sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O inferno como opção

 ²¹ "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. ²² Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo." Mt 5.

   Jesus demonstra como uma aparente leve ofensa oculta um mal maior. Concorda com Obadias, o profeta do menor livrinho do Antigo Testamento:

¹² "Mas tu não devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmão, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem ter falado de boca cheia, no dia da angústia'. Obadias 1.

     Esse "olhar com prazer" significa intensa alegria íntima, transbordante de prazer pela derrocada do inimigo: essa aparente leve ofensa esconde hostilidade, vingança e revide.

    Daí a sentença ao inferno, porque há ódio dissimulado, quem sabe desejo íntimo de assassinar. Jesus é quem, na Bíblia, mais menciona inferno. Seguem, então, algumas correções dessa ideia.

     Deus nunca envia, mas somente resgata do inferno. No versículo abaixo, registra-se a ação desse transporte:

¹1 "Ele [Deus] nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor". Cl 1.

    Definição de inferno é estar sem Deus,  o que é opção livre de qualquer ser humano.  Por se dizer ateu ou por ser hipócrita ao se dizer crente.

    As Escrituras são o referencial para Deus. E nela Deus sempre procura comunhão com o ser humano que criou. Mas este se perverteu. Então Deus somente aceita comunhão pelo resgate da condição de pecado.

   E isso é radical e somente possível pelo processo que as mesmas Escrituras indicam: batismo na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Somente santificados nesse processo, haverá comunhão com Deus.

   Paulo Apóstolo, em Ef 5, apresenta cinco características de um alienado dessa realidade:
¹² "... naquele tempo, estáveis (1) sem Cristo, (2) separados da comunidade de Israel e (3) estranhos às alianças da promessa, (4) não tendo esperança e (5) sem Deus no mundo."

   Está posta uma vivência com Deus desde esta vida. Se você quiser, considere céu, desde já, a comunhão eterna com Deus. Então a obtenha crendo em Jesus Cristo.

  E mesmo que não queira, inferno, desde já, é a ausência de comunhão com Deus. A cruz de Jesus Cristo é o trauma suficiente para pagar todos os pecados que existem.

  Mas a negação dela mantém o afastamento em relação à Deus. E esse afastamento não é opção de Deus, mas opção livre, quer dizer, escrava de quem assim decidir. Pois inferno é a definitiva opção pelo afastamento de Deus. Sem Deus no mundo.

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