sábado, 12 de outubro de 2024

Efeitos do evangelho - Carta aos Gálatas 3

   Aos Gálatas, Paulo se expõe como exemplo. Enuncia, passo a passo, o efeito do evangelho em sua vida. Lucas, ao descrever sua ação em Atos dos Apóstolos, indica potencial e efeito dela, dizendo como Paulo "assolava" a igreja:

"Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere." At 8 .

    Por isso Paulo descreve o efeito do evangelho em sua vida. Porque foi Deus que nele operou essa mudança. E segue pari passu o que aconteceu com ele: Gl 1:

1. O evangelho não é de expediente humano:

11 "Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem":  O evangelho não provém ou não se constitui em expediente humano. 

2. É concedido mediante revelação de Jesus.

12  "...porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo."

3. O evangelho opera conversão:

13 "Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava".

4. É superior a qualquer outra tradição:

14 "E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais."

5. Deus chama, separa e revela o Filho:

15 "Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue".

   Estes são os passos iniciais indicados por Paulo, que se aplicam a qualquer um que ouça, acolha e creia no evangelho. Daqui para adiante, no texto, o apóstolo falará de sua vocação pessoal e de como recebeu autoridade para ser apóstolo e profeta do evangelho:

1. Uma vez convicto de seu chamado, Paulo retirou-se para íntima e individualmente preparar-se como vocacionado:

¹⁶ "...sem detença, não consultei carne e sangue,17 nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco."

2. Confirmada a sua vocação, compartilhou o seu chamado com os demais apóstolos:

18 "Decorridos três anos, então, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e permaneci com ele quinze dias; 19 e não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor."

3. Participa de um início em comunidade exercendo, como num estágio inicial, o seu ministério:

20 "Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto. 21 Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22 E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estavam em Cristo."

4. O preparo inicial repercute como confirmação ampla de sua vocação no contexto da igreja:

23  "Ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia, agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir. 24 E glorificavam a Deus a meu respeito."


   Nesse início da carta aos Gálatas, Paulo descreve o modo como ele ou qualquer novo convertido recebe a bênção do evangelho e ainda como, oportunamente, pode ser vocacionado para ser autorizado ministro  desse mesmo evangelho.

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