¹⁰ "Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida". Rm 5
O inimigo somos nós. Quando a Bíblia diz que devemos amar o inimigo, não, não é aquele que nós, costumeiramete, lacramos.
Não. O inimigo somos nós. Aprendamos a amar com Deus. Que ama inimigos. Cuidado com o teu amor. Não existe. Sabe por quê? Porque somente existe um tipo de amor.
Deus é amor. Se dissermos "eu amo" pode soar falso. Porque com amor próprio, ou seja, assinatura individual, nossa, é Fake.
Há na carta de 1 João 4 uma aula sobre isso. É nela que ele diz: ¹⁹ "Nós amamos porque ele nos amou primeiro." Por isso que não existem (1) nem tipos e (2) nem intensidades de amor.
"Eu amo muito..." está errado. Puro equívoco. Não se ama muito, pouco ou mais ou menos. Ama-se ou odeia-se. Onde não há amor, o que existe é indiferença, que é ódio disfarçado.
O inimigo somos nós. Mas pense agora num inimigo hipotético. Alguém eleito para ser vilão. Somos nós. Mesmo domesticados, por freios e costumes, o ódio permanece adormecido dentro.
É João de novo: ²⁰ "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." 1 Jo 4.
Esse trecho que ensina que ou existe o amor de Deus em nós, ou somos uma mentira viva, ambulante, hipócritas. Para finalizar, vamos também aprender com Paulo Apóstolo:
⁴ "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" Rm 2.
Também não existe bondade em nós. É a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento. Este arrependimento, quando genuíno, faz-nos nascer de novo.
Somos inimigos de Deus, nascemos filhos de Eva, a mãe primordial, já chafurdados no pecado. Continua a aula de Paulo, demonstrando o que o novo nascimento, em Cristo, produz: Cl 1:
²¹ "E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, ²² agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis".
Jesus explicou a Nicodemos, em João 3, o que é novo nascimento. Somente assim surge em nós amor, consequentemente, bondade. É fruto do Espírito. Não procede de nós.
Não se alegre com desdita ou desgraça alheia. Aprendamos a nos ver como inimigos de Deus restaurados, por meio de Jesus, ao mínimo de uma condição, pelo menos, humana.
Cultive amor. A origem está em Deus. Culto, cultivar e cultura têm a mesma raiz. Culto, no sentido devocional, dedicado a Deus, e culto também no sentido de sabedoria, essa mesma das Escrituras, mais conhecida como Bíblia.
Ela, a Bíblia, ensina essas aulas de amor. E o Espírito Santo faz brotar no viver como fruto. Eduque-se nisso. Porque, Paulo de novo, adverte ser uma experiência que (1) excede todo o entendimento e (2) pelo amor somos tomados de toda a plenitude de Deus.
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