sábado, 4 de novembro de 2023

Sorrisos como o de Jesus

 Aqui no Acre, onde estou, como pastor e professor, desde 1995, alcançou-me uma notícia triste. E nessas horas, quando a gente busca consolo, a Bíblia é o melhor refúgio.

   Crer nela nos conforta e mantém inabaláveis. Porque ela fala da vitória de Jesus sobre a morte. Daí Paulo Apóstolo afirmar que "estar com Cristo é, incomparavelmente, melhor", Fp 1,23.

   Por isso temos certeza de que, hora dessas, Ana Lúcia, com seu sorriso o mais lindo, competindo com o de sua irmã Dionice, estão onde é incomparavelmente melhor: ao lado, muito próximas, em comunhão definitiva, com Jesus.

    Caros primos, pode-se até dizer que somos distantes. Seja no parentesco, primos em terceiro grau, como se diz, ou ainda distantes pela geografia. O mais perto que já estive de vocês foi nas idas a Teresópolis, onde minha sogra teve o ap.

   Mas estamos, também, definitivamente próximos, na fé. Nossa comunhão é por meio de Jesus. Assim nos ensina João, em 1 Jo 1,3, que "a nossa comunhão é (e nunca deixa de ser) com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo".

   Queridos primos e primas, minhas memórias, eu já com 66 anos, filho de tio Cid, o segundo irmão mais velho, irmão da bisavó de vocês, Dejanira, avó de Dionice e Ana Lúcia, nunca esqueci desses sorrisos.

   E aposto que vocês herdaram, e não foi só pelo DNA, mas pela história de fé. Conservem essa chama acesa, essa beleza física herdada, mas também essa herança espiritual.

    Convivi com a fé e o sorriso de sua bisavó que chamávamos tia Deja. A avó de vocês, Deni, já alcancei casada, eu um meninote de 7 ou 8 anos, e a mãe de vocês adolescentes. Sempre com o lindo sorriso herdado de Valdemar e Deni.

   Para vocês verem quão entrelaçada é essa família, foi na casa dos pais de Valdemar, avô de vocês, que minha mãe, Dorcas, mais conhecida como tia Maninha, hospedou-se, em 1951, quando esteve na roça, em Itaocara, para conhecer a família de seu então noivo Cid, meu pai, irmão da bisavó Dejanira.

    Visitava tia Deja em Cosmos, Dalmi ainda solteira. Acompanhamos o nascimento de Sarides e Saridieli, vários almoços, cultos e confraternizações na casa dos tios de vocês, mais com Dirceu do que com Dilson, com quem eu mantive menos contato.

   Mas sempre perto, trocando notícias, orações e compartilhando nossa fé. Vivemos hoje tempos mais distantes desses. Dejanira e Cid já completaram mais de 100 anos de nascidos. Mas essa geração está toda junta, com Jesus, pois nunca rejeitaram, envergonharam-se ou abandonaram sua fé.

    E também tempos mais difíceis. O próprio Jesus se perguntou se, próximo de Sua vinda, e cada vez mais próximos, haveria fé na terra, Lc 18,8. Assim como vaticinou que o amor de muitos haveria de esfriar, Mt 24,12.

   Não foi com Dejanira, nem com Cid, nem com Maninha, Deni, Dionice ou Ana Lúcia que o amor se esfriou ou que se perdeu a fé. Que nunca seja conosco. Nem se esmoreça a fé, nem conosco esfrie o amor. Provações, privações, tribulações, apostasia, certamente, virão, e quanto mais identificados com Cristo formos, mais seremos odiados, Jo 15,17-20.

   Mas que, de nossa parte, gritemos nas ruas a sabedoria, Pv 1,20-33, que é Jesus que, da parte de Deus, tornou-se para nós sabedoria, 1 Co 1,6-16, o evangelho, a mensagem da cruz. Gratos ao Senhor por esses que nos antecederam, de quem muito conhecemos defeitos e virtudes mas, acima de tudo, que nos legaram a fé.

    Senhor, grato por todos os sorrisos que nos antecederam e nos legaram a fé, tão parecidos com o sorriso de Jesus.

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