² "...completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. ³ Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. ⁴ Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros." Fp 2.
Paulo elenca, logo a principio, elementos que ocorrem em conjunto na vida da igreja. Precisam estar presentes na vida de seus membros, do contrário, o grupo será tudo ou qualquer, menos igreja.
A palavra "mesmo" não é do grego, mas da tradução, significando que, nessa união, tudo é comum a todos. Todos focados no mesmo. Por isso, precisam, pelas Escrituras, conhecer o que é igreja e trabalhar, juntos, nessa construção.
Por isso é pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor, ser unido de alma e ter o mesmo sentimento. E a respeito deste sentimento, que aparece escrito, nesta carta, pelo menos umas quatro vezes, trata-se do mesmo (de novo essa palavra) que há em Cristo Jesus
Bem, de posse dessa experiência de unidade, vem a recomendação prática. Porque facilmente o ser humano se torna vítima, por si mesmo, inato a ele, do partidarismo, da vanglória e do senso de superioridade.
Sutil, muito bem disfarçado, porque ninguém gosta que queimar o (seu) filme (mas muitas vezes, agrada-se de ver queimado o dos outros), esses sentimentos são demoníacos a francamente anticristâos.
Paulo exportou Pedro, publicamente, em Antioquia, quando este demonstrou esses três sintomas: afastar-se dos gentios, julgar-se superior a eles e levantar uma barreira entre eles.
¹⁴ "Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos [...] ¹⁸ Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor." Gl 2.
Basicamente, Pedro, pela avaliação de Paulo e, vejam bem, arrastando com ele Barnabé, rachou no meio a comunhão dos irmãos, (1) não procedendo segundo a verdade do evangelho e (2) tornando a edificar (barreira) aquilo que, em Cristo, devemos destruir.
Agora, considerar, sem hipocrisia, o outro, qualquer outro, todos os outros, superiores a nós e não ter em vista, primeiro, o que é meu, o famoso queromeu, dane-se o dos outros, meu amigo, como dizem, só Jesus nesta causa.
Quando Paulo exorta a que tenhamos em nós, veja bem, não é "Tende em vós o sentimento de Cristo", mas sim "Tende em vós o MESMO sentimento de Cristo", ou seja, não é um arremedo, uma simulação espiritual que inventamos, mas o original.
E destaca como Jesus foi todo humildade, desde quando deixou a glória do Pai e se fez homem, na sua condição única e totalmente desfavorável. Até a morte, e morte de cruz.
Jesus não usurpou. Satanás quis usurpar, por isso é Satanás. E só nos resta a opção de instruir e construirmos, em nós, o MESMO sentimento de Cristo Jesus. No grego, está algo como "entranhe em você o que Cristo tem em Si".
Mas, como diz Paulo, se há entranhados afetos e misericórdias, ou seja, se há, da parte do Espírito, sensibilidade em nós para acolher essa exortação, completemos a alegria, com certeza, de Cristo, que o apóstolo, com tanta clareza, expõe.
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