domingo, 26 de janeiro de 2025

A maior bênção que existe

 ²¹ Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. ²² Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Ap 3.

As 7 igreja só Apocalipse apresentam um modo cifrado de compreendermos que Jesus as analisa, como procede com todas as igrejas em todas as épocas.

E na verdade a análise de Jesus é dirigida as pessoas, porque a igreja, assim denominada nas Escrituras "corpo de Cristo" é constituída por uma comunhão de pessoas.

Na sua oração sacerdotal, Jesus se dirige ao Pai rogando:

²² Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; ²³ eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." Jo 17.

Cada igreja, no Apocalipse, revela particularidades. Modos variados afetam seus membros. Podem ser pressões externas, como as perseguições da época. Ou pressões de heresias ou doutrinas mundanas que seduzem seus membros.

Podem ocorrer disputas internas entre seus líderes. Ou até mesmo uma desenvoltura que, ainda sem pressões ou problemas externos, afasta seus membros do essencial definido nas Escrituras como identidade da igreja.

Vamos focar a igreja de Laodiceia. Ela costuma ser apontada como uma das mais problemáticas entre todas. Mas essa avaliação é precipitada. Não existem igrejas "melhores", mas existem igrejas diferentes entre si.

Porque os que as constitui é um gesto divino, o qual não estabelece distinção, mas iguala a todos. O batismo em Jesus, exercido pelo Espírito Santo na conversão, não diferencia um crente de outro. E o fato subsequente, da habitação do Espírito em todo aquele que crê, também não distingue escalas de presença do Espírito Santo.

Porém a maturidade, o crescimento espiritual, a santidade e proximidade com Deus definem escolhas, vocação, cursos de vida, enfim, características pessoais as quais vão estabelecer que configurações e que diferenças serão estabelecidas.

Por isso que analisando a crítica feita por Jesus as 7 igrejas modelo do Apocalipse, podemos deduzir que lições aplicar à nossa própria experiência. Porque, afinal, ainda que seja Jesus a realizar sua análise permanente, a nós está entregue a tarefa de perceber onde residem acertos ou defeitos, virtudes ou vícios.

Em cada igreja analisada, nas palavras de Jesus, vamos encontrar erros e acertos. E seremos capazes de deduzir no que essas igrejas, ou melhor, cada crente avançou, estacionou ou recuou, e qual a necessidade de reforço, renúncia e conversão.

As cartas apresentam 1. Introdução; 2. Identificação de Jesus; 3. Aspectos positivos e negativos; 4. Exortação; 5. Advertência final e promessa.

Laodiceia é uma das igrejas que apresenta maior prormssa se, por hipótese, quisermos comparar:

²¹ Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono." Ap 3.

Ora, sentar-se no trono, em todas as Escrituras, é exclusivo para Deus. Pela glória do Filho, idêntica a do Pai, e pela vitória dEle na cruz, desde o início do Apocalipse lhe é concedido esse mesmo privilégio.

Pois aqui é estendido a qualquer e todos os crentes que vencerem. Como um menino que se sente alegre ao subir e sentar na cadeira de um púlpito. Os crentes de Laodiceia são convidados a ser vencedores e sentar-se no mesmo trono.

Começamos pelo final da carta: todos somos convidados a ser no padrão das Escrituras, no padrão da identidade em ser igreja, a ser vendedores. Se vamos do fim, para o início, podemos analisar o versículo anterior a esse.

²⁰ "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." Ap 3. Aqui Jesus pede que concedamo, a ele, abertura, acesso e intimidade. O que significaria isso?

¹⁹ "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te." Quando nos convertemos a Jesus, aprendemos e execitamos arrependimento. É uma tristeza sincera somente sentida por ação de Deus em nós. E daí para a frente, todo e qualquer erro deve passar por esse mesmo caminho.

Agora Jesus foca o específico de Laodiceia. Que bem pode ser o de muitas, várias e até de nós memos. Porque o que vai escrito, refere-se a aspectos prementes da condição de ser igreja. Jesus exorta aos laodicenses:

1. Comprar dEle ouro refinado que, verdadeiramente, enriquece; 2. Vestiduras brancas que, além de cobrir a nudez, não expõem a vergonha; 3. Colírios que são remédio para um tipo de cegueira.

O problema de Laodiceia era, específica e exatamente não saber autoavaliar-se: viam a si mesmos, nas palavras de Jesus, abastados. Afirmavam não precisar, exageradamente, de coisa alguma. Pois Jesus os revelava "infelizes, sim, miseráveis, pobres, cegos e nus".

Esse o grau se avaliação de Jesus. Ele não podia esconder ou mascarar o diagnóstico. Embora a nós sempre caiba a avaliação, se não formos humildes ou não estivemos atentos, vamos nos colocar nessa mesma condição.

E o começo da carta, numa palavra bastante sincera e até mesmo dura, Jesus diz que o problema de Laodiceia afetava diretamente a identidade de ser igreja. A ponto de Jesus dizer, seja ou não seja. Excitação, nesse caso, dá náuseas🤢.

Não que Jeus esteja nos comparando ao vômito. Mas deseja que sintamos ou nos lembramos de uma condição, em nós, da qual logo desejamos nos livrar. Quem sente náuseas, para tudo: medica-se e/ou corre ao médico.

Trata-se de uma emergência. Toda situação que implica autoavaliar-se na condição de ser igreja é emergente. É santa. É gratificante, um sumo privilégio, uma consulta médica premente, na qual e pela qual, amorosamente, somos assistidos pela própria Trindade: Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Pois trata-se de ser igreja no mundo, a maior benção que existe.

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