¹ "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, ² nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo." Hb 1.
Ora, se fala. E como fala. Seria Deus, no bom sentido, é claro, um tagarela? Quando Paulo pregou em Atenas, no areópago, aliás, falando, exatamente, em nome de Deus, foi esse adjetivo que colaram nele.
Nossa fala é intermitente. E não é garantida, ou seja, todo o tempo fidelíssima. Intencionalmente, ou não, mentimos. Está aí uma distinção fundamental entre a nossa fala e a divina.
¹⁹ "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?". Nm 23.
Dependemos das cordas vocais, de todo o aparelho fonador, reverberações consonantais, enfim, continuidade e descontinuidade mental. Tanta coisa pode agir ou falhar quando falamos.
Deus não depende disso. Então a fala de Deus é contínua. E sem dúvida sabe se comunicar. É bom levar em conta o que diz. Nunca o acusem de um Deus totalitário. Pode parecer incrível, mas nunca obriga ninguém a ouvir o que Ele fala.
Mas há sim, quem contradiz Deus. Ele havia dito ao homem: ¹⁷ "Porque no dia em que comeres, certamente morrerás" Gn 2. Mas a serpente disse o inverso: ⁴ Então, a serpente disse à mulher: "É certo que não morrereis." Gn 3.
Portanto, existe a fala de não Deus. Melhor não atendê-la. E estar atento, porque é uma voz dentro de nós. Uma voz que também vem de outros. E uma voz da serpente, que continua a dizer "não Deus".
A voz de Deus sempre prevalece. Mesmo se e quando não for ouvida. Como diz Provérbios, a voz de Deus grita. Pv 1:
²⁰ "Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz; ²¹ do alto dos muros clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras".
Na conversa da serpente com o casal primordial, o Espírito, aquele mesmo que, antes de tudo, pairava por sobre as águas, gritava a sabedoria nos ouvidos de Eva.
Ela emudeceu. E convenceu o marido. Eram somente os dois, que resolveram não ouvir Deus. Aconteceu com eles o que passou a ser rotina por toda a humanidade:
² "Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram." Hb 4.
Jesus disse que esse Espírito haveria de lembrar-nos de tudo o que ele nos disse, em nome de Deus. Porque, nestes últimos dias, Deus nos fala pelo Filho. Atenção, porque este é um sinal de que vivemos os últimos dias.
Não tente fazer Deus de palhaço quando Ele fala: porque Ele não permite. Não tente fazer de palhaço a serpente: não vai conseguir. E não entristeça, ou apague, o Espírito quando fala (não dá para saber o que vem primeiro).
³⁰ "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." Ef 4. ¹⁹ "Não apagueis o Espírito." 1 Ts 5.
Amós adverte que os ouvidos estejam sempre alerta: ⁷ "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas. ⁸ "Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?" Am 3.
A fala de Deus não é descontínua. As Escrituras, além de revelar o mais urgente e essencial da fala de Deus, norteiam o que pode ser ou não fraude, quando se profetiza em nome de Deus.
Tema o Senhor. Abra ouvidos. Ouça e cumpra. Repique o que Deus fala. Aprenda a denunciar a fala falsa. Jr 23:
²⁸ "O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? — diz o Senhor. ²⁹ Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?".
Amém, que realmente ouçamos a voz de Deus.
ResponderExcluirAleluia!
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