"Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti nas terras do Jordão, e nas alturas do Hermom, e no outeiro de Mizar." Salmo 42,6.
Estar abatido, foi mero pretexto. Lembrar de Deus a pretexto, de um Deus que nunca esquece de ninguém.
O salmista comete dois enganos. Lembro de meu professor, pastor Porto Filho, que contabilizava os enganos cometidos pelos salmistas.
Deve ser essa a razão por que com eles tanto nos identificamos. Erramos para caramba também. Bem, pode ser que isso não seja unânime.
Davi, por exemplo, um dos mais versáteis e férteis em salmodia. Acho que pouco de nós desejaríamos colecionar os erros dele.
Mas muitos de nós, senão todos, desejaríamos ser chamados amigos de Deus. Ou de ouvir, para si mesmo, ter sido, por Deus, diretamente escolhido.
Mas nem Davi ou nenhum outro salmista soube tudo de Deus. E olha que Ele se revela. Aliás, anseia por isso. E todo o tempo lembra de todos.
E provê. Ora, o que provê? Tudo, é a melhor resposta. Deus tudo provê. Talvez seja essa a lembrança do salmista. Aflito, lembrou-se de outras tantas vezes.
A gente também se lembra. De tantas outras vezes. E até dos esquecimentos. Geralmente, os esquecimentos entram nas orações de confissão.
E as lembranças, constam nas orações de gratidão e louvor. Oh, Deus, se tantas outras vezes eu me lembrasse de ti. Em todas em que teus olhos sempre postos em mim.
Quanto Deus desejou que, para Ele, minha atenção estivesse voltada. E quantas vezes, no turbilhão de dentro de nós, ou na aridez, ou ainda na solidão, esses mesmos olhos estavam voltados para nós.
Ainda que eu nem lembre, ou se me lembre dessas poucas vezes, nunca esqueceste de mim. Vales, montes, caminhos e até descaminhos, nunca olvidaste.
Ativa a minha memória. E me faz atentar na lucidez dessa verdade. Em Ti há uma vocação por mim que é perene. Vocação de amor.
Amém
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