⁸ "...e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos". Ap 5.
³ "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; ⁴ e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. ⁵ E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto." Ap 8.
O momento em que, no Apocalipse, o Cordeiro toma, da mão dAquele sentado no trono o Livro, é decisivo, por marcar o início da ação de todo o Apocalipse.
Solene, ali estão presentes os seres viventes, os 24 anciãos, milhares e milhares de anjos e ainda ¹³ "... toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há" foram testemunhas desse ato e dignificaram Aquele sentado no trono e o Cordeiro.
E nas mãos dos 24 anciãos, além de harpas, havia taças de ouro e nelas contido incenso, que João explica dizendo ser as orações dos santos. Vejam bem, esses santos somos nós, todos os crentes em Jesus.
Adiante, quando o Cordeiro retirar o sétimo e último selo do Livro, então serão concedidas a 7 anjos sete trombetas 🎺, um outro anjo se colocará estrategicamente junto ao altar, tendo nas mãos um incensário de ouro, sendo-lhe dado muito incenso a oferecer no altar, ³ "...com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono". Ap 8.
Sobe, das mãos do anjo, à presença de Deus, a fumaça do incenso com as orações. E são as orações de todos os santos, vejam bem, que são todos os crentes em Jesus de todos os tempos.
E a cena seguinte não poderia ser outra ou mais surpreendente: ⁵ "E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto." Ap 8.
Todas e cada oração uma vez feita. Coerentes ou não, sinceras ou hipócritas, maduras ou superficiais. Mas foram todas, indistintamente, por Deus ouvidas, presentes em Sua memória eterna, que agora são atiradas à terra.
Esta cena parece ensinar de que nunca se foge de uma oração, diante de Deus efetivada. Deus as devolve à terra, porque todas foram ouvidas, nenhuma ficará sem reposta e seus efeitos, inscritos na eternidade, estão definitivamente marcados na história humana.
As orações também serão instrumento de juízo. Porque muitas atitudes injustas, pela ação humana, motivaram orações. Tais situações foram promotoras de angústia e sofrimento. Portanto, Deus há de confrontar a humanidade e contrapor a ela o efeito das orações.
O homem desacredita, ora supondo ser a cova o fim de tudo, ora supondo que nenhuma de suas atitudes serão revisitadas. Está embutido na culpa a impunidade. Também ora se pensar que Deus não existe, ou não tem memória.
Todos seremos confrontados com todas as orações, sejam as nossas, sejam a de todos. O efeito das orações é estar diante de Deus, para, afinal, conhecer o que somos, o que dissemos e o que fizemos.
Surpreendente será o efeito de todas as orações. Jamais cairão no esquecimento. Jesus mesmo adverte:
³⁶ "Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; ³⁷ porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." Mt 12.
Aliás, em Mateus 6, há uma série de orientações dadas por Jesus, o único com autoridade para se intrometer nas orações:
⁵ E, quando orardes, (1) não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. ⁶ Tu, porém, quando orares, (2) entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. ⁷ E, orando, (3) não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. ⁸ Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais."
E outra ressalva do Apóstolo Paulo, quanto à orientação do Espírito, como se fosse um professor do prezinho:
²⁶ "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis." Rm 8.
E ainda vale muito lembrar um conselho dos sábios, com relação a muita cautela ao falar:
² "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras. ³ Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras." Ec 5.
Nesse dia, esse mesmo, de compadecer diante de Deus, como Ele é, e nós diante dEle, como somos. João nos consola, quando afirma, termos advogado junto ao Pai. 1 Jo 2:
¹ Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, "Jesus Cristo, o Justo; ² e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro."
Nenhum comentário:
Postar um comentário