Muito linda a amizade e Jesus com os irmãos Maria, Marta e Lázaro. Aliás, com Jesus, toda amizade é linda, possível e verdadeira.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Miqueias e a desburocratização da fé
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Jonas e a lógica de Deus
Há pouco mais de um ano atrás, o Hamas, grupo terrorista que agia em Gaza, uma porção de terra no sudoeste da Palestina, antiga região dos filisteus, invadiu Israel, matou e sequestrou, num total, cerca de 1200 pessoas.
terça-feira, 22 de outubro de 2024
Amós e a autenticidade
Autenticidade é tudo. Muito provavelmente, caso não houvessem ratas, ou seja, falhas, a marca da autenticidade fosse desnecessária.
Oseias (e Deus), maridos traídos
Muito interessante o grau com que Deus se compara, aproxima-se e até se identifica com o ser humano, criado à Sua imagem e semelhança.
domingo, 20 de outubro de 2024
Ezequiel e as visões de Deus
A ruína foi total. Um Êxodo ao contrário. O povo que havia saído do Egito, com promessa de se tornar nação, receber uma terra prometida e tornar sua capital trono de justiça, era levado cativo, desta vez para a Babilônia.
sexta-feira, 18 de outubro de 2024
Isaías e a banalização do mal
⁵ "Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" Is 6.
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
Cânticos de Romagem -2
Salmo 127. O Senhor edifica a família. Salmo de Sabedoria, formando com o 128 um só tema, descreve: (A) em sentido geral, o papel do homem sábio na edificação de um lar (127:2) e, (B) em sentido específico, o lugar dos filhos (127:3-5). Deus instituiu o casamento de homem e mulher (Gn 1:27-28) e, se o Senhor não edificar a família, será tão frustrante a tentativa quanto, sem o Senhor, guardar a cidade. (127:1): inútil (1) madrugar, (2) repousar tarde, (3) alimentar-se mal, (4) porque Deus supre (127:2 e Mt 6:25-34). Os filhos (1) são do Senhor, como herança, (2) frutos do ventre e (3) devem ser criados em sabedoria, para (4) atingir, como flecha, um alvo preciso na vida: (6) cheio de alegria o homem cheio de filhos criados no temor do Senhor, pois (7) não envergonham os pais (127:3-5) na luta contra inimigos (2 Co 10:4-5).
Salmo
Salmo 129. O Senhor supre. Salmo de lamentação: são particularmente difíceis para o salmista as provações que tem experimentado, porque o acompanham desde a sua mocidade. Para se expressar utiliza duas figuras de linguagem em seu modo especial de desabafo: (1) o chamado quiasmo, quando repete, num refrão (129:1-2), a mesma condição de angústia que enfrentou, porém não prevaleceram contra ele; (2) as chamadas metáforas, quando afirma que o Senhor cortou as cordas do arado que sulcava suas costas (129:3-4) ou quando votou que os que aborrecem Sião sejam como erva seca dos telhados, inútil para qualquer trato (129:5-7). Contudo, não guardava rancor consigo, pois aos que passavam indiferentes e não votavam bênçãos, ele tem a dizer: ‘Nós vos abençoamos em nome do Senhor’ (129:8; Lc 6:27-30; Rm 12:14).
Salmo 130. O perdão do Senhor. ‘Das profundezas’, mimma‘amaqim, no hebraico, ‘De profundis’, título em latim, é o ponto de partida do clamor pelo perdão. Este salmo assinala pontos fundamentais da fé: (A) o clamor do pecador por salvação (130:1 e Rm 3:9-18), (B) a misericórdia de Deus ao que crer (130:2; 2 Co 5:18-21; At 17:30-31), e (C) Sua exclusividade no perdão (130:4; Rm 2:4; 2 Co 7:10). Mais que os guardas pelo amanhecer, o salmista (1) tem o anseio de alma do pecador sinceramente arrependido (130:6), (2) tem posse das certezas que vem por meio da Palavra e (3) está cheio da expectativa do perdão de Deus (130:5-6). Ensina que Israel deve (todos devem): (1) esperar no Senhor, (2) nEle há misericórdia (amor), (3) nEle há plenitude de salvação e (4) só Ele (Sl 49:7-8) pode remir (pagar o preço) da iniqüidade (130:7-8).
Salmo 131. O silêncio da alma. ‘Salmos de Confiança’: 4, 11, 16, 23, 27, e 62, apresentam uma mensagem de garantia de salvação, louvor ou gratidão, entre os quais se inscreve o 131, destacando uma conversão do salmista, que (A) confessa (131:1), que deixou a soberba (coração elevado) de lado (Tg 4:6-10) e (B) aprendeu (131:2) a ser humilde (Mt 5:3), quando ‘fez calar’ a alma, como criança atendida por mães virtuosas (Jz 13;1-25; 1 Sm 1:26-28; Rt 4:16-17; 2 Tm 1:3-5). Deus lhe ensinou a ‘mansidão’ (Mt 5:5) e o‘domínio próprio’, complementos do Fruto do Espírito (Gl 5:22-23). Na nota final (C) de confiança (1331:3), o salmista espera que Israel também se converta e aprenda a ser humilde, algo essencial para a salvação (Lc 19:41-44).
