sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Pastoral

    Fim de ano

   Vem com o kit começo de ano. É aquela época em que a gente tenta fazer um back up e, ao mesmo tempo, votos de mudanças.

    Bem, para quem experimenta, de modo genuíno, o evangelho em sua vida, ele significa mesmo renovação. Evangelho autêntico é renovação.

    No conjunto das chamadas "cartas da prisão", que envolvem Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon, tomadas em seu conjunto, Paulo define essa feição renovadora do evangelho.

    Em Colossenses, afirma que, em Cristo habita, corporalmente, toda a plenitude de Deus. Para logo depois dizer que seu ministério é formar Cristo em nós.

    Já havia dito, aos Efésios, que orava para que pudéssemos compreender, abarcar o amor de Deus que, por sua vez, excede todo o entendimento. Mas é urgente, para nós, ser tomados pela plenitude de Deus.

    E aos Filipenses, exorta que tenhamos em nós o sentimento de Cristo. E que isso não é declarar-se, de si mesmos, perfeitos mas, ao contrário, dar sinais evidentes de busca contínua por perfeição.

    E a Filemon demonstra, nessa curta epístola, o que Oseias, profeta do AT, quis dizer com "cordas de amor". Paulo enleia, quer dizer, amarra seu destinatário de um jeito, que não lhe deixa saída, senão o amor.

     Tateando, assim, termo de um sermão de Paulo, garimpando textos e estruturas de raciocínio da Bíblia é que vamos, de ano a ano, pondo fim e, ao mesmo tempo, recomeçando.

     Opera em nós o poder de Deus. Aos Filipenses, Paulo também diz que Deus opera em nós o querer e o realizar, segundo a sua vontade. E que vai completar, em nós, a obra que começou.

     Aos Efésios, diz que é por meio do Espírito que Cristo habita em nós, tornando possível que o amor de Deus esteja presente e agente em nossa vida. 

     E aos Colossenses que, se recebermos, de verdade, Jesus, nele devemos andar, radicados, edificados e confirmados na fé, tal como fomos instruídos, crescendo em ações de graça.

    E como o apóstolo mesmo disse a Filemon, podemos encarar tudo isso como um mandamento, que vai parecer imposição, como quando Jesus mencionou "amor" como mandamento.

      Ou considerar tudo isso como voluntário em nossa vida, resultado do exercício de nossa preferência pelo que Deus aspira a exercer em nós. Parceiros com Ele, cooperadores, como Paulo diz em outra carta, desta vez aos Coríntios 2.

      Escolhamos experimentar o poder renovador do evangelho. Não somente, de modo artificial, na euforia da queima dos fogos, mas real e continuamente dia a dia.

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