terça-feira, 16 de abril de 2024

Quando virdes estas coisas - Final

 "Quando virdes todas estas coisas", segundo Jesus no orienta, inclui acompanhar esses acontecimentos, como um bailado das nações que têm, por detrás de si mesmas, interesses humanos, muitas vezes mesquinhos e, na verdade, desumanos.

   Mas, para Deus, como diz o profeta Isaías, ¹⁵ "Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. [...] ¹⁷ "Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo." Isaías 40.

   Nações, na época do profeta Isaías, não tinham armas atômicas, drones, caças ou armas automáticas, com tiros de precisão a laser. Mas seus exércitos, para a época, eram gigantescos, e as razões para as guerras bem parecidas. Mas, para Deus, as nações continuam a ter o mesmo tamanho.

   Na polarização do mundo atual muito se comenta uma subdivisão simplista, em que se critica o que chamam de "externa direita", como culpada, no mundo, de todos os males. Netanyahu, o primeiro-ministro israelense é considerado desse viés de direita, por isso, dizem os radicais seus oponentes, merece o trato que lhe deu o Hamas.

   Como se do outro lado só existissem virtudes. Governos como China, Rússia e Irã são dirigidos por ditaduras que tiveram sua origem em massacres de seus oponentes, com todas as práticas de qualquer ditadura de direita, assim denominadas.

   Então, o bloco da esquerda, por assim dizer, é tão patrocinador de ditaduras de esquerda quanto foi o bloco da direita também patrocinador de ditaduras de direita. Todas elas impiedosas com seus oponentes.

    Não há como, numa postura simplista, adotar as práticas de um dos blocos, esquecendo-se que agiu do mesmo modo que o outro, patrocinando guerras muitas vezes injustas e responsáveis pela morte de milhares, senão milhões de inocentes, esses dois grupos, de lado a lado.

   Por isso o posicionamento cristão deve ser aquele de analisar o que as Escrituras rejeitam como contrário à justiça de Deus, não importa por qual dos dois grupos praticado. Está na moda mencionar a questão palestina, em Gaza, como genocídio, e acusar os EUA por armar Israel.

   E o genocídio na Síria, há mais de 10 anos praticado, para manter no governo o ditador Hafez al-Assad, armado pela Rússia e seus parceiros? Tem tido a mesma ênfase nos debates, ou os que condenam Israel se mantêm calados, porque são parceiros do grupo contrário, cegando, propositadamente, para as atrocidades deles?

   Como cristãos, ou lamentamos toda a sorte de injustiças, condenamos toda a sorte de ditaduras e rejeitamos toda a forma de guerra de uso desproporcional de forças, ou é melhor se manter alienado dessas questões.
  
   Mas como define Paulo Apóstolo que somos os que creem, ao contrário do que vai escrito aos Efésios, sobre os que não creem: ¹² "...naquela época, vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo". Efésios 2.

   Por crermos, então não estamos (1) sem Cristo, não estamos (2) separados da comunidade (igreja), como estrangeiros no mundo, não somos (3) estranhos (alienados) quanto às alianças da promessa (que estão na Bíblia), não estamos (4) sem esperança e não estamos (5) sem Deus no mundo.

   Estas são as 5 características que definem o cristão. Paulo as publicou na carta aos Efésios, dirigida a uma das principais cidades de sua época, uma "vitrine do Mediterrâneo" daqueles dias, cujas ruínas hoje estão situadas na Turquia.

   1. Não estamos sem Cristo: ele se constitui no principal sinal, para toda a humanidade, do amor de Deus e da direção dos destinos da humanidade;

   2. Não estamos vagando sem rumo, desorientados, sem referenciais: formamos a comunidade da igreja de Cristo, por Ele edificada, somos como "pedras que vivem", interligados enter nós e edificados em Cristo;

   3. Não somos alienados, mas conhecemos as alianças da promessa, que estão gravadas em nós, pelo Espírito Santo, e grafadas nas Escrituras, nosso referencial permanente, pelo qual fazemos nossa leitura da história;

   4. Não estamos desesperados, ainda que, como diz o salmista, a terra se transtorne, as águas do mar se tumultuem, porque a nossa firmeza está em Jesus, Autor e Consumador de nossa fé;

   5. E não estamos sem Deus no mundo, como reafirma Paulo, aos Romanos, conhecemos o eterno poder de Deus, a Sua própria divindade e Seus atributos, os quais enxergamos, como menciona o apóstolo, por meio das coisas que foram criadas, definitivamente confirmado nas Escrituras.

   O cristão autêntico não é presumido de tudo conhecer, mas humilde a ponto de compreender a necessidade de adestrar seu discernimento. Mas não precisa de pseudogurus, que manipulem seu raciocínio e sua leitura de mundo ou das próprias Escrituras.

   Por isso busca o temor e a sabedoria de Deus, reconhecido que a sua principal tarefa é o testemunho de Cristo no mundo, entendendo que, desde a primeira palavra de Jesus, no início de seu ministério, na Galileia, ele advertia o mundo da prioridade de ouvir e atender à pregação de sua palavra:

¹⁵ "O tempo está cumprido, o Reino de Deus está próximo, arrependei-vos e creiam no evangelho". Marcos 1.

  Jesus é garantidor da verdade, nas promessas de Deus, e o principal indicador dos tempos e épocas, Autor e Consumador de nossa fé. Com ele, não há nada a temer. 

Um comentário:

  1. Aleluia, a salvação pela graça nos pertence. Vamos anunciar o arrependimento!

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