quarta-feira, 12 de julho de 2017

Filadélfia

     Toda e qualquer igreja queria ser como esta, que nem as portas do inferno contra ela prevalecem, segundo a definição do que Jesus indicou que representa a autoridade a elas delegada.

     O ser humano faz confusão entre poder e autoridade, como Pilatos, diante de Jesus: ele disse ter poder, Jesus lhe mostrou a diferença, em relação a ter autoridade. Talvez entre as sete, fosse esta a menor de todas. Mas nem era pelo tamanho, mas por essência mesmo que, independentemente do seu tamanho, uma igreja apresenta (ou não) autoridade.

      Jesus menciona, com relação a ela, aprovação nas verdadeiras obras, fruto de fé autêntica, perseverança em guardar a palavra e ser alvo e reflexo do amor de Jesus. Não bastava mais nada. Diante dela, se uma porta se abrisse, ninguém fecharia.

    A pouca força é outra característica. A excelência do poder, a suficiência é toda de Deus. Ele mesmo esvaziou-se a Si mesmo, fez-se homem, servo em dependência total. E, como diz o autor de Hebreus, aprendeu a obedecer pelas coisas que sofreu.
 
     Esse mesmo anônimo autor aponta no texto que, por fé, da fraqueza se tira a força. E aqui residia toda a virtude daqueles crentes. Independentemente do tamanho da igreja, segundo a equivocada visão humana que costumamos ter, sua força  reside no poder de Deus.

     Por isso Jesus só teve elogios para essa igreja. Não que fosse perfeita, pois toda igreja é santa e pecadora. Mas atinavam com a essência do poder, que emana de Deus, granjearam autoridade em Jesus e reconheciam suas limitações, aprendendo a andar unicamente por fé.

     Como ensina Paulo Apóstolo, ser igreja é estar crucificado com Cristo, não sendo nós próprios a viver, mas Cristo viver em nós, em plena indentidade e andar senão por fé. Essa igreja, em sua força, vivia isso. Basta à igreja viver isso.

    Atualmente assistimos ao triste espetáculo de grande parcela de igrejas aspirar ao poder que não vem de Deus: desejam poder político, financeiro e, o que é mais ridículo ainda, presumem ter poder "espiritual". Trata-se da mais completa fraude, arremedo de Reino de Deus.

     Jesus afirma aos de Filadélfia que não negaram Seu nome. Um conjunto de atitudes, demonstrado por aqueles crentes, permitiu definir essa igreja como perfeitamente identificada com Jesus. Como afirma Paulo Apóstolo aos tessalonicenses, o nome de Jesus é glorificado em nós e nós glorificados no nome dEle: isso também, em essência, é ser igreja.

   

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