domingo, 9 de fevereiro de 2025

O bom de Deus

 ⁴, ¹⁰, ¹² ,¹⁸, ²¹, ²⁵ "E viu Deus que isso era bom. ³¹ Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia." Gn 1.

O que era bom. O que é bom. Era bom tudo o que Deus criou. Aqui devemos prestar atenção no uso de tempo verbal. Era bom e não é mais? Podemos dizer que tudo o que Deus fez (e faz) continua (sempre) bom. Tem a Sua marca.

Vamos à Criação. Separou luz e trevas. Viu que a luz era boa. Luz e trevas, no sentido físico, são sempre boas e úteis. Por exemplo, o repouso do sono, à noite, é essencial. Há criaturas na escuridão abissal dos oceanos que ainda nem conhecemos totalmente.

No sentido espiritual, as trevas não são boas. Mas cuidado, elas existem dentro de nós. A própria história da criação mostra como o primeiro casal permitiu que elas entrassem em nosso viver. Há duas advertências bíblicas para isso:

²² "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; ²³ Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mt 6.

¹⁵ "Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados." Tt 1.

Deus também criou os continentes. Entre eles, estabeleceu oceanos. Além da natural beleza, da variedade de animais, aquáticos e terrestres, proporcionou lugar de habitação para os seres humanos. E aconselhou-os a ocupar com inteligência esses lugares:

²⁸ "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra." Gn 1.

⁴ "Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra." Gn 11.

A lógica da ordem da Criação é a mesma nas Escrituras e na ciência. Na sua continuidade, Deus agora implanta o milagre da fecundação das sementes e o modo como brotam, crescem, florescem e frutificam. Tanto é assim lindo, que frutificar é símbolo da ação do Espírito na vida do crente:

³ "Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido." Sl 1.

²² "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, ²³ mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." Gl 5.

³⁵ Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm? ³⁶ Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer; ³⁷ e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. ³⁸ Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado." 1 Co 15.

Outro mega evento foi Deus ter criado os astros. A ciência nos ajuda a descobrir que o mesmo equilíbrio que existe no mundo microscópico, também existe no mundo microscópico. O universo é infinito, estrelas estão agrupadas em galáxias, e, em meio a essa fantástica beleza, está posto o único planeta fértil em vida que existe:

¹⁴ "Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos." Gn 1.

¹² "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios." Sl 90.

Os astros definem o tempo e as estações, mas também servem como referencial dos sinais estabelecidos por Deus. Por exemplo, o astro que indicou aos pastores o nascimento de Jesus. Os astros vão sinalizar o envelhecimento do universo.

⁴ "Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira." Is 34.

¹² "Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, ¹³ as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, ¹⁴ e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar." Ap 6.

Hoje à tarde ouvi um breve comentário de um especialista em aves, ornitólogo, falando da variedade do canto dos pássaros. Delimitam território e, é claro, atraem as fêmeas, exibicionistas que são. São tão malandros, que há pássaros que imitam o cantar de outros. Essa variedade de aves, répteis e peixes Deus criou, respectivamente, no quinto e sexto dias da Criação.

Não há limite de estudo para se conhecer suas peculiaridades. Cada pássaro com seu canto, cada réptil, cada animal selvático, casa ser marinho, uma vida só de qualquer humano não basta para conhecer. Acompanhei, pela TV, pesquisadores de São Paulo que, com batalhões do exército, visitaram e arquivaram, para as gerações futuras, várias espécies de vegetais, insetos e aves desconhecidos.

Tudo o que Deus fez é bom. Deixou por último criar homem e mulher. Também avaliou como bom. E tão bom Deus é que, talvez, ainda que soubesse como esse homem e essa mulher poderiam ser tão maus, assim mesmo insistiu na Criação, para fazê-los conhecer Sua bondade.

Quem sabe a razão de Deus levar adiante a ideia da Criação esteja em compartilhar conosco a Sua bondade. Revelar toda essa variedade e beleza. E pôde colocar em nós Sua bondade. Cativar-nos por ela e com ela, fazendo-nos preferi-lá do que a quaisquer outros sentimentos.

"E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era (que é) muito bom". 

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