Salmo 132. O amor do Senhor por Sião. O mais extenso dos também chamados cânticos de subida (Salmos 120-134) e um dos salmos litúrgicos (específicos para leitura no culto: 24, 50, 68, 81, 82, 95, 108, 115, 120-134) e messiânico (132:11), foi escrito como resposta à promessa (2 Sm 7:1-29) de um Reino Eterno feita a Davi e utilizado para o traslado da arca (132:6-10 e 2 Sm 6:1-19). Refere-se ao contexto (132:1-5) da construção do Templo (1 Cr 17:1-15) como símbolo da habitação de Deus em Sião (Ex 40:34-38 e 2 Cr 7:1-3). A escolha de Sião em amor (132:13-14) estava condicionada à sua obediência à aliança com o Senhor (Ex 19:1-6 e 132:12). As bênçãos finais da fidelidade são: (1) prosperidade, (2) salvação, (3) força e luz que não se apagam e (4) coroa de vitória sobre os inimigos (132:15-18).
Salmo 133. Comunhão com o Senhor. Jesus, na chamada oração sacerdotal (Jo 17:17-21), destaca
o quanto a comunhão com Deus é essencial para Israel e para a Igreja. Este
salmo inicia-se com uma expressão (hineh
mah-tov) da maior alegria pela realidade da comunhão com o Senhor (133:1 e 1
Jo 1:1-4): “Veja como é bom!”. Milagre somente possível com a atuação do
Espírito Santo (Jo 14:16-17; 16:7-11; 1 Co 2:11-16), comparado (1) ao orvalho
do monte mais alto do Norte,
Salmo 134. Bendizei ao Senhor. A conclusão para a coleção
dos salmos dos peregrinos é o convite
a louvar o Senhor. Paulo escreveu um salmo (Ef 1:2-14) enfatizando a salvação
em Jesus Cristo e também convida a ‘Bendizer o Senhor’. O servo do Senhor (1)
deve louvá-Lo, dia e noite, quando estiver no Templo (134:1), assim como (2)
fora do Templo (134:2). A bênção do Senhor é permanente para todos os povos
(129:8 e 134:3). Entre os pequenos ‘cânticos dos degraus’, encontra-se, como
temática: (1) segurança contra a maldade (120-121 e 123-125), (2) alegria por
estar em Jerusalém (122 e 126), (3) a bênção na família (127-128), (4) consolo
para a alma aflita (129-131) e (5) dádivas do Senhor (132-134). Como ‘cânticos
espirituais’ (Ef 5:18-21; Cl 3:16), têm profunda mensagem e devem ser lembrados
pelo caminho.
Cânticos de Romagem - 1
Salmo 120. Clamor de um Peregrino. Os Salmos 120-134 são denominados Cânticos dos Degraus ou Romagem (Shir = cântico, hammaaloth = subida). Acredita-se que eram cantados a caminho do Templo ou na peregrinação de retorno do exílio (Ed 7:8-10). São uma coleção reunida em função da temática comum a esse grupo de salmos, posteriormente reunida a outras coleções do Saltério. Neste primeiro, um peregrino do deserto da Síria (120:5), angustia-se (120:1) porque está cansado de conviver com pessoas que detestam a paz (120:6). Eles usavam sua língua (120:2-3) para semear contendas (Tg 3:1-12). O salmista decidiu-se pela paz (120:7), por isso clama ao Senhor por ajuda. Este salmista peregrino está bem caracterizado (Tg 3:13-18) como ‘promotor da paz’ (Mt 5:9; Jo 14:27; Fp 4:4-7).
Salmo 121. Segurança contra todo o mal. Ente os 15 salmos
dos Cânticos dos Degraus, 122, 142,
131 e 133 são atribuídos a Davi, o
Salmo 122. Alegria por estar no Templo. Os Cânticos de Sião (46, 48, 76, 84, 87 e 122) marcam Jerusalém como (1) meta do peregrino (2) morada do Altíssimo Deus e (3) Trono do Reino do Messias (Ap 21:9-27). Daí a grande alegria do salmista por estar no Templo (122:1). Diante da cidade (122:2), ele passa a refletir sobre o seu grau de importância para todos os peregrinos: (1) para lá sobem as tribos do Senhor para dar graças ao Seu nome (122:4), (2) nela se encontram os tronos de justiça da Casa de Davi (122:5), (3) sejam prósperos os que oram por sua paz (122:6), (4) que a paz que experimenta resulte em prosperidade (122:7) e (5) seja o voto de todo o peregrino buscar o bem da cidade (122:8). Moisés (Ex 40:34-38), Salomão (2 Cr 7:1-3) e o rei Ezequias (Is 38:22) anelavam estar na Casa do Senhor.
