domingo, 14 de abril de 2024

Quando virdes estas coisas - 3

³³ "Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas." Mateus 24.

   E em seu sermão, Jesus se coloca como referencial dos tempos e das épocas e a nossa fé, nele firmada, não nos expõe ao medo. Muitos desdobramentos estão relacionados à fragilidade das nações, governadas por homens que oscilam em seu humor e em sua própria ganância.

   Não existe "guerra santa". Podem se tornar justificáveis, como quando, por exemplo, em 1990, até mesmo árabes e israelenses concordaram juntos em lutar contra Saddam Hussein, na chamada Guerra do Golfo, numa coalizão internacional para defender o Kwait contra a invasão desse ditador iraquiano, morto enforcado em 2006, por seu próprio povo, a eles entregue pelos EUA.


   Nesta guerra atual de Israel, seu inimigo declarado, o Hamas, covardemente matou, indiscriminadamente, civis de todas as idades. Sequestraram centenas de pessoas e fugiram, refugiando-se, também covardemente, em meio a civis palestinos, sobre quem governam.

A parte acinzentada, à esquerda, é a Faixa de Gaza. Dela partiram os ataques, com atiradores e foguetes, em 7 de outubro de 2023, e os pontos vermelhos foram os locais afetados: 1200 pessoas morreram e ainda há 130 reféns em poder dos terroristas.

   A reposta de Israel tem sido considerada desproporcional. Mas não há ninguém que responda pela segurança de Israel, sem que sejam eles mesmos. E existe uma aliança de países inimigos contra Israel, seja nessa esfera local, como no restante do Oriente Médio e ainda ao nível internacional.

Nicarágua, Venezuela (na A. Latina), Mauritânia, Argélia, Líbia (na África), Síria, Iraque, Irã, Iêmen e Afeganistão (no Oriente Médio) apoiam o Hamas.

   Essa polarização tem origem numa divisão do mundo, em duas metades, ocorrida ao final da 2ª Grande Guerra Mundial, em 1945, quando se iniciou a chamada Guerra Fria, entre os blocos de países socialistas, reunidos em torno da antiga União Soviética - URSS, e o bloco ocidental, reunido em torno dos EUA.

Em vermelho, o bloco denominado socialista e, em arroxeado, o bloco denominado capitalista.

   Houve uma distensão em 1989, quando ocorreu a queda do Muro de Berlim, simbolicamente o divisor entre essas duas metades, resultado das mudanças políticas ocorridas da velha URSS, com Mikhail Gorbatchov.

   Porém, quando Vladimir Putin, antigo agente da KGB como oficial estrangeiro de inteligência, assumiu o governo da Rússia, em 2012, o regime político naquele país voltou a endurecer e ele tenta manter reagrupadas, em torno de seu país, todas as repúblicas que antes formavam a URSS, mesmo que seja à força, como em sua invasão da Ucrânia.

Gorbatchov e Putin, em 2004

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