quarta-feira, 16 de junho de 2021

Ensina-nos a contar os nossos dias

9490. Você já multiplicou os seus dias de vida pelos dias que representam? Não. Eu também não. E esse número aí, é o número de dias que estou no Acre, fazendo uma "conta de chegada", aproximada, de janeiro a janeiro, 1995-2021, sem contar fev-jun de agora.

23360. Agora são meus dias de vida. Para descontar o tempo em que não tinha plena consciência de minha existência e, como referencial, vou contar a partir dos 6 anos incompletos, que foi quando, em abril de 1963, portanto, com 6 anos incompletos, eu me decidi por Jesus.

Vai dar 21170 dias. Descontem os anos bissextos. Não sou assim provedor de tanta matemática que me permita organizar uma fórmula que inclua a conta exata desses anos. Em 58 anos de vida, descontados os 6 de idade, se anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, seriam 14,5 anos, no total que, incluídos na conta, dariam 2 meses a mais.

21170 + 60 = 21230. Contando os dias. Eu me considero com uma dívida de oração de 21230 dias. Hoje ouvia aquele hino "Santo. Santo. Santo" e pensei como seria, hipoteticamente falando, sentir-se como Isaías se sentiu quando se viu no interior do templo, onde nem Moisés e nem Salomão nunca estiveram, o primeiro quando a glória de Deus o preencheu, na Tenda do Deserto, este segundo quando da oração de consagração, na inauguração do Templo que ele mesmo mandou erguer.

Diante da presença de Deus. Isaías disse que as vestes de Deus preenchiam todo o espaço. Aterrorizou-se só de lhes sentir as fímbrias. Serafins revoavam advertindo "Santo, Santo, Santo", para ainda mais super prevenir. Só restou a Isaías balbuciar "Ai de mim, estou perdido".

Perdido estamos todos. Até que Jesus banalizou o acesso. Franqueou a qualquer um a entrada no Santo dos Santos. Pôs todos, por hipótese, no mais interior, tendo profanado, quando o rasgou, de cima abaixo, o véu do santuário. Porque não é esse o santuário, terreno, mas outro, do qual Isaías só viu o esboço. Não passava de uma visão.

Mas o autor anônimo de Hebreus proclama que Jesus nos põe dentro do verdadeiro santuário. Do real lugar da glória do Pai. "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura". Hebreus 10:19-22.

Diante do Santo, Santo, Santo 24 h por dia, no meu caso, 24 h por 21230 dias, entre os quais 9490 no Acre. E, para mais uma conta, caso esteja neste tabernáculo, como a ele se refere Paulo, em 2 de janeiro de 2023, serão 14600 dias, desde 2 de janeiro de 1983, nos quais decidi que me chamariam "pastor". Se os bissextos estrarem na conta, somem mais 40 dias: 14640.

Se é para contar os dias, pelo menos assim. A dívida só aumenta. Diante de Deus, postos em sua presença real, pelo sangue de Jesus, 24 h por dia, todos os dias, cada dia. Você já pensou nisso? Sente-se assim? Não? É que herdamos a síndrome de Adão e Eva, fugindo da presença de Deus por entre as árvores do jardim. Puro engano. Há muito tempo estamos fora do jardim. E nem a terra é mais um jardim.

Violamos o plano de Deus, tanto para a nossa vida, quanto para a do planeta. Ele continua nos procurando. E definiu, pelo Filho, o caminho para a árvore da vida. Isaías está corretíssimo: "Ai de nós, estamos perdidos". A não ser que se acredite no que Jesus diz: "Eu sou o caminho". Ele também conhece a nossa verdade. Não adianta tentar fugir dela. E Jesus também nos quer dar vida. Se não fora o Espírito sussurrar isso aos nossos ouvidos, ainda estaríamos perdidos, quer dizer, ainda sob outra síndrome, desta vez a de Isaías. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário