²⁰ "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; ²¹ a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste." Jo 17.
Na chamada oração sacedortal Jesus como que apresenta uma síntese de seu ministério, do mesmo modo que desenha, para a igreja, uma síntese do ministério que ela vai herdar.
A igreja fica como substituta de Jesus. Algo somente concebível ao nível divino de concepção e somente exequível ao nível Trindade de desempenho.
Paulo, aos Efésios, afirma que Jesus é uma dádiva à igreja:
²² "E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, ²³ a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas." Efésios 1.
E aos Tessalonicenses 2, afirma o mesmo que Jesus nessa oração, que a igreja é a glória de Jesus:
¹² "...a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo." 2 Ts 1.
Em Atos está descrita a ascensão de Jesus, quando os discípulos, numa inversão de prioridades, desejam saber quando, em termos humanos, as preferências políticas se alinhariam.
A diferença entre reino de Deus e reino dos homens. A prioridade de Jesus é a outra e, pelo Espírito Santo, profeticamente prometido e derramado, os discípulos, que ali representam toda a igreja, entendem o que é ser testemunha de Jesus.
A igreja não tem como missão angariar seguidores, demarcar marketing, sanear a sociedade, governar o mundo. Jesus torna explícito, numa sentença:
⁸ "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhastanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra." Atos 1.
Conhece Jesus? É meu irmão mais velho. Tenho dEle o DNA de sangue. Mas a virtude é toda dele. O que fez a mim, quer fazer ao mundo todo. Seu amor é sem igual. Mas sempre compartilhado.
Qual o efeito da comunhão com Deus? A perfeita, somente Jesus a tem. Aliás, a Trindade dela priva. Podemos compreender as pefeições e a identidade deles três como efeito dessa comunhão, a mesma que desejam tenhamos com Eles.
A comunhão com Deus não é retórica. Nem fantasiosa ou simulada. Deus realiza a comunhão. Ele se mistura a nós. A mediação do sangue de Jesus Cristo é perfeita e santifica suficientemente.
²² "...agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis". Cl1.
A igreja é o lugar real, geográfico, prático e vivencial dessa comunhão. Não fomos nós que nos escolhemos ou que escolhemos uns aos outros. Deus escolheu.
¹⁶ "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda." Jo15.
E a nós foram entregues os recursos para vivenciar essa comunhão. A igreja de Atos, em seu começo, exercia variadas atividades de comunhão:
⁴⁴ "Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. ⁴⁵ Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. ⁴⁶ Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, ⁴⁷ louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos." Atos 2.
E Paulo exorta aos Efésios ser uma parceira com o Espírito, preservada com diligência, visto que, por nós mesmos, com a munição do velho homem, ou ainda por ação dos demônios, será quebrada.
¹ "Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, ² com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, ³ esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz". Ef 4.
Missões foi entregue à igreja. A capacidade de vivenciar a comunhão autêntica foi entregue à igreja. O amor foi revelado e derramado na igreja. Enfim, Jesus Cristo foi entregue à igreja.
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