quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Pastoral

     "Porque a ardente expectação da criação espera a manifestação dos filhos de Deus". Romanos 8,19.

      Desde a queda, no início da Criação, esta sofre com o desmando da história humana no planeta.

      Uma vez criado, foi dada ao homem a responsabilidade de preservação do meio ambiente. Como parte integrante da natureza, precisa saber que, se a destrói, destrói a si mesmo junto com ela.

      Mas a própria manifestação do pecado na vida humana, como denuncia a Bíblia (e somente ela diz isso), o ser humano, por si, não tem como admitir e nem como pôr freio no seu instinto autodestrutivo.

     A própria salvação do homem, como a Bíblia a define, está associada à salvação da natureza como um todo. Por exemplo, até para ocupar o solo, Deus instruiu o ser humano a espalhar-se na superfície terrestre, usando com inteligência seus recursos.

      Mas o homem resolveu concentrar-se em cidades e, por meio delas, estabelecer todas as raízes de conflitos, decidindo-se "dono do pedaço" e, por definição, contra os outros donos.

      E ainda assinala a si próprio construir uma torre que projete seu nome, típico nas cidades modernas, como foram as duas derrubadas nos EUA em 2001.

      Nada contra construir torres. Embora sejam resquício de vaidade humana, dinheiro que poderia ser aplicado em outras carências mais urgentes.

     O problema é a vaidade humana, que não leva a nada, assim como sua capacidade de não atinar com o que seria essencial para a vida e preservação do meio ambiente.

     E, por fim, a invenção humana de a tudo atribuir valor monetário e, por meio de seu acúmulo, agora sim, projetar seu próprio ego, lançando a humanidade num abismo sem retorno.

        Mais se tem e quanto mais, mais se quer, sem escrúpulos, independentemente de que sejam esgotadas todas as reservas do planeta, haja contínua promoção de desigualdades sociais irreversíveis e se torne inviável a continuidade de vida na Terra.

      A doença está contida no ser humano, homem e mulher. Não têm como conter sua gana. Estamos condenados à extinção. A não ser que haja intervenção externa.

      Não virá de outros planetas, mas Deus já a promoveu. Só que não foi e nunca será imposta. A intervenção de Deus é gesto próprio de amor, que deve ser acolhido voluntariamente. E quem acolher, será curado.

     A restauração da Criação depende de ação divina, que já se deu por meio de Jesus. Ele salva o ser humano, quando este crê, assim como o planeta será salvo.

     Bem provável que a influência positiva dos filhos de Deus nunca desperte o senso crítico da maioria. Assim como não será valorizada.

     É necessário que os filhos de Deus, regenerados, também se tornem regeneradores. Que deles provenham as iniciativas para a preservação do planeta, desde os pequenos detalhes.

      Que sejam exemplo profético da salvação, em todos os sentidos, proposta por Deus que, não somente com relação ao indivíduo, mas também incluindo a natureza, reintegra com ela quem deveria, por vocação primordial, preservá-la.


Memorial atual

Torres em construção
1971

Vista da Estátua da Liberdade
maio de 2001

Vista em 11 de setembro de
2001

Antes da construção
1936

Março de 2001

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