1984, esse foi o ano: cartaz da Campanha de Missões do antigo DM - Dpto de Missoes da UIECB: casal Antônio Limeira Neto e Clovelina Ávila Limeira, sua esposa, na extrema esquerda.
Certo dia Limeira encontrou Nelson Rosa e o desafiou, a ele e a Josilene Rosa, a vir para o Acre. Uma loucura. No bom sentido, é claro. Dessas que Paulo acusa na sua 1ª Carta aos Coríntios, loucura de Deus:
²¹ "Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação." 1 Co 1.
Isso mesmo, esse filho de Guiricema, MG, Nelson do Belo, pai dele, bombeiro no Rio de Janeiro, modelar no quartel, meio boêmio fora dele, até que Deus o encontrou, no dia aprazado.
Então Nelson decidiu estudar no Recife, em Tejipió, pediu dispensa ao Comandante da guarnição, assustou o homem, por ser um bombeiro modelo, e, como membro da Congregacional de Brás de Pina, abalou-se para Recife, PE.
Por lá conheceu Josilene, formaram-se, ela pelo Betel Brasileiro, e vieram recém-casados para o Acre, num tempo em que, de Porto Velho até aqui, os 530 km eram no barro tabatinga.
Houve uma vez, pelo menos, que levaram 5 (cinco) dias para cobrir esse percurso, com carreta capotada, ônibus atolado, empurrado pelos passageiros homens, entre outras epopeias.
Aspecto do trecho Porto Velho, RO, até Rio Branco, AC, na época do barro tabatinga
Hoje, com a ponte sobre o Rio Madeira, no máximo 6h, pela estrada, BR 364. Chegaram em 1984. Lá vão 40 anos. Era um congregacionalismo arrojado, configurado nas ideias desse retirante baiano.
Chegou ao Rio de Janeiro na década de 40 do século passado, filho de retirantes do sertão baiano, e custeou seu curso no extinto Seminário em Pedra de Guaratiba, o antigo IBP - Instituto Bíblico da Pedra, trabalhando como mestre de obras na construção das instalações de alvenaria.
Casal Limeira, na época próxima de seu casamento, na década de 50, século passado.
Chegado ao Acre, o casal se instalou na COHAB do Bosque, na verdade uma sigla incluída tanto no nome do conjunto, quanto no do bairro.
30 de setembro de 1985, na casa do Bosque: extrema direita, de pé, o Rivelino, hoje pastor em Itaguaí, RJ e, ao lado dele, de costas, Francisco, hoje presbítero na IEC do Tancredo Neves.
Alugaram essa casa, que pertencia ao hoje senador Sérgio Petecão, onde iniciaram sua atividadede de amplo espectro de contatos, influência e presença missionária.
Em 1986: "A banda da PM do Acre sempre que solicitada vinham abrilhantar com hinos cristãos. Coronel Adelino, comandante da PM, era da Batista do Bosque e nosso amigo irmão", explica o pr Nelson Rosa.
Nelson era visto, nesse início, transportando crianças em sua bike, naquele tempo sem esse designativo, à varanda da casa, onde sua esposa aguardava para instruir sobre quem é Jesus.
Rotina seguida de cultos, intercâmbios com outras igrejas, presença em escolas, como a Samuel Barreira e Humberto Soares, naquela cantando com as crianças, no período do intervalo, e nesta lecionando Ensino Religioso, onde o substituí em 1996.
"Na foto em pé:
eu (Pr Nelson), a Cecília esposa do João Dantas e irmã da Dra Gracinha, ao lado Regiane Freire irmã da Reginalda, ao seu lado irmã Dulce Maria mãe da Daniela que te vendeu a Chácara no Quinarí (a nossa congregação, em 2012), Rosinha filha da Reginalda, Josilene Rosa e Fred Wuylhans."
Em 1987, vão residir no Tancredo Neves, atualmente um bairro, na época um conjunto habitacional da Vila Ivonete. Ali adquirem dois terrenos, onde vão construir o primeiro e mais antigo templo, ainda de madeira, e sua casa.
Outro aspecto dos anos iniciais: culto em 28/10/1986. Explica pr Nelson: "Na COHAB do Bosque, na varanda da nossa casa. Pastor Rui era da Ass. Deus, ministério Madureira, sempre nos apoiava. A senhora de blusa branca e sapato branco é a Dona Generosa, mãe do Pb Francisco Rabicó."
Alcançamos, na nossa primeira viagem ao Acre, em 1993, esse templo já sendo revestido de alvenaria, com a ajuda dos congregados da Isaura Parente, resultado de um trabalho com pré-adolescentes inciado na Rua Formosa, à época sem asfalto.
Chegamos, Regina e eu, em janeiro de 1995. Ficaram os dois casais durante o ano de 1996. Ano seguinte, o casal Rosa rumou para Porto Velho, onde iniciaram a igreja hoje já emancipada.
Os pré-adolescentes do casal Rosa 11 anos após a chegada deles, agora em 1995. Eu, com meu filho Isaac, hoje aos 30 anos. Assentado, ao centro, o pr Rivelino, o menino da foto lá acima.
