sábado, 8 de abril de 2023

Conhecimento de Deus

 Afinal, que conhecimento de Deus Paulo ora para que tenhamos? Deus não se subdivide ou se faz conhecer por frações. Ao mesmo tempo que não cabe em nosso entendimento.

   Menciona em Ef 1,17: "Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, dê a vocês espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele."

  Assim como em Ef 3,19: "...e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus."

   As palavras "pleno conhecimento" e "plenitude de Deus", nos dois trechos, estabelecem uma amplitude proibitiva. Ora, como pleno conhecimento? Ora, plenitide de Deus em que sentido?

   Eu acho que o problema vai estar no que avaliamos que seja esse conhecimento. De que natureza ele é? Certamente, não específica e corriqueiramente o que denominamos conhecimento. Assim como nem pense em algo ainda mais místico ou vago.

    Devemos estar próximos, pelo que significam as palavras "pleno" e "plenitude", muito próximos e íntimos do propósito objetivo de Deus. A primeira coisa que esse conhecimento não é seria um instrumento de vaidade.

   Para logo não ser também um grau iniciático dos mistérios profundos da personalidade divina, insondável, indistintamente distante do reles mortal. Não será quantidade.

   Mas relacionada ao fato de que, se Deus se faz homem, revela-se totalmente nesse gesto, assim como se coloca ao alcance. Por exemplo, se está em jogo o amor, como mencionado, Deus se contenta nisso, em revelar-se em amor e desejar que o imitemos.

   Aliás, noutra parte dessa carta, Paulo menciona isso: "Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também Cristo nos amou", Ef 5,1-2a. Deus se mostra todo no gesto de amar. Deus dá-se a Si mesmo no Filho.

   Sugere que haja em nós a mesma atitude. Ele nos acolhe e compartilha conosco sua própria Pessoa, Sua própria personalidade. E caso haja dúvida, qualquer e legítima que seja, está expresso na Pessoa e personalidade do Filho.

   Pois Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu(-Se no) seu Filho. Conhecer o amor de Deus está, totalmente, ao nosso alcance. Conhecer amor. Nesse propósito Deus se coloca por inteiro.

    Deus se revela nesse propósito. Põe-Se acessível a nós. Compartilha amor conosco. Deseja que compreendamos amor e ponhamos em prática. Não se envergonha de ser chamado nosso Deus.

    "Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles", Hb 11,16. Deus tem um propósito. Ele nos atrai para Si com cordas de amor: "Eu os atraí com cordas humanas, com laços de amor", Os 11,4a.

   Em amor Deus se dá todo a conhecer. Ao nosso alcance. Revela-se todo no Filho. Anseia que o imitemos e andemos em amor do mesmo modo que o Filho. No qual Ele tem todo o prazer.

Um comentário: