quinta-feira, 5 de dezembro de 2019


 O casal Gerson e Neli Coelho são fundamentais em minha vida. A primeira igreja que pastoreei, assim como o convite a pastoreá-la estão relacionados a eles.
    E com os demais membros da Congregacional em Cascadura, Igreja que se destacou nas ofertas missionárias, desde 1972, assim como entregou vocacionados ao ministério outros pastores, como o pastor Helio Martins. 
    Formavam essa igreja um grupo homogêneo de heróis da fé, nome de uma galeria de retratos onde figuravam alguns desses irmãos. Aqui mencionados os pastores Amaury e Henrique Jardim, mais outros dois entregues por vocação ao ministério. 
    E foi entre esses membros que saiu um grupo de onze irmãos, na época indicados numa assembleia de membros dirigida pelo pastor Maurilo Neves Moreira que, entre outros, batizou a mim e a minha esposa. 
   Foram indicados a cuidar da Congregação em Curicica, Jacarepaguá, Rio, RJ. Entre esses irmãos o casal Gerson e Neli e, na época, seu filho Gielson, ainda na primeira infância. 
    Eles contavam como, desde recém-nascido, dormindo em esteiras de palha no chão, até nos retiros, sempre os acompanhou em quaisquer das programações nas igrejas. O presbítero Gerson, com sua mãe e irmãos, pertenceu ao grupo de pioneiros da Congregacional de Cascadura, desde 1958, a partir da antiga Congregacional de Piedade. 
    E agora, com sua esposa e filho, aos pioneiros da Congregacional em Curicica. E não somente assim. Certo dia, à noite, num domingo de 1982, Gerson e Valdemir entraram pelo velho portão em Cascadura. 
   Naquela época, o coral sentava atrás do púlpito. Por isso os vi entrando no finalzinho do culto. Vinham de Curicica para me fazer tremer, quando me cercaram à saída do templo, para conferir minha resposta a um convite já feito para pastorear Curicica.
   Tentei, igual a Saul, Jonas ou Moisés, fugir. Não obtive êxito. E foi esse casal que me conduzia, pela estrada Grajaú-Jacarepaguá, no seu Fiat 147, o chamado "caixa de fósforo", na época o único a desbancar o Fusca.
   Gerson foi campeão nessas duas marcas. Com a esposa percorreram o Brasil. Sempre treinaram para ser desbravadores e pioneiros. Esse grupo de Curicica é o que todo e qualquer pastor deseja ver como modelo de fundadores de igrejas. 
   Eu já aqui no Acre acompanhei a dedicação desse casal em efetuar a compra dos imóveis da esquina do terreno da Rua Arália, naquele bairro, para maior largueza aos irmãos, necessidade desde a década de 80, cumprida por bênção de Deus nos anos 90.
    Como foram decisivos no apoio que me deram o casal Gerson e Neli. Quantas visitas fizemos, rodando toda Jacarepaguá naquele Fiat, assim como outras famílias e cultos, até mesmo na Congregacional em Mato Alto, igreja que os sogros do presbítero Gerson iniciaram em seu sítio. 
    E muitas conversas dentro do Fiat, subindo de ida e de vinda, pela estrada Grajaú-Jacarepaguá foram de valor premente numa fase de minha vida ainda de início e confirmação no ministério. 
    A experiência desse casal se espalhou pelo Brasil. Seu empenho missionário é exemplo em toda a denominação dos congregacionais. Eles investiram toda a sua vida no apoio, inclusive financeiro, a um grupo de abnegados desbravadores, que são os nossos missionários. 
    Amplamente suprida, irmão Gerson, sua entrada nos céus, como afirma Pedro, em 2 Pe 1,10-11. Muitos outros carregam consigo essa marca de fidelidade e serviço, influenciados por vocês dois, Gerson e Neli.
    O maior tesouro que Deus concedeu a vocês, Gean e Gabriel, fruto do casal Gielson e Dorinha, certamente hão de cumprir essa mesma vocação, com dedicação, serviço e amor a missionários. Ó, Pai, dê-nos casais que desse mesmo modo se dediquem por levar adiante esse ministério.

3 comentários:

  1. Que belo testemunho, Deus o abençoe!
    Abraços!

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  2. Excelente testemunho. Que o senhor continue abençoando o avanço missionário da Igreja Congregacional no Brasil e no mundo.

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