terça-feira, 11 de julho de 2017

Pérgamo

      Uma igreja que fazia concessões. Agir desse modo descaracteriza, torna-se perda de identidade. Que tipo de concessão, hoje, individual ou coletivamente igrejas estão se permitindo fazer?

      Neste caso, são mencionadas doutrinas danosas no seio dessa igreja, que competiam com o que Paulo Apóstolo denomina "sã doutrina". Talvez contaminação por religiões de mistério, tão comuns na sociedade da época, aqui caracterizadas pelo estilo Balaão de se deixar corromper por interesses escusos. O fato era que Jesus estava contra tais práticas.

      Reconhecidamente, não era fácil o contexto social daqueles irmãos, caracterizada a cidade como "onde está o trono de satanás", muito provavelmente, entre outras, a religião oficial do culto ao Imperador de Roma, obrigatória, fascinante e tremendamente influenciadora.

     Mas essa pressão de fora para dentro da igreja não era justificativa para que ainda outro grupo distintivo, pouco identificado, dos nicolaítas, fosse tolerado, ao lado do anterior, uma segunda falsa doutrina acolhida clandestinamente, de influência negativa entre os irmãos. Revelava simpatia pelo que é "vã filosofia", despreparo e covardia para dizer não, provavelmente a gente influente dentro da igreja.

     Os aspectos positivos dessa igreja não compensavam a indiferença com relação aos dois grupos de falsa doutrina, independentemente do grau de relevância que tivessem. E a corrupção interna e pressão sofrida de fora são caracteristicas permanentes de enfrentamento para cada igreja em todas as épocas.

    De qualquer modo, o problema de Pérgamo, na visão do Senhor da Igreja, foi posto: doutrinas que contaminavam a saúde que somente a sã doutrina proporciona à igreja, contra as quais o próprio Jesus se colocava impediam, internamente, que tivessem autoridade para fazer frente às pressões de fora para dentro. Traços indicativos que caracterizam o embate atual de qualquer igreja.

   

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