João Apóstolo, em sua carta, afirma que Deus é fiel e justo para perdoar nossos pecados. Quer dizer que, se não perdoasse, não seria?
Fiel e justo em relação a que ou a quem? Para o Deus que, como afirma Paulo Apóstolo, no Novo Testamento, e o profeta Isaías, no Antigo, que tudo faz "segundo o conselho de Sua vontde".
Deus é fiel e justo a Si mesmo. Decidiu perdoar. Pelo Seu amor, decidiu não ter outra opção. E, para poder perdoar sem nenhum incoerência deu Seu filho Jesus.
A solução definitiva para a questão do pecado reside no ato salvífico de Jesus: sua doação incondicional. Afirmou, certa vez, "a minha vida ninguém a tira de mim: espontaneamente a entrego e a reassumo".
E nós, uma vez batizados nele, pelo Espírito, também reavemos a nossa própria. Daí João afirmar que se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Confessar pecados não significa que nunca mais os praticamos. É sempre presente o tempo verbal aqui. Mas significa aceitar, em si mesmo, a ação de Deus.
Agora é Paulo quem, de novo, afirma que o Espírito nos educa, a fim de rejeitarmos paixões mundanas e viver sensata, justa e piedosamente nesta vida.
Isso significa admitir a ação de Deus em nossa vida. Trocam-se as preferências: em lugar da familiaridade com o pecado, a opção pela vida.
Pecado nada tem a ver com vida. Antes, drena da existência todo o bem. Quem prefere o bem, opta pela ação de Deus no viver.
Somente possível por Deus que, diante da realidade do pecado em nós, opta por ser Deus: fiel e justo em nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça.
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