⁴ "...assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor ⁵nos predestinou para ele". Ef 1 (Paulo).
¹⁹ "...mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, ²⁰ conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós". 1 Pe 1 (Pedro).
Os dois mencionam o amor. Os dois falam dessa antecipação divina, antes da história humana começar.
Deus nunca teve dúvida sobre o que sente a nosso respeito. Agora, quanto a nós, parece que não nos cansamos de ter uma visão opaca de Deus.
Para não dizer mesquinha. E a culpa, absolutamente, não é dEle. Porque já se revelou plenamente em Jesus. Não falta nada. Não há mais o que mostrar.
E para voltar a Paulo, nesta altura do texto, ele diz de Deus, com relação a Jesus que
²²"... para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja". Ef 1.
Jesus nos foi dado, antes de ser morto, durante sua morte e agora ressurreto.
E Paulo segue dizendo ser a igreja, ou seja, nós sermos a plenitude de Cristo, basta continuar a leitura. É muita coisa. Mas não é blefe. Não é Fake News.
Deus tem como alvo isso tudo aqui escrito, melhor, nas Escrituras escrito. E diante disso, qual a nossa resposta? Apenas uma "confissão de fé"? Vamos repetir (ou rezar) o credo?
Ora, nem é nosso uso rezar credos. Pois então vamos exercer o poder, a nós concedido, de criticar a própria fé. A Reforma, ainda que remota em nossa memória, legou-nos essa função.
Não somos prisioneiros da igreja, sacramento, para nós, não é canal de benção ou da graça de Deus, e temos linha direta com o Pai. Corretíssimo. Mas nada ou tudo isso não evita banalizarmos a fé.
Volto ao sermão de meu avô, de 1972, ano do casamento de minha sogra: Não tornar Deus comum. Até admite-se, latinos que somos, haver algum aspecto de relaxamento em nossa cultura.
Mas carrear para o evangelho, é lamentável. Mesmo porque nele há gravidade de conceitos. Nossos inimigos não brincam contra nós. E são três. O mais doméstico deles somos nós mesmos.
O mais próximo, ao nosso redor e no contexto de nossa vivência, é o mundo. E o mais poderoso, regente de toda a maldade, é Satanás. Pode até ser que você não acredite em nada disso.
Bem. Há muita coisa que, para existir, não necessita, absolutamente, que conste no rol de nossas crenças. Existem independentemente de nossa agência. Assim é o mal: presente no coração do "príncipe deste mundo", em toda a nossa volta e dentro de nós mesmos.
Mas caso haja um esboço que seja, mínimo, de desejo de mudança, de alteração desse quadro, ou seja, diante desse amor declarado, da parte de Deus, alterarmos, radicalmente, nossa postura, há instrução clara na Bíblia.
O próprio Pedro apresenta. Ora, diga-se, de passagem, que Paulo, certamente, também terá uma exortação semelhante, sem dúvida. Deixo a suas expensas verificar, em sua leitura devocional. A de Pedro, segue abaixo:
⁵ "... por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência". 2 Pe 1.
Começa assim o texto. E também a mudança almejada. Mas reunamos toda a nossa diligência. Diligência, no grego, é zelo, pressa, mover-se com rapidez, prioridade de Deus.
Leia esse texto todo de Pedro, 1,3-11. Enumere a sequência das virtudes que ele reúne e expõe. Interessante é que, somente no final delas, é que está escrito "amor". O que significa dizer que, somente ao final da sequência, aparecerá, ou não, amor em nós.
E este é o versículo final:
¹¹ "Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pe 1.
O amor de Deus por nós nunca variou de intensidade. Sempre foi autêntico. A morte de seu filho, Jesus Cristo, na cruz nunca cessou de nos zerar toda a falta, quero dizer, todo o nosso pecado.
Então, vamos reunir toda a nossa diligência. E toda a sequência a seguir descrita por Pedro. É o jeito dele de demonstrar, para nós, uma possibilidade de amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário