Alef: a pergunta pela virtude, quem sabe, se encontra na mulher? Será que foi onde Deus a pôs? Maroto, o Altíssimo: terá acordado o homem de seu primeiro sono com esse presente? Ela é resposta de um sonho?
Bete: o coração dele, agora, a quem pertence? Para ser uma ajudadora idônea, tudo o marido agora a ela confia. Nada lhe faltará. O mesmo verbo do Salmo 23. Para tanto, ela será o que Deus dela espera e do modo como Ele supre. Ora, vamos ver quem entende de suprimento. Será ela?
Guimel: se alguém procura pelo bem, já sabe onde encontrar. Mais uma vez Deus nos surpreende. Ora, adivinhem onde escolheu esconder o bem e, mais uma vez, na mesma ideia do Salmo 23, por todos os dias da vida. Os bebês e os filhos (e os maridos) que o saibam.
Dalet: agora as mãos. O que temos a dizer sobre as mãos delas? Quanto cuidado, previdência e providência em suas mãos! Elas são o desdobramento prático de toda essa virtude que o texto diz ter Deus nelas colocado. Elas põe em seu lidar toda a sua boa vontade.
He: elas vão longe buscar o pão. A comparação com o navio mercante, no contexto de época, nos faz lembrar o tamanho do mar e a fragilidade, mas também a agilidade e versatilidade desse tão pequeno veículo, mas que contém consigo todo o suprimento. Trata-se do tino dela, superar todos os obstáculos para suprir toda a família.
Vav: a mulher, portadora de experiência adquirida anos afora, muitas vezes pela virtude de sua mãe, vai se antecipar, sempre, às necessidades, porque madruga, e saberá administrar toda a casa a qual, para ela, não tem segredos. Na casa sempre haverá, para suprimento, tudo de que se carece.
Zayin: a influência da mulher não se restringe, apenas, à casa. Aqui a Bíblia surpreende, porque em sua época de ser escrita, demonstra a capacidade da mulher para fora do lar. Será capaz de se expor para adquirir herdade, ou seja, bens imóveis, além de empreender, porque plantar uma vinha requer investir, dispor finanças e liderar trabalhadores.
Hete: a força da mulher. Sem desejar que seja explorada, sua diligência não a torna omissa. Poderia se dizer dela que se dedicasse apenas aos afazeres domésticos. Mas ela, cingida, sobrevestida dessa sua força, demonstra ser capaz de acumular esforço dentro e fora de casa. E ainda instruir filhos e ser modelo para o marido.
Tete: não se pense que em sua tentativa no contexto de fora, em sua exposição, por ser mulher, será ludibriada e frustrada. Não, porque mais uma virtude vai demonstrar, agora a sabedoria. Não adquire "gato por lebre", sempre bem avalia o que compra e nunca perde à toa o sono, porque sua noite é sempre prontidão.
Yod: hoje muito do que elas faziam em casa, para vestir e comer, as lojas e supermercados suprem. Então, elas desviam para outras atividades esse seu saber. E continuam a descobrir o que é novo, por exemplo e desta vez até na Internet, porque sabem distinguir entre o que é útil ou não, o que implica avanço ou recuo, então o que avalia como frutuoso, aproveita.
Kafe: a percepção da mulher não se limita, apenas, a si mesma, a sua família, mas também enxerga a necessidade alheia. Lembro minha avó e minha mãe, acho até fácil lembrar de alguém que teve familiares com dificuldades financeiras, mas viram dividir o pouco que tinham com quem tinha necessidade.
Lamed: quando vêm as adversidades, porque vêm, de qualquer e de todos os tipos, ela vai enfrentar sem medo ou covardia. Mais uma vez aqui podemos testemunhar como foi com familiares nossos ocorrer intempéries, doenças, crises político-financeiras, enfim, a história da humanidade está escrita, muitas vezes, com a história dessas mulheres.
