sábado, 27 de fevereiro de 2021

Texto e contexto

    Infinitamente mais. Paulo ora. Um texto que revela o efeito prático, singelo e verdadeiro da oração.

     O apóstolo ora por amor, para que possamos perceber algo além de nossa compreensão, e enumera grandezas que não medem seu tamanho.

    Menciona altura, largura, comprimento e profundidade. E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejamos tomados de toda a plenitude de Deus.

    Palmilhando o texto, deparamos o peculiar da Bíblia, em sua extensão. Não dá para diminuir o efeito, a relevância e a importância da oração.

    E o principal conteúdo apontado para ela é o amor. O apóstolo menciona que o conheçamos, prevenindo que excede todo o entendimento.

    Para logo complementar que isso permite sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, Paulo está afirmando ser o amor "a plenitude de Deus", que podemos ser "tomados" dela e ainda acrescenta "toda", quer dizer, de modo pleno, completo, inteiro.

     Textos como esses, na Bíblia, definitivamente definem sua autenticidade ou fraude. Porque se essa afirmação é fraudulenta ou, no mínimo, inautêntica ou pretensiosa, o livro não pode ser levado a sério.

     Amor de Deus em plenitude, para a imediata afirmação que podemos ser por ele tomados de modo completo, o que excede nosso entendimento, mas é possível sermos inseridos nesse limite sem limite.

     Textos que definem, de uma vez, a Bíblia como verdadeira e exequível para aquele que crê.  Conhecer o amor de Deus, que excede todo o entendimento, ser tomado de toda a plenitude de Deus.

     Paulo encerra a oração afirmando que Deus pode fazer infinitamente mais de que tudo quanto pedimos ou pensamos. Após apontar para o máximo impensável, aponta agora para o "infinitamente mais".

     E o mais pontual é que, ao alcance dessa oração, tudo é real, possível e tangível. O desvelo de Deus pelo ser humano é compartilhado por Ele conosco.

    Amor é o principal sentimento do caráter de Deus. No homem esse sentimento inexiste em estado natural. Deus resgata no homem essa condição, chamando-o à comunhão com Ele.

     O que pode ser infinitamente mais do que essa experiência com Deus? Ao alcance de uma oração. Real, possível e tangível. Esse o contexto e texto da Bíblia.

    Palmilhando, então, texto e contexto, somos convidados a essa plenitude de amor. Em qualquer contexto, vamos atentar ao texto. A Bíblia nos é dada para que, em qualquer contexto, acolhamos o texto em sua clareza e plenitude.

    Então, neste contexto, somos convidados a uma experiência de amor. Deus nos oferece essa experiência de amor, porque Deus é amor e Se oferece inteiro, "tomados de toda a plenitude de Deus".

     Ao alcance de uma oração. A Bíblia diz, também, que não sabemos orar como convém. Como convém orar? Que oração fazer nesse e neste contexto? Aqui Paulo Apóstolo convida ao texto e contexto do amor de Deus.

      Primeiro existe Deus e o seu (dEle) amor. Para logo depois Deus compartilhar conosco o Seu amor. E está acima do nosso entendimento. As medidas são dadas, as dimensões são exatas, altura, largura, comprimento e profundidade. Mas não são dadas.

     Porque são infinitas. O amor que Deus compartilha é intenso, real e infinito. Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, Jesus. Na verdade, deu-Se no Filho. Infinitamente mais.

    A experiência de Deus com Seu próprio amor extrapola o próprio Deus, de tão intensa, por isso deu-Se a si mesmo. E convidou, com Ele, ao Filho e ao Espírito Santo a compartilhar essa igual experiência de amor.

    Que se manifesta entre nós, entre homens e mulheres, na igreja. Infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos. Qual a nossa oração neste contexto? Deus nos convida a uma intensa experiência de amor.


Infinitamente mais - Asaph Borba 

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