quinta-feira, 17 de julho de 2025

Diga não ao outro

 Paulo, aos Gálatas, adverte que não ultrapassem os limites de segurança para outro evangelho. Não existe outro.

  Mas todos que seguimos esse único, cada qual precisa medir a que distância se encontra do original. E Paulo, aos Gálatas, ensina dicas certeiras para se saber como.

  O problema na galácia era a má influência pessoal, religiosa e política de uma liderança judaica que desmerecia a pregação e doutrina de Paulo.

   E não me venham dizer que é problema vencido, porque hoje em dia há quem deseja sanear o evangelho pelo filtro ideológico, como se fosse necessário aprumá-lo.

  Outros elementos podem contribuir para afastar do evangelho, esse mesmo, do original para o outro. Descaso, por exemplo, ou mundanismo, com banho de cultura, ou ainda opção pessoal pelo contraditório, e não pela obediência restrita que o evangelho requer.

   E não digam que, por se considerar adulto, ou com anos de maturidade, ou seja, tempo decorrido de evangelho, seja fácil obedecer. Nunca é fácil e nem é espontâneo.

  Já dizia o autor de Hebreus o modo como o próprio Jesus, ora, veja bem, aprendeu a obedecer: ⁸ "...embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu". Hb 5.

  Cabe a nós, tarefa nossa medir, dia a dia, a que distância estamos situados do evangelho. E não é de modo individualista, mas no corpo e como corpo, quer dizer, na igreja e como igreja.

   Por isso Paulo escreve aos Gálatas. Evangelho não é jornada individualista. Mas como corpo de Cristo. Detalhadamente explicado por esse mesmo apóstolo em outra espístola, desta vez aos Efésios.

   E são as Escrituras o referencial. Trata-se do evangelho nela registrado. E não nos iludamos: Cristo é a garantia viva desse evangelho. E o Espírito Santo quem o faz ser entendido e quem aplica na vida de quem crê.

  E o vivenciamos no mundo, ou seja, expostos e fora da segurança da igreja, para onde Jesus nos envia. Atentos a nosso próprio desempenho. Forças externas há contrárias, surtos internos de distorção também. Somos pecadores regenerados, lutando contra a força do hábito.

  Por isso a luta constante na direção do verdadeiro e único evangelho. Nunca sozinhos. Dentro o Espírito, formando Cristo em nós, para que sejamos imitadores de Deus.

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