segunda-feira, 22 de agosto de 2016

 
     "Deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor".

      É já, se não me engano, a quarta vez que menciono este texto. Citar Bíblia tem dessas coisas: vira rotina inócua ou torna-ne desafio para que se cumpra.

      No caso desse versículo, dar-se, primeiro, ao Senhor, começa por ser algo pontual, ou seja, ocorreu uma vez, na história. No caso, Paulo anota, em 2 Co 8:1-5, que crentes da Macedônia fizeram muito mais do que ele esperava em relação à assistência aos flagelados de Jerusalém.

       Portanto, estabeleceu-se um princípio válido para todas e quaisquer outras circunstâncias: quem se dá, primeiro, ao Senhor, ultrapassa todas as expectativas.

       Ou, vendo por outro prisma, quem se dá, primeiro, ao Senhor, não precisa cobrar a si mesmo ou ser cobrado por ninguém: corresponde a todas e quaisquer expectativas.

       Eu mencionei esse verso, primeira vez, no domingo 7/8. Um grupo do Rio, 25 irmãos da Igreja Evangélica Fluminense estavam reunidos conosco, da Congregacional do Manoel Julião, na Chácara de nosso Projeto.

      Eu quis dizer que o exemplo de dedicação dos irmãos do Rio deveria nos influenciar. Era a segunda vez que vinham ao Acre, em meio a outras tantas viagens desse mesmo tipo que usualmente fazem.

      A segunda vez que mencionei, foi no domingo seguinte, 15/8, quando nos despedíamos do grupo, culto na área externa de nossa casa ali no Manoel Julião, bairro que empresta nome e local de congregação a nossa igreja.

      A terceira vez que mencionei, foi quando postei no Face, no Projeto Chácara Jesus o Bom Pastor as fotos dos irmãos desse mesmo grupo que, já dissemos, segunda vez vem trabalhar na Chácara: mutirão do muro, quase 80 m, duas semanas de EBF, visitas a famílias e ida às escolas para que Jesus deixe seu recado.

       E a quarta menção é aqui, neste novo blog,
<iecmjuliao.blogspot.com>
Para quê? Porque dar-se, primeiro, ao Senhor

       (1) significa sua, minha, nossa conversão: se você é crente verdadeiro, é porque já fez isso. Se ainda não fez, ainda não é convertido;
     
       (2) porque é algo que se renova. Dar-se, primeiro, ao Senhor, entrega total, é diária, definitiva, sem barreiras, sem obstáculos, gastando-se e se deixando gastar, como diz Paulo em 2 Co 12:15;

      (3) porque, pelo que a Bíblia diz, conversão a Jesus é não mais vivermos para nós mesmos, 2 Co 5:15,  mas viver para e por Cristo, não dando valor próprio a nossa vida, a não ser o valor que temos para o ministério concedido a nós, Atos 20:24.

      Justificada está a menção de 2 Co 8:5, feita por mim, já quatro vezes, em duas ou três semanas. Precisamos, sim, conhecer profusa e profundamente a Bíblia. Mas, principalmente, cumprir a Bíblia.

      Há pontos difíceis, talvez uns mais do que outros, a cumprir. Mas todos eles fundamentais.

domingo, 21 de agosto de 2016


      161 - Minha denominação

       Lembrei muito de minha mãe Dorcas, porque os congregacionais comemoram 161 anos. Em 10 de maio de 1855 o casal Robert e Sarah Kalley chegaram, de navio, ao Rio de Janeiro, capital do Império.

        E em 19 de agosto desse mesmo ano iniciavam, já morando em Petrópolis, uma escola dominical com 5 crianças, a primeira no Brasil. O fato de pertencermos a uma denominação, em primeiro lugar, está ligado e uma história.

        Somos crentes em Jesus. Fomos convencidos dessa necessidade pelo Espírito Santo que, quando cremos, passou a habitar em nós. Alguém poderia perguntar, então: o que isso tem a ver com uma denominação?

        É que não nos convertemos sozinhos. E se o próprio Deus se fez homem para nos alcançar, é também por meio do testemunho de alguém que somos conduzidos à fé. E tudo isso tem uma história.

         Os congregacionais tiveram origem num grupo que, na Inglaterra do séc. XVII, foi perseguido porque desejava fundar uma igreja autônoma, sem o controle do Estado. Um grupo teve que fugir e veio para as Américas, onde fundaram a colônia que se tornou, mais tarde, os Estados Unidos da América.

        No nosso caso, Kalley fundou duas igrejas, uma no Rio e outra em Pernambuco, às quais chamou "Igreja Evangélica", porque não existia outra denominação evangélica no Brasil. Mais tarde, em 1913, quando já havia um grupo maior de igrejas, o nome "Congregacional" foi escolhido.

       Em 1969 passamos a nos chamar União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil. Trata-se de um grupo de mais ou menos 500 igrejas, a denominação mais antiga do Brasil, porém não a maior entre as cinco mais antigas.

        Nossa identidade se define por sermos crentes em Cristo Jesus. E a história de nossa conversão está ligada à história missionária de uma denominação. Sejamos gratos a Deus por essa história.

         E confirmemos nosso amor e nossa disposição, a cada dia, para seguir adiante, honrando o nome do Senhor Jesus e avançando nessa história. Como diz Hebreus 12:1-2, "olhando firmes para Jesus, autor e consumador da nossa fé".

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

      Uma igreja de cara nova.
   
       Muito interessante o gesto feminino, tão comum às mulheres, de dar um jeitinho, de ponta dos dedos alisando a face.

       Reparei uma delas usando o retrovisor interno do carro, aproveitando o sinal fechado. Dizem duas coisas desse gesto bem feminino: (1) só elas são capazes de perceber o detalhe ajeitado; (2) fazem assim precavendo-se das demais, sempre rivais, porque o que ajustam é imperceptível aos homens.

        Está pronto, então, o rosto. Quando o Antigo Testamento deseja expressar a bênção com que Deus abençoa, cita o rosto: "o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti... o Senhor sobre ti levante o Seu rosto".

         Deus mostra em Jesus o rosto. Mostrar a face significa retirar a máscara, que pode significar medo, covardia e até hipocrisia. Vamos, então, mostrar o nosso rosto. Quem foi lavado pelo sangue de Jesus não tem por que esconder o rosto.

        Mostrar a face é revelar identidade. Vamos mostrar o rosto, a face, a identidade e o jeito de ser de nossa igreja. A ideia de Jesus quando falou "edificarei a minha igreja" é porque deseja que sejamos o rosto dele.

        Precisam olhar nossa face e ver nela resplandecente a face de Jesus. Paulo fala aos Tessalonicenses 1:12 que essa correlação é absolutamente legítima: a igreja é a glória de Cristo assim como Cristo é a glória da igreja.

       Mostra o teu rosto, igreja. Mostra a tua cara. Resplandece e seja vista no teu rosto a face de Jesus.