O plano original de Limeira era deslocar o casal para essa capital. Não tendo dado certo, em 1984, cumpriram essa vocação 12 anos depois. A congregação da Isaura Parente hoje é a 2ª Igreja Evangélica Congregacional, no bairro Geraldo Fleming.
A congregação da Vila Betel hoje também igreja emancipada, cuja origem relaciona-se com uma ajuda da Visão Mundial à Associação de Ministros do Acre - AMEACRE, criada nessa época, com a participação do casal Rosa, é pastoreada pelo pr Jeremias.
Houve uma brutal alagação em 1988, sendo os afetados encaminhados a esse bairro, batizado como Vila Betel, onde foram instalados, e cada igreja participante nessa assistência recebeu também seu terreno.
Hoje somos quatro igrejas, estando o casal Rosa na do bairro Ilson Ribeiro, com o pr Nelson também cuidando da congregação do Eldorado, iniciada pela 2ª igreja em 1996. Há ainda a congregação da Nova Estação, dirigida pelo pr Cid Mauro.
Congregação do Manoel Julião,
em seu início, ano de 2008.
O casal Rosa, após um período em Porto Velho, suficiente para consolidar seu trabalho nessa capital, esteve pelo interior de Minas Gerais, por congregações e campos missionários da igreja congregacional de Brás de Pina, onde foi batizado e da qual se tornara membro, a qual o encaminhou ao Seminário do Recife.
Louvemos o Senhor por essa fibra. Linda história que sempre acompanhei. Em 1987, na Assembleia Geral, em Sacra Família, RJ, eu vi o casal Rosa, ali presente, expondo fotos de sua jornada aqui no Acre.
Eu namorava minha esposa, na época, havia apenas 15 dias, sem sabermos que uma visita ao Acre, eu em agosto de 1993 e, com ela, já casados, em outubro do mesmo ano, consolidaria o nosso chamado.
Passa à Amazônia e ajuda-nos. Visamos Cruzeiro do Sul. Apenas a 680 km de Rio Branco, extremo oeste do Brasil. Mas só para fé do tamanho de grão de mostarda, tipicamente congregacional. Limeira que o diga.
Cruzeiro do Sul:
Catedral Católica e, ao fundo,
o Rio Juruá.
E mais: sempre há mais:
Está foto deve ser do final de 84 a início de 85, são nossas primeiras crianças da Cohab e muitas do Aviário e Independência. Estão nela Cecília, a criança negra da frente é Célio, do Frazão, estudou no Meta, na Epaminondas Jacome, parece que na época do Alex Daniel. Hoje, segundo o Alex, é advogado e agente de policia num município do Acre. Tem Fred Wilham, ao seu lado Luiz Freitas, que chamávamos o ceguinho, de touca Branca, Nena outra ceguinha, Rosinha, ao lado da Josilene e, das outras, só lembro o irmão do Célio. Muitas dessas crianças eu as pegava no Independência e Aviário, área hoje da Igreja Presbiteriana, antes de sua construção, e outeas eu as conduzia no meu colo ou no quadro da bicicleta e garupa. Foto tirada em frente å casa do Nízio, funcionário do INCRA, entre nossa casa de origem do trabalho, do Petecão. Se tiver mais lembranças te informo. Nessa época Rivelino e (Francisco) Rabicó ainda não estavam entre os alunos da EBD, mas só nos cultos vespertinos, quando vez por outra.
Fred, a vó dele Dona Anita, Jorge seu tio ao lado, de cócoras, já de saudosa memória, como também sua avó. A menina à frente da Cecília (com mão sobre o ombro) é Maura, sobrinha da irmã Dulce Maria. Na cadeira de rodas, Francisco, atrás dele Luizinho, o cego, ao lado da sua mãe adotiva, Dona Rita, saudosa memória. Da irmã ao lado não recordo o nome, mas gostava de congregar conosco. Atrás, de óculos, é Hermes, sobrinho do Romildo Magalhães, ex Vice-Prefeito do Gov. Edmundo Pinto, que depois chegou ao cargo de governador. Os dois jovens estavam nos visitando, como o outro ao lado do Hermes, ao meu lado (do Nelson) o nosso grande evangelista e filho na fé, Júnior Sussuarana, a quem, ao regressar ao Acre, em 2010, Deus nos deu o prazer de encontrá-lo vivo e orar por ele no Santa Juliana. Na minha frente, Josilene e, ao lado dela, Regiane e, atrás de Cecília, Rosinha. Da outra menina, não me lembro o nome: mudou-se para Fortaleza, com 2 anos de convivência conosco.
Este era um culto vespertino nos nossos domingos comuns, havendo muito esforço dos membros em trazer visitantes. Júnior Sussuarana e Freddy sempre à frente, levando amigos e parentes para os cultos. Foi nessa leva que Jorge, seu tio, e Dona Anita, sua vovó, partiram no Senhor, bem como sua mãe, recentemente, a irmã Graça Silveira. Cecília foi valente entre nós, porém, afastando-se do nosso convívio. Mas Deus a recompensará. Seu ex-esposo, João Dantas, tb filho na fé de Freddy.
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