Nem sabemos se deveria, ou se seria coerente, mas Paulo decidiu pôr, em duas colunas, Adão e Jesus, comparando um ao outro e, sumo atrevimento, denominou Jesus o segundo Adão.
Se fosse filme, seria Adão II, a Missão. Sumo atrevimento. Mas tinha um resultado em mente e, em termos de teologia, fica difícil argumentar com o Apóstolo, resta ler e saber.
Começa pela triste realidade. Aliás, dela fogem, por razões diversas, o convencimento de uma grande parcela de gente. Por um homem, entrou no mundo o pecado e, por ele, a morte, que passou a todos os homens, pois todos pecamos.
Atávico. Negar, seria como atribuir a si mesmo outra origem, quem sabe sideral e extraterrestre. Quanto a admitir que continuamos pecadores, só resta duas coisas: 1. discordar do terno "pecado" utilizado pela Bíblia; 2. negar, incluída, nessa negação, a própria aceitação da proposta bíblica de resgate.
Pulando, no texto, o escalonamento no prejuízo causado, vamos ao que se diz sobre o outro homem mencionado, no caso, Adão II. O texto começa mencionado muito mais. Aqui já se estabelece o máximo contraste.
Muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus, superabundante sobre muitos. Muito, advérbio, aplicado à graça, muitos, pronome adjetivo, aplicado aos que são alvo dessa graça, porque não são todos os que creem.
Alegria e tristeza é o contraste básico desse texto, comparados Adão I com Adão II. Quem dera todos considerassem, a si mesmos, alvo da graça de Deus. E Paulo segue explicando.
Pecado, sempre por atacado, perdão, no varejo. Múltiplas ofensas, para um só ato de justiça, por meio do qual, literalmente, "veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida".
Procede o Apóstolo no tabelamento de sua descrição. Por Adão, desobediência que se generaliza, opressivamente, pela humanidade. Avaliam desobedecer como liberdade e, como prejuízo e cativeiro, obedecer a Deus.
Mas a obediência de um só, Jesus, espalha graça, justiça e perdão. Vale arriscar a chance de que esteja certa tal avaliação. Não há mais o que perder e, com essa solução divina, tudo a ganhar.
E termina mencionando a lei. Se, instaurada, é corolário da civilização, por si é sinal de que, com a humanidade, nem tudo vai tão bem todo o tempo. Ora, se assim fosse, não haveria necessidade de lei.
Pois a Bíblia intervém nesses meandros, muitas vezes sombrios. Mas propõe solução acabada. Perfeita. Jesus é a proposta do Livro. Em tudo crível. Como comenta Pedro, fazeis bem em atender à palavra profética.
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