segunda-feira, 10 de julho de 2017

Éfeso

    Uma igreja-empresa. Eficientíssima em tudo o que se empenhava em fazer. Falha somente no essencial: no amor, traço distintivo da natureza de Deus em sua comunicação aos homens.

    Trata-se de uma igreja que se adaptou ao extremo na satisfação dos requisitos de seus membros, em sua própria vaidade. Olhando para si mesma, ela se autoavalia como excelente, porém ganha zero na avaliação de Jesus.

     É tão grave e, ao mesmo tempo, tão imperceptível por ela sua falta, que é a única igreja a ser advertida de que será removida, deixará de ser na verdade, porque já não mais vinha sendo igreja: "moverei do seu lugar o teu candeeiro", diz Jesus.

    Características que enchem os olhos da eficiência, mas não definem igreja pelo padrão de Deus: (1) obras e labor intenso; (2) capacidade contínua de permanecer no que faz; (3) desmascarar falsos obreiros e homens fraudulentos; (4) e capacidade de suportar perseguições por causa do nome de Jesus.

    O perigo de seguir o (mau) exemplo de Éfeso, uma mega igreja numa mega cidade, é tornar-se uma igreja que se basta a si mesma, assim como ser socialmente bem avaliada, porém reprovada nos critérios e avaliação de Jesus.

     O perigo é a igreja perder sua capacidade de atinar com os critérios pelos quais deve autoavaliar-se. Esses critérios são conhecidos e aplicados pelo Espírito, porém levados a efeito pela própria igreja à qual, de uma vez por todas, foi dada a Bíblia como manual. Esse é o conflito permanente daquela que Jesus estabeleceu para "estar no mundo", sem "ser mundo".

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