Salmo 123. O Senhor salva da aflição. Trata-se de uma lamentação na qual o salmista fala em nome do todo o povo. Muito provavelmente associado ao grupo dos Cânticos de Romagem ou Degraus devido à sua temática do sofrimento (123:3-4): (1) declara ter a alma farta de desprezo, (2) e de zombaria (3) dos que estão largados a sua própria sorte. Por isso aguarda a piedade de Deus de olhos fixos no Seu socorro, com a mesma atenção dos servos às necessidades de seus senhores (123:2). Na cultura oriental, a fidelidade do servo era grande virtude (Lc 12:35-38), daí a comparação entre a expectativa atenta dos olhos de um servo comum e os olhos do servo fixos no Senhor. O fato de este salmo terminar num tom de desespero, assim como no Salmo 137:9, pode significar sua relação com o cativeiro babilônico.
Salmo 124. O Senhor sempre perto. É um contraponto em
relação ao salmo anterior porque, embora se relacionando ao exílio, aponta para
o livramento que impediu a destruição do povo: (1) os inimigos se levantaram
contra eles (124:2), (2) na sua ira os teriam engolido vivos (124:3), (3) como
se águas sem limites os submergissem definitivamente (124:4-5; Sl 42:7; Jn
2:2). O diferencial que determinou o livramento é repetido como refrão: ‘Se não
fora o Senhor que esteve ao nosso lado’ (124:1-2). Uma expressão final de
louvor (1) bendiz o Senhor, que livrou Seu povo das presas do inimigo (124:6),
(2) libertou sua alma, como pássaro que escapa de uma armadilha quebrada
(124:7) e (3) e reconheceram que seu socorro está no Deus único, criador dos
céus e da terra (124:8).
Salmo 125. Proteção eterna do Senhor. Duas comparações de estilo poético, chamadas metáforas, são feitas com relação aos que confiam no Senhor: (1) são inabaláveis como Sião, o monte sobre o qual Jerusalém estava erguida e (2) são protegidos pela presença do Senhor à sua volta, como os montes ao redor da cidade (125:1-2). Há uma certeza para o salmista: o Senhor não permitirá que Seu povo permaneça, indefinidamente, debaixo do governo (cetro) de ímpios, para que não se tornem tão iníquos quanto seus opressores (125:3). Uma oração final (135:4-5) pede (1) que Deus faça o bem (Sl 119:68), o que é de Sua essência, aos bons e retos de coração, e (2) exerça Seu juízo sobre os que se desviam e os que operam maldade. Mas sobre Israel: Shalom ‘al-Yisra’el, ‘paz sobre Israel’, a Paz do Senhor sobre ela (125:5).
Salmo 126. Como quem sonha. Desta vez o salmista procura uma metáfora que possa expressar o tamanho da alegria dos que retornaram do exílio (126:1): houve riso, cânticos e a constatação, por parte das nações, que grandes coisas fez o Senhor por Seu povo (126:2). E o povo reconhece, na repetição do refrão que, certamente, o Senhor fez, por eles, grandes coisas, razão de sua alegria (126:3). Numa oração final, o salmista anônimo pede (1) que o Senhor restaure a sorte do povo, como a água corrente de ribeiros não perenes (126:4), (2) reconhece que, mesmo havendo lágrimas (Mt 5:4), como ocorreu (126:5), haverá júbilo posteriormente (Ed 3:10-13) e (3) que as provações são passageiras para o peregrino que hoje chora mas que, posteriormente, vai rir (126:6)
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
Uma tenda para o sol
¹⁶ "Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. ¹⁷ E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra."
sábado, 12 de outubro de 2024
Efeitos do evangelho - Carta aos Gálatas 3
Aos Gálatas, Paulo se expõe como exemplo. Enuncia, passo a passo, o efeito do evangelho em sua vida. Lucas, ao descrever sua ação em Atos dos Apóstolos, indica potencial e efeito dela, dizendo como Paulo "assolava" a igreja:
"Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria. 2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. 3 Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere." At 8 .
Por isso Paulo descreve o efeito do evangelho em sua vida. Porque foi Deus que nele operou essa mudança. E segue pari passu o que aconteceu com ele: Gl 1:
1. O evangelho não é de expediente humano:
11 "Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem": O evangelho não provém ou não se constitui em expediente humano.
2. É concedido mediante revelação de Jesus.
12 "...porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo."
3. O evangelho opera conversão:
13 "Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava".
4. É superior a qualquer outra tradição:
14 "E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais."
5. Deus chama, separa e revela o Filho:
15 "Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue".
Estes são os passos iniciais indicados por Paulo, que se aplicam a qualquer um que ouça, acolha e creia no evangelho. Daqui para adiante, no texto, o apóstolo falará de sua vocação pessoal e de como recebeu autoridade para ser apóstolo e profeta do evangelho:
1. Uma vez convicto de seu chamado, Paulo retirou-se para íntima e individualmente preparar-se como vocacionado:
23 "Ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia, agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir. 24 E glorificavam a Deus a meu respeito."
Nesse início da carta aos Gálatas, Paulo descreve o modo como ele ou qualquer novo convertido recebe a bênção do evangelho e ainda como, oportunamente, pode ser vocacionado para ser autorizado ministro desse mesmo evangelho.