domingo, 13 de maio de 2018

    A mãe da gente.

    A gente a carrega conosco. Pelo menos, genética, psicológica e espiritualmente. Esta última palavra é meio perigosa, se for entendida errado.

     Mas quero dizer com ela tudo o que faltou dizer com as outras duas. E tratando-se de mãe, sempre falta o que dizer. Lembro da minha.

     Faz dois anos, assim, nessa época: comemoramos em março o aniversário dela, ainda em casa. Depois, juntos também, comemoramos o meu e este assim chamado Dia das Mães.

     Lá no hospital. No Acre há 23 anos, perguntava como seria esse último momento. Agora, já sei como foi. Deus atendeu essa oração: passamos juntos.

     Lembro dela. Assim, imensa. Em certo sentido, mãe foi mesmo inventada para ser imensa. Em todos os sentidos. Deve ser mesmo para a gente caber dentro. A vida toda.

      Uma cena do passado era ela, linda, num vestido de listras horizontais, bem fininhas, vermelhas e brancas, levando-me à igreja. Pegávamos um atalho ali, em Cascadura, pelo caminho de uma horta.

      É assim mesmo. E aquelas que cumprem sua missão, carregam a gente dentro a vida toda. Um colega meu, professor, perdeu a sua em 1989. Também paciente terminal.

     Então, bem próximo à despedida dos dois, ela disse: "Mas quem vai cuidar de você?". Quando ele me contou isso, ainda emocionado, pude dizer que a preocupação dela significava duas coisas:

     Amor pelo filho. E paz na hora da partida. Elas é que nos consolam. Carregamos, sim, conosco essa marca boa. E também temos traços de suas imperfeições.

     Mas, por causa delas, somos uma edição melhorada. Valeu, mãe. Desejo cumprimentar todas as minhas queridas primas mamães. Sejam da família de meu pai, sejam da família de minha mãe.

     Abraço especial à mamãe Alda, a mais idosa que conheço. Já foi minha ovelha. Daquele tipo que a gente nunca esquece. Também homenageio suas filhas e netas.

     Abração especial a Eunice, Miriam, Gislaine e Leila. Tias muito especiais que lembram a avó Eunice, mãe maior. Adalgiza, avó paterna, não conheci.

     Mas desejo homenagear aqui minha querida e linda prima Dercilia. Ela vai representar as irmãs, filhas e demais mulheres dessa linda família.

     Abraço especial também a nossa tia Nadir e suas queridas filhas. Esta é a única irmã de meu pai ainda entre nós. Eram Maria, Dejanira, Jani e mais outros cinco homens.

     Mulheres de fé e fibra. Como somos abençoados por essas mulheres! E para terminar, last but not least, homenagear as esposas dos primos, também heroicas em nos aturar.

     Beijão a elas, descendentes de Zila, Iracema e Francisca, parte de mãe. E de Odete, Ivar e Nair, parte de pai. Tantas mães. E a gente, portador dessa herança machista, tão devedores a todas elas.

     Meu beijo especial e abraço carinhoso a minha eposa Regina. Depois de Dorcas, a mais bonita. E, para terminar, minha sogra Lourdes. E também Miriam, aliás duas Mirians, aquela mãe de Patrícia, esta mãe de Anna Paula.

     E tia Gilca, que até poderia não se sentir mãe. Mas ela adotou todos nós: acabou sendo a mãe de mais filhos. Ha, ha. Abraço epecial a ela que, um dia, pediu e foi atendida para que Oscarina, a matriarca, ficasse mais tempo entre nós. São muitas as histórias de mães.

     Destaco, assim, por último, minha sogra, para evitar maiores problemas. Preparou Regina muito bem para a vida, como um todo. Grato, Senhor Deus, por essas mães.

    E por tantas outras.






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