Meme: apresentar-se bonita e bem cuidada não é vaidade, aliás, com o que precisa ter todo o cuidado. Fossem as tecituras antigas, sejam as vitrines modernas, até mesmo virtuais, ressaltar sua beleza, a beleza da casa e a do contexto de trabalho é mais uma extensão da arte de sua virtude. Estão postas para ser belas e tudo tornar belo a sua volta, caso assumam sua virtude.
Nun: a marca da mulher está gravada no marido. Invejado e invejada por transmitir a ele sua virtude. Tão amplo é o trato dessa mulher, que ele carrega consigo a fama dela e ainda adquire fama, pelo seu amor e cuidado com ela. Também, anciãos no sentido dos que leem os traços de virtude e sabedoria espalhados pela vida, com assinatura divina nos filhos de Deus, enxergam essa virtude.
Samech: ela negocia com mercadores. Surpreende os especialistas em negócio, sem se deixar enganar por eles. O que elas têm consigo, caso atentas ao que Deus concede, vai sempre surprender mesmo homens experientes, no que é seu mister, porque elas sabem de onde retirar, onde buscar e em Quem encontrar sabedoria. A herança espiritual delas, uma vez cultivada, rende muitos frutos.
Ayin: pode-se buscar dentro, porque há conteúdo e raiz na virtude da mulher. Não se trata de simulação teatral, mas força que não esmorece e glória que não se dissolve, porque têm origem em Deus. Porque há conteúdo verdadeiro e fonte inesgotável, em Deus, ironicamente o texto demonstra não haver nenhum temor com o que virá: nem o inevitável e nem o inesperado vai surpreender.
Peh: ela fala, com propriedade, não para se exibir. Mas econômica em suas palavras. Vai ser prudente ouvir e atender ao que fala. Conheço (e conheci) uma (e outra) que mais profetiza(ram) em sala de aula, do que em qualquer outro lugar. Não há demagogia ou hipocrisia em suas palavras, por isso até se pode chamar lei o que espalha por onde anda, por palavra e por exemplo.
Tsade: governar, para ela, signfica ser mordomo e não déspota. Não rouba para si, com astúcia, o que deve ser do outro, mas administra a si, seu tempo, sua casa, seu trabalho. Compartilha sabedoria com todos à volta, seja em casa ou fora dela. Diligentes todo o tempo, retiram energia de seu empenho, de seu exercício diário de sabedoria, da história de sua formação desde meninas. Porque desde muito cedo a mulher precisa aprender a ser virtuosa.
Qofe: desde sua casa vem o reconhecimento. Esposo e filho carregam suas marcas. Seria estupidez que não reconhecessem. A fama que transpôs a fronteira da casa, que se espalhou em boa fama por onde passou, tem raízes em Deus, no Autor de toda a arte. Esse toque de beleza divina, nela, exatamente por sua virtude e sabedoria, foram multiplicados e anunciam as perfeições que somente Deus compartilha.
Resh: elogio não será exagero ou vã tentativa de soberba, mas reconhecimento. E a autenticidade reside no compartilhamento com os propósitos de Deus. Desde o Gênesis, Deus traçou intenções com respeito ao homem e à mulher. Um e outro estão nos planos de Deus para si memos, seus filhos, o governo benfazejo do mundo e toda a criação. Embora o destaque aqui seja a parcela que compete à mulher, está entrelaçada e reconhecido todo o mérito e glória dedicados ao Senhor.
Shin/Sin: graça e formosura são traços nítidos e exteriores da beleza feminina, mas não são determinemtes. Elas serão enganosas, se forem postas como prevalecentes em relação às virtudes aqui destacadas. O temor do Senhor, como já registrado nas Escrituras, são o princípio da sabedoria. Como registram os Provérbios, somente loucos não percebem ou não põem em prática tal advertência.
Tav: frutos e louvor seguem essa mulher. Mas com honra, lembrados aqui os frutos do Espírito, com Deus, internamente, o artífice de toda essa história. E o louvor, o aleluia, é a Deus e ao reconhecimento dela e de todos que a Louvar, de que a sabedoria, o agir e o testemunho da mulher virtuosa é resultado de sua vivência com Deus. Que todas escolham esse caminho. E todos à sua volta reconheçam nela as marcas do Senhor.
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