"Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."
Apocalipse 2,10.
O que caracteriza esta igreja é sua exposição às provações. A identidade da igreja está relacionada à pregação do evangelho, o que implica rejeição e consequente perseguição.
Paulo Apóstolo, a Timóteo, 2 Tm 3,12, adverte que "todos os que vivem piedosamemte em Cristo, serão perseguidos". Em Atos 5,41, no início da história da igreja, os apóstolos enfrentaram ferrenha perseguição, mas gloriavam-se de que sua identidade com Jesus assim ficasse explícita.
Tiago, na introdução a sua carta, ensina que devemos ter por motivo de toda a alegria passarmos por várias provações. Destaque-se os indefinidos "toda" a "várias", indicando que a condição de fé em Cristo predispõe para o enfrentamento de provações.
Portanto, a carta a Pérgamo demonstra que na vida do crente autêntico, assim como no ministério engajado de uma igreja em sua vocação, a presença de provações, perseguição e rejeição, pelo testemunho do evangelho, são indissociáveis.
Para isso devemos estar preparados. Inclusive como sinal de autenticidade. A mensagem do evangelho é "vinho novo em odre velho". O mundo a rejeita, completamente, assim como quem a proclama, sendo posta em cheque a prioridade invertida de seus valores.