sua agenda, todo dia, até 31/12/2025. Pelo poder de Deus. 

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