sábado, 1 de dezembro de 2018

Pastorais

    Pecado

    Polêmica esta definição, para muitos. Fundamental nas definições de conceitos bíblicos.

     O autor de Hebreus se refere ao justo Abel que, mesmo depois de morto, ainda fala.

     Não menciona Caim, seu irmão e assassino. Mas o que Deus disse a este, também grita até hoje: "o desejo do pecado é contra ti, e cumpre a ti dominá-lo".

     Serve indistintamente para todos nós essa afirmativa. Desde essa história do Gênesis, até a cena do Apocalipse, que descreve um "Cordeiro como fora morto", marcas e definições de pecado perpassam o texto bíblico.

      São listas e mais listas de atitudes, práticas e conceitos aos quais homens e mulheres, por não atender a advertência feita a Caim, deixam-se dominar.

     Em Romanos, Paulo os declara cheios de iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade.

      Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia.

        Há mais listas, algumas exaustivas, outras mais genéricas, nas cartas aos Gálatas, aos Colossenses, a Timóteo, 1 e 2. Seria além de prolixo, também deprimente expor aqui esse rol de vícios humanos de personalidade.

      Aos Gálatas, ao lado do que chama "obras da carne", numa lista incompleta, à qual ele agrega a expressão "outras coisas semelhantes a essas", Paulo apresenta o "fruto de Espírito", no singular.

       Ele deseja, utilizando a palavra "fruto", demonstrar o meio natural pelo qual pode brotar no ser humano, indicando-o unicamente como resultado da ação do Espírito.

     Presos pelas extremidades que são amor e domínio próprio, duas virtudes que, logo se vê, faltaram a Caim, por fechar ouvidos à advertência de Deus e bloquear, em si, ação do Espírito.

     Ódio e incontinência, que levam ao extremo da morte, dominaram-no. Presos a esses dois extremos, amarrados por laços de amor, outras sete características desse único fruto: alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão.

       Antídoto para todas as listas de maldades tão afeitas ao ser humano. Remédio único para sanar do pecado, em todas as suas manifestações.

       Em Cristo somos batizados pelo e no Espírito. Basta reconhecer a aptidão de nossa natureza para tanta maldade. Que Deus vem em nosso socorro com o Seu remédio.

     Planta em nós, Senhor, o fruto do Espírito. Amém.

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