Terapia de Jesus.
Alguém já escreveu sobre a pedagogia de Jesus. Eu, sem que seja psicólogo, vou arranhar esse tema.
Na conversa com a mulher enjeitada e rejeitada Jesus, ao mesmo tempo, resgata o valor dela e promove cura interior.
Primeiro, identifica-se: a carência por água e a possibilidade da mulher o socorrer estabelece necessidade e interdependência entre os dois.
Conversar aproxima, eliminando as barreiras sociais que pesavam sobre ela. A surpresa pelo acolhimento foi tão grande, que ela chegou a duvidar do óbvio.
Troca. Jesus tinha o de que ela precisava. Aqui entra o específico de Jesus, de que somente ele pode suprir toda a canseira e frustração humanas.
Ela era sofredora por diversos aspectos: na intimidade, era objeto de relações fracassadas. Socialmente, oprimida como toda mulher e, ainda, considerada fora do padrão destinado às outras.
À mediada que a conversa com Jesus avança, ela expõe suas tentativas de buscar remédio. A religião também era, para ela, recurso limitado para a solução que buscava.
Embora sua religião falasse sobre Deus, estava condicionada à disputa entre grupos que aprisionavam e sufocavam, numa polêmica estéril, o benefício de conforto que atenderia à sede que Jesus identificou.
Só então a revelação sobre quem Jesus é libertou a mulher de suas amarras. O encontro com Jesus é encontro com Deus e isso supre com todo o alívio a condição humana.
Mesmo que não admita, a vida sem comunhão com Deus frustra o ser humano. Deus é fonte de vida. Quanto ao homem/mulher, indistintamente, seus erros os consomem e sua finitude os deprime.
Quando reconciliados com Deus, por meio de Jesus, vêm alívio e remédio para o mal intrínseco. Abre-se o portal da eternidade, a experiência da vida autêntica se plenifica, assim como opera-se a terapia do perdão.
O encobtro com Jesus é completa terapia. Ou começo dela.
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