sábado, 5 de abril de 2025

O inimigo somos nós

 ¹⁰ "Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida". Rm 5

   O inimigo somos nós.  Quando a Bíblia diz que devemos amar o inimigo, não, não  é  aquele  que nós,  costumeiramete, lacramos.

  Não. O inimigo somos nós. Aprendamos a amar com Deus. Que ama inimigos. Cuidado com o teu amor. Não existe.  Sabe por quê? Porque somente existe um tipo de amor.

  Deus é amor. Se dissermos "eu amo" pode soar falso. Porque com amor próprio, ou seja, assinatura individual, nossa, é  Fake. 
 
   Há na carta de 1 João 4 uma aula sobre isso. É nela que ele diz: ¹⁹ "Nós amamos porque ele nos amou primeiro." Por isso que não  existem (1) nem tipos e (2) nem intensidades de amor.

  "Eu amo muito..." está errado. Puro equívoco. Não se ama muito, pouco ou mais ou menos. Ama-se ou odeia-se. Onde não há  amor, o que existe é indiferença, que é ódio disfarçado.

   O inimigo somos nós. Mas pense agora num inimigo hipotético. Alguém eleito para ser vilão. Somos nós.  Mesmo domesticados, por freios e costumes, o ódio permanece adormecido dentro.

   É João de novo: ²⁰ "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." 1 Jo 4.

   Esse trecho que ensina que ou existe o amor de Deus em nós, ou somos uma mentira viva, ambulante, hipócritas. Para finalizar, vamos também aprender com Paulo Apóstolo:

⁴ "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Rm 2.

   Também não existe bondade em nós. É a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento. Este arrependimento, quando genuíno, faz-nos nascer de novo.

   Somos inimigos de Deus, nascemos filhos de Eva, a mãe  primordial, já chafurdados no pecado. Continua a aula de Paulo, demonstrando o que o novo nascimento, em Cristo,  produz: Cl 1:

²¹ "E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, ²² agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis".

   Jesus explicou a Nicodemos, em João 3, o que é  novo nascimento.  Somente assim surge em nós amor, consequentemente, bondade. É fruto do Espírito.  Não procede de nós.

  Não se alegre com desdita ou desgraça alheia. Aprendamos a nos ver como inimigos de Deus restaurados, por meio de Jesus, ao mínimo de uma condição, pelo menos, humana.

  Cultive amor. A origem está em Deus. Culto, cultivar e cultura têm a mesma raiz. Culto, no sentido devocional, dedicado a Deus, e culto também  no sentido de sabedoria,  essa mesma das Escrituras, mais conhecida como Bíblia.

   Ela, a Bíblia, ensina essas aulas de amor. E o Espírito Santo faz brotar no viver como fruto. Eduque-se nisso. Porque, Paulo de novo, adverte ser uma experiência que (1) excede todo o entendimento e (2) pelo amor somos tomados de toda a plenitude de Deus.

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