terça-feira, 19 de setembro de 2023

Get the revolution - pegue-a para si

    Eric Clapton, "guitarrista, cantor e compositor britânico de rock e blues. É considerado um dos mais influentes e bem-sucedidos da história do rock". Escreveu sua autobiografia, a quem interessar possa.

   Aqui destaco sua música Revolution. Numa tradução livre, nela reclama dos conselhos não atendidos, dados a um interlocutor que, agora numa situação adversa, tardiamente, quer uma revolução.

   Se queremos outro referencial dele, pertence à geração de Chico Buarque, este, com 79, apenas um ano mais velho do que aquele. Mas não vamos comparar o acervo dos dois. Apenas sacar o título da música🎶, aposta ao final deste texto.

   Para dizer que a proposta do evangelho é revolucionária. Em si, ele próprio é revolução. E uma que não termina. Em Efésios 4,22, Paulo indica isso em três menções: 1. ἀναστροφὴν τὸν παλαιὸν ἀνθρώπων (anastrofén ton palaion anthrópon) - assassinem o velho homem.

   E em Ef 4,23, a etapa 2. ἀνανεοῦσθαι δὲ τῷ πνεύματι τοῦ νοὸς ὑμῶν (ananeusthai de to pneúmati tu voos umon) - turbinem (para o alto) o cerne de vosso entendimento. E em Ef 4,24, a etapa 3. ἐνδύσασθαι τὸν καινὸν ἄνθρωπον (endysasthai ton kainon anthopon) - formar, de dentro para fora, o novo homem.

   São ações simultâneas. Um processo contínuo. E o modelo de revestimento desse "novo homem (ou nova mulher)", genericamente falando, é τὸν κατὰ θεὸν κτισθέντα (ton kata Theon ktisthenta) - criado, do nada, a partir de Deus.

   Se fosse no inglês, pedindo licença a Clapton, eu diria you get a revolution. Quero dizer, caso queira, obtenha para si (essa) revolução. Somente o evangelho produz, no viver, esse tipo específico de revolução.

   Vivê-lo é, continuamente, experimentar, simultâneo, pelo optante, 1. assassínio do velho homem + 2. renovação contínua do modelo de compreensão + 3. revestimento do novo, segundo Deus, procedente do que é justo e sancionado pela verdade.

   You get a revolution? Essa revolução? Somente pelo evangelho. Aliás, aos Romanos, Paulo o define como τὸ εὐαγγέλιον δύναμις γὰρ θεοῦ (tô euaggelion dynamis gar Theu) - o evangelho poder de Deus.

  Assim deve ser entendido. Somente possível desse modo. Fora disso, invencionice e performance (execução) humana, não divina. O amigo do Clapton, na música, não lhe aceitou os conselhos, pelo menos duas vezes advertido.

   Agora queria a sua revolução. Daí, a crítica expressa na letra da canção. Opte pela revolução de Deus. You get the revolution. Have you got the revolution? Você tem para si a revolução?


Revolution

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