terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Pastoral

     Viagens

     É costume nosso, entre nós evangélicos, escolher Paulo Apóstolo como modelo. Aliás, ele mesmo propõe isto em uma de suas cartas.

      "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo". Esse "como" pode ser trocado por "quando", porque Paulo (nem ninguém) imita Cristo 100% do tempo.

      Mas podemos definir vida cristã, por esse aspecto: contínua tentativa de imitar Cristo. Neste caso de Paulo, por exemplo, pastor e missionário, tentar imitá-lo.

        Ele, na carta 2 aos Coríntios, comenta sobre o modo como toma decisões. Diz que, ao deliberar, procura evitar nele, ao mesmo tempo, sim/não, devo/não devo, vou/não vou (2 Co 1,15-20).

       E fala ali sobre viagens. Como a viagem que fizemos recentemente a Manaus. Estamos ainda sob efeito dela. Desde a decisão, passando pelo percurso, contatos e missão, doce acolhida, retorno em segurança.

      Viagem tem a ver com visão. Expande a visão. Contatos permitem conhecer novas realidades. Modos diversos pelos quais Deus opera. E o efeito disso na vida de obreiros e do povo em geral.

       E nos enche de esperança. Renova nosso modo de enxergar realidades e necessidades do Reino. A gente vê nos Evangelhos Jesus em constante mudança. Sua visão, seu empenho e seu percurso.

      A prioridade de Jesus são as pessoas. Se ele percorria o entorno do Mar da Galileia que, de tão pequeno se chama "mar", visava pessoas. Pegadas e percurso atrás de pessoas.

       Fomos empossar um pastor e consagrar outro por ordenação. Focamos tanto o obreiro mais experiente, quanto o mais novato. E nos vimos neles.

      São duas pessoas como dádiva para outras pessoas e, se vão imitar Jesus, é para dizer como Paulo: "Ei, imitem a mim, como eu imito Cristo". É o resumo do ministério. Mas não é tão simples pôr em prática como dizer aqui.

      Mas é necessário, é vital pôr em prática. Na casa do calejado missionário mergulhamos na família. Imersão. Pelo menos nessa hora, somos imersionistas. Ha ha ha.

      Exposição. Vida ministerial, como diz Paulo, é pura mídia: "...pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens", 1 Co 4,9b. Mídia dos calos, cicatrizes e modelo permanente.

      Jesus focava em pessoas. Não passamos de pessoas. Ministros são pessoas que Deus chama e usa como cobaias do que Cristo deseja fazer no mundo.

     As pisadas são dele. Precisamos seguir nelas, porque quem vem após nós deseja saber onde pisar. Por isso Deus disse a Josué que orientasse o povo em "tudo" o que estivesse nas Escrituras.

      E que não houvesse nenhum desvio, à direita ou à esquerda. Há um hino de Steev Green que diz "somos peregrinos na jornada numa estrada estreita".

      No refrão ele diz "oh, mas que os que vêm atrás nos encontrem fidedignos, que a luz de nossa dedicação ilumine o caminho deles e as pegadas que deixamos marquem sua fé e sirvam de exortação a que obedeçam". <https://m.youtube.com/
watch?v=grzEojmkL7w>

      Nem sim, nem não: em Jesus, o Amém. O Amém de todas as decisões. A imitação de Jesus. Como cobaias dedicadas a pessoas.

   

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