quarta-feira, 23 de abril de 2025

Sempre oração

 ⁸ "Contudo, o Senhor, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida." Sl 42.

  Duas justificativas: primeira, por que, novamente, falar sobre oração? Porque sim. Oração é coisa contínua, de toda a hora.

  Segunda justificativa, por que, de novo,  citar o Salmo 42: porque traz esse versículo encimado, que trata sobre uma oração que brota espontânea.
  
   Durante o dia e à noite,  como mencionado pelo salmista,  é  sempre tempo de oração.  Ao mesmo tempo (des)interessada.

   Interessada, porque é melhor não orar por besteiras. Desinteressada, porque oração não é negociata com Deus. Requer compromisso e coerência com o que se diz.

   Se tomamos Jesus como exemplo, há a chamada "Oração do Pai Nosso", porque assim inicia, na qual Jesus define, em linhas gerais, pelo que orar e com que abrangência.

   E a de João 17, chamada de "Oração Sacedortal", porque por ela Jesus expressa, no final de seu ministério terreno,  do que foi mediador a nosso favor.

   A definição do autor de Hebreus, sobre o que é ser sacerdote,  aplica-se plenamente a Jesus:

¹ "Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados". Hb 5.

   Então,  lemos Jesus ensinando a orar e também lemos a oração pessoal por ele feita. Juntando com outras instruções sobre oração,  no mesmo Sermão do Monte, e outras vezes em que se menciona que ele orou,  ele é nosso modelo também nisso.

   Interessante iniciar por "Pai" a oração ensinada. Só pode chamar Deus de Pai quem foi gerado por Ele. Não quem somente presume que o tenha sido.

   E é supreendente perceber que, na chamada sacerdotal,  o assunto da oração somos nós,  a igreja que Ele havia prometido edificar.  No contexto das instruções concedidas na refeição de Sua última Páscoa,  ele encerra com essa oração.

   E uma vez que entendamos ter o acesso a Deus sido, definitivamente, aberto, franqueado, que seu sacrifício na cruz nos habilita, em santidade, para ter com Deus comunhão, oração é diálogo contínuo.

   Não há escondido, dentro, que Deus não conheça, como diz outro salmista: ¹ "Senhor, tu me sondas e me conheces." Sl 139. 

    E ainda como diz mais um dentre eles, Deus se contenta com a nossa verdade: ⁶ "Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria." Sl 51.

  Todo alcance em todo o tempo. Com ou sem palavras, em silêncio ou num turbilhão, Deus ouve. E como relatado desse diálogo diário e permanente, outro salmista nos descansa,  dizendo:

¹⁰ "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus [...] ¹¹ O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio." Sl 46.

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