segunda-feira, 12 de março de 2018

        "Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida."

                                     Salmos 42:8

       Este Salmo começa com uma franca confissão: "A minha alma tem sede de Deus" para, logo adiante, espoucar com a pergunta: O teu Deus, onde está?".

      O homem deseja um deus a sua imagem e semelhança, manipulável. Aliás, a falsa sensação de segurança, tão frequente na condição humana, requer imediatismo.

      Deus então teria de ser deus. Ou o próprio homem se fará deus. Aliás, de novo, a mitologia já empresta gancho a esse modo de entender, desde a antiguidade, quando deuses, semideuses, demiurgos e heróis se misturavam.

        Habitavam juntamente o Olimpo, o "céu" da mitologia, e a própria terra.  Aliás, até hoje fazem sucesso entre nós os super heróis, que resolveriam nossos problemas. Doce fantasia. Mas, o teu Deus, onde, então, está? Em Beer-Laai-Roí, Agar não atentava para o Deus que via.

      Em Horebe, só quando tudo estava na mesma, Elias pôde constatar a presença de Deus. Sem os milagres à nossa própria imagem e semelhança. Jesus dizia: "Crestes, porque vistes sinais?".

       Ou então: "Se não virdes sinais, não crereis."  É uma fé que depende dos sinais vistos ou que depende da palavra de Deus? O teu Deus, onde está? Ouviste a voz dele hoje?

      Não atentei para Deus, que me ouve. Que me vê. "Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem afasta de mim a sua graça".
   
      "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". Ou, "por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus".
   

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