domingo, 17 de setembro de 2017

O seguimento de Jesus 1

        Definitivamente, após contato com Jesus, não dá para sair igual, seja para o bem, seja para o mal.

       À samaritana Jesus pediu que fosse buscar o marido. Ela poderia ter dito: "está bem, espere que já volto". Mas preferiu ser sincera. Saiu do encontro convertida a Jesus.

       O jovem rico, dublê de gente boa, chamou Jesus de "bom Mestre". E Jesus, sempre polêmico, disse que não existe bom, a não ser Deus.

         E simulou um teste, dizendo ao jovem que abrisse mão de toda a sua riqueza e se tornasse discípulo. Perda total. Renúncia de si mesmo.

        Mas, para aquele jovem, sua riqueza valia mais do que o seguimento de Jesus. Saiu do encontro o mesmo de antes, não convertido a Jesus.

       Não dá para "aceitar" Jesus e continuar sendo o mesmo. Não dá para continuar igual ao que antes.

       A própria razão da morte violenta de Jesus é que ele não foi, todo o tempo, uma unanimidade. Não dá para defrontar Jesus, sem perda total.

     Nada a ver. Há muitos hoje querendo encarar conversão a Jesus de modo reducionista. Seja você mesmo, seja autêntico, embrulha e manda: Jesus te engole.

     Não é o que a Bíblia diz. Aliás, o Livro diz que Jesus vomita. Isso não é fundamentalismo. É fundamento. Favor não confundir.

     Ou se perde tudo. Ou morre-se e ressuscita-se em Cristo. Ou se renuncia a si mesmo e ganha-se Cristo.

      Ou, uma vez defrontando-se com Jesus, sai-se do encontro não convertido a Jesus. Sai o mesmo. E não será para o bem.