domingo, 10 de março de 2024

As cartas de Jesus às 7 igrejas: aplicação permanente

   As cartas do Apocalipse são avaliações feitas pelo próprio Jesus sobre um circuito de igrejas. Torna-se representativo, pelo que apresenta sobre cada uma, em separado, mas também pelo todo, pelo conjunto.

  Porque são vícios e virtudes mesclados, expostos. E são nossos esses vícios e essas virtudes. Muitas vezes até gostamos de nos referir a igrejas, porque fica parecendo fofoca.

  E acabamos nos revestindo de uma blindagem que nos isenta de, aparentemente, pertencer ao grupo. Pomo-nos fora, para criticar, pomo-nos dentro, para enaltecer o próprio ego.

   Pois Jesus é o único isento para avaliar. Mas o Espírito Santo, que ele deixou em Seu lugar, tem a mesma percepção e autoridade. E cabe a nós atender-lHe a voz.

   Paulo Apóstolo ele mesmo que afirma, "a letra mata, mas o Espírito vivifica". Cabe distinguir entre nossa(s) leitura(s) e aquela resultante da ministração autêntica do Espírito. E não basta mencionar Espírito a toda hora, nem brandir a Bíblia, a todo o momento.

   Mas, afinal, o que Jesus diz, de essencial de:
ÉFESO: abandonaste o primeiro amor; ESMIRNA: