⁶³ "Então, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: João é o seu nome. E todos se admiraram. ⁶⁴ Imediatamente, a boca se lhe abriu, e, desimpedida a língua, falava louvando a Deus. ⁶⁵ Sucedeu que todos os seus vizinhos ficaram possuídos de temor, e por toda a região montanhosa da Judeia foram divulgadas estas coisas. ⁶⁶ Todos os que as ouviram guardavam-nas no coração, dizendo: Que virá a ser, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele."
O nascimento de João Batista foi um milagre. Isaac e seu filho Asafe, podemos testemunhar, também o foram. E a vida que decorre dessas bênçãos, não se constitui um palpite, ou prognóstico, ou ainda profecia, no sentido vulgar do termo.
João Batista constava numa profecia do Antigo Testamento. O evangelista Marcos inicia seu Evangelho anotando como ponto de partida:
¹ "Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. ² Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho; ³ voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; ⁴ apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados." Mc 1.
Todos nós estamos inscritos numa autêntica profecia. Que não é palpite, prognóstico ou profecia vulgar. Mas tem garantia nas promessas das Escrituras.
Vemos, con relação a Jesus, Maria consciente de seu papel, bem assim o menino correspondendo em submissão obediente a seus pais.
⁴⁹ "Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? ⁵⁰ Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera. ⁵¹ E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração. ⁵² E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." Lc 2.
Aqui vemos os pais de Jesus surpreendidos com o apego dele às Escrituras e ao templo. Eu mesmo sigo que meu pai me ensinou e foi exemplo de apego às Escrituras e minha mãe ensinou e foi exemplo de presença na igreja.
Eu não sou palpite, prognóstico ou profecia vulgar, mas resultado da fidelidade deles e de minha consciente opção pelo evangelho. Os pais têm obrigação de ser exemplo para os filhos, porque são, no mundo, seus primeiros mediadores.
A atitude de Maria, desde sua entrevista com o anjo Gabriel, e dela a Bíblia menciona sempre conferir no coração suas responsabilidades, é idêntica a de Ana:
²⁶ "E disse ela: Ah! Meu senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao Senhor. ²⁷ Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe fizera. ²⁸ Pelo que também o trago como devolvido ao Senhor, por todos os dias que viver; pois do Senhor o pedi. E eles adoraram ali o Senhor." 1 Sm 1.
Não somente a mãe, mas também o pai precisa assumir, definitivamente, o compromisso de ser os primeiros a instruir os filhos pela profecia autêntica, que são as Escrituras. Crer nas Escrituras signfica conhecer, viver e instruir por meio dela.
Outra mulher que foi orientada por Deus, por meio do recado de um anjo, foi a mãe de Sansão. Após esse encontro, no campo, ela notificou seu esposo, Manoá, que também desejou ver e pelo anjo ser instruído. Deus atendeu esse desejo:
⁸ "Então, Manoá orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer. ⁹ Deus ouviu a voz de Manoá, e o Anjo de Deus veio outra vez à mulher, quando esta se achava assentada no campo; porém não estava com ela seu marido Manoá." Jz 13.
Tanto José, em relação a Jesus, quanto Elcana, em relação a Samuel, e Manoá, em relação a Sansão foram pais que nutriram esse mesmo desejo, expresso em Jz 13,8: "...que o homem de Deus venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer".
O homem de Deus é Jesus. Ele é o Filho do homem, nascido de mulher, o Verbo que se fez carne, para nós ensinar a viver. Ele mesmo afirmou ser "caminho, verdade e vida". Essa é a síntese da vida em Jesus neste mundo.
É tão vital aprender, que Paulo chama a conversão, em Ef 4,20, de "aprender a Cristo". E as Escrituras afirmam que Deus ensina, Jesus ensina e o Espírito Santo ensina. E que para sermos imitadores de Cristo, como filhos amados, toda a Trindade nos assiste.
Paulo afirma, em Cl 1,26-28, que a tarefa da igreja é ser o laboratório de formar Jesus Cristo em nós:
²⁶ "... o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; ²⁷ aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; ²⁸ o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo".
Grande alegria, todo o prazer é benção, o privilégio de demonstrar aos filhos, junto com todas as outras demonstrações de amor e a reunião de todos os demais e responsáveis cuidados, benção principal de ser os primeiros mediadores do evangelho, das Escrituras e presença e exemplo de vida na igreja.
Amém
ResponderExcluirAmém. Glória a Deus.
ResponderExcluirGlória à Deus, que todos os pais possam ser exemplos valiosos para seus filhos. Amém!
ResponderExcluirAleluia! Que assim seja.
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