Mas não no sentido usual, de providências diante de uma urgência imediata, ou seja, uma iniciativa a fim de se resolver uma questão premente.
sábado, 9 de novembro de 2024
Joel e a providência de Deus
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Cânticos de Louvor no Apocalipse - Introdução
O
Apocalipse inicia com uma introdução, comum a todo livro desse gênero,
legitimando fonte e portador da profecia:
1 "Revelação de Jesus Cristo, que
Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer
e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo
João, 2 o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de
Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu." Ap 1.
E uma bem-aventurança, em
tom de advertência, a quem encarar com a devida seriedade o que vai
escrito: 3
3 "Bem-aventurados
aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as
coisas nela escritas, pois o tempo está próximo." Ap 1.
A seguir, procede-se à dedicatória a quem se encaminha o texto dessa
profecia. No caso deste Apocalipse bíblico, o único entre uma vasta relação a
constar no Cânon, temos o nome literal de seu autor. Em quando se refere a
Jesus, seus legítimos títulos e a síntese de sua obra a favor dos que nela
creem:
4 "João, às
sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte
daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se
acham diante do seu trono 5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel
Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra." Ap
1.
E logo ao final desta
dedicatória um primeira lauda, no livro, de exaltação à Pessoa de Jesus,
seguida da expressão de identidade dos que nEle creem:
5 "Àquele que nos ama, e,
pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu
reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos. Amém!" Ap 1.
Logo após, João
dedica-se a descrever a primeira visão do livro, a qual descreve Jesus, que
nela aparece, estilizado já na simbologia típica do livro, o diálogo que se dá
entre eles e o textos das Sete Cartas dirigidas às 7 igrejas.
Esse conjunto de textos,
que compreende esta introdução, dedicatória e a ordem da primeira visão do
livro, antecedem tudo o mais que vai se seguir, no texto da profecia, bem
definido que as igrejas, não somente essas sete do circuito da Ásia Menor, mas
as demais de todos os tempos, a elas está definitivamente dedicado o quem vem a
seguir.
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Habacuque e a causa da violência
Uma das mais frequentes argumentações contra a existência de Deus, segundo afirmam os que não acreditam, reside na existência e na operância da maldade.
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Naum: uma aula sobre o juízo de Deus
Lendo Naum, não há como não lembrar de Jonas, associado ao fato de que este gostaria muito de dar a notícia do outro, agora intitulada "sentença contra Nínive".
domingo, 3 de novembro de 2024
A luz da candeia e a Estrela da Alva
¹⁶ "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade." 2 Pe 1.
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
Falando sobre a Reforma - 31 de outubro e 509 anos
¹⁹ “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração”. 2 Pe 1.
"Pois quando esta luta estava no auge que um protesto contra um abuso eclesiástico, feito em 31 de outubro de 1517, e de modo nada usual ou maneira espetacular, por um monge professor de recentemente fundada e relativamente obscura universidade alemã, alcançou imediata resposta e provocou a maior revolução na história da Igreja Cristã. Martinho Lutero, autor do protesto, é um dos poucos homens de quem se pode dizer que sua obra alterou profundamente a história do mundo. Não era organizador nem político. Movia os homens pelo poder de profunda fé religiosa resultante de inalterável confiança em Deus e relação direta, imediata e pessoal corri Ele. Isto trazia segura salvação, que não dava lugar à elaborada estrutura hierárquica e sacramentai da Idade Média." (WALKER, 2006)
A Reforma Protestante
Lutero
Lendo sobre Lutero, a gente imagina até onde qualquer pessoa pode ir com Deus. E essa reflexão, em grande escala, somente se tornou possível pela iniciativa desse monge alemão.
O ponto de partida, muito embora, hoje, olhando para trás, sua figura seja alvo de polêmicas, muitas vezes indignas, não foi uma falas pretensão de sua pessoalidade.3
Lutero discutiu e lançou bases para uma das mais assustadoras temeridades de qualquer intenção de controle, que é a prioridade para toda a ambição de poder.
Liberdade
Liberdade. Ele pretendeu conceder autonomia de pensamento às pessoas. E sua sugestão afetou de cheio a seriação que estava na ordem do dia de seu tempo, que era a opção entre o controle de poder antigo e uma sugestão de independência configurada.
Houve implicações na escala maior de governança, mas também alcançou o cidadão comum. Nesse sentido, a intenção pessoal de Lutero combinava com a individualidade, Aliás, a síntese que ficou conhecida como "Cinco Solas" bem expressa a amplitude dessa reação luterana.
Os 5 Sola (Somente)
Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Soli Deo Gloria. Por se tratar do latim, nossa língua mãe, a gente percebe estar envolvidas Fé, Escritura, Cristo, Graça e Deus.
Pois são
esses elementos, em síntese, que conferem a tão perigosa autonomia e liberdade,
no caso específico, religiosa, mas que também, no contexto social da época
repercutiu por todas as demais categorias da vida.
Breve histórico
A Reforma Protestante teve causas relacionadas a aspectos políticos, econômicos e teológicos, sendo também resultado da corrupção existente na Igreja Católica. No aspecto teológico, o ponto imediato a ser destacado é a insatisfação com as práticas da Igreja que era, naquele período, a maior autoridade da Europa Ocidental e detinha um imenso poder.
As
críticas à Igreja Católica tiveram seu ápice em Martinho Lutero, monge
agostiniano e professor de Teologia. Lutero estava insatisfeito com certas
condutas da Igreja, sobretudo com as indulgências, prática que acontecia por
meio dos dízimos, peregrinações e donativos feitos pelos fiéis em troca do
perdão de seus pecados. Além de discordar de aspectos teológico a respeito da
salvação.
O monge
Com
isso, o monge elaborou um documento conhecido como 95 teses. No
qual manifestava sua oposição teológica às práticas da Igreja de Roma. Esse
documento foi afixado na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha,
e enviado ao arcebispo de Mainz, Alberto de Brandemburgo, em 31
de outubro de 1517. Sua intenção era levantar um debate e propor
reformas dentro da Igreja.
Martinho
Lutero defendia, basicamente, que a Bíblia é a única referência de fé e prática
e que a salvação não depende da mediação de pessoas, da prática de indulgências
ou dos sacramentos. A base teológica de Lutero era o versículo bíblico do livro
de Romanos, capítulo 1, verso 17, que afirma: “o justo viverá pela fé”. Aqui,
Lutero passou a defender que não são as boas ações que salvam uma pessoa, mas
sim a sua fé em Cristo.
Os 5 Solas
A
construção teológica iniciada por ele deu origem a um princípio conhecido
como Cinco Solas:
1. Sola fide (somente
a fé)
2. Sola scriptura (somente
a Escritura)
3. Solus Christus (somente
Cristo)
4. Sola gratia (somente
a graça)
5. Soli Deo gloria (glória
somente a Deus)
Outros líderes
Antes
de Lutero, já havia casos de cristãos que contestaram princípios e práticas da
Igreja Católica.
As
ideias de Martinho Lutero espelharam-se pela Europa e a Reforma também
aconteceu em outros países. A partir de então, surgiu o protestantismo,
vertente do cristianismo que rompeu com a Igreja Católica, resultando na
conversão de milhares de pessoas e no surgimento de outros reformadores,
como João Calvino e Philipp Melanchthon.
Resultados
O
protestantismo é caracterizado por:
- A Bíblia como a única fonte de
autoridade divina
- A salvação pela fé, e não por boas
obras
- Jesus Cristo como o único
intermediário entre Deus e os homens
- A manutenção de duas ordenanças: o
batismo e a Santa Ceia.