terça-feira, 30 de setembro de 2025

Salmo 1: alegria, Escrituras, escolha certa, árvore bela e a palha

    

   Os Salmos são uma coleção aleatória de poemas, muitos deles um dia musicados, que expressam a condição de cada autor diante de Deus.

  Por isso, podem ser considerados uma aula sobre Deus a cada poesia. Muito lidos, como guia ao leitor de sua meditação, o que ensinam sobre a personalidade de Deus e os modos de relação com Ele.

  O Salmo 1 fala de alegria. Como se dissesse muita ou toda a alegria vem ou pertence ao homem ou mulher que, para dizer então qual a situação diante da qual essa alegria se configura.

   A seguir, aparece uma atitude de rejeição, na verdade,  uma opção de troca. E bem caracterizada como algo que, rotineiramente, ocorre, no dia a dia da vida comum.

  Porque as influências da condição humana,  e isso é uma preocupação constante nas Escrituras, basta conferir com Provérbios, de quem o Salmo 1 é parente, podem ser negativas.

   Por isso o salmista adverte o cuidado para não trilhar pelo caminho de ímpios, não se deter no conselho de pecadores e não se assentar na roda de escarnecedores.

  Tanto os atores, ímpios, pecadores e escarnecedores, quanto seu contexto de ação, veredas, conselho e assembleia representam uma gradação dessa influência negativa.

  Mas como identificá-la? O autor anônimo desde Salmo de sabedoria indica o prazer por se deter frente às Escrituras, dia e noite, lendo, meditando e praticando, como na recomendação divina na vocação de Josué, estabelecidas como referencial. 

  O primeiro salmo exorta a se debruçar sobre as Escrituras, identificada como a lei do Senhor, que era a Bíblia da época do autor do salmo. E nessa posição, é como também exorta a gastar tempo com os demais salmos de todo o saltério.

   As Escrituras denunciam o caminho do ímpio, que escolhe viver sem nenhuma influência de Deus em suas escolhas. Pecadores, mais do que o ímpio, chegaram ao grau de praticar, sem escrúpulos, o que é danoso para si e para outros.

  E escarnecedor é o que, além de sua prática, sem nenhum remorso, debocha de quem lhe critica o modo de ser, rindo-se de qualquer doutrinação contrária a suas atitudes.  O salmo indica que esse apego às Escrituras concede à vida de quem por ele opta o padrão inverso desse grau de corrupção.

   Uma das mais lindas imagens poéticas das Escrituras enaltece o quadro de uma árvore bela à vista, imponente em seu tamanho, ramagem, posição em curso fértil de águas e produção rica em frutos.

   Este é o ponto central do salmo primeiro. O perfil de personalidade resultante da postura escolhida pela personagem a que se refere o salmista, diante das Escrituras, pela rejeição do que provém errante e contamina.

   Encerra denunciando que essa assembleia de ímpios, pecadores e escarnecedores não prevalece, mas se esvai no tempo e não estará presente no Juízo de Deus. 

  Generaliza denominando ímpios todos os que, por conduta, costumes e filosofia de vida somente têm, por padrão, perverter seus caminhos e de tantos que a eles se aliam.  Serão palha dispersa.

  Podem reunir importância nesta vida. Mas, na vida que continua, do Juízo para adiante, não prevalecerão.  O salmo encerra com a afirmação de que Deus conhece o caminho dos justos.

  Conhecer significa validar, aprovar, caminhar junto. As páginas das Escrituras aconselham caminhar junto com Deus. Porque a vida será como essa árvore bem plantada, que viceja, embeleza e produz fruto. Vida marcante e repleta de alegria e realização. Opte por ela. E mantenha viçosa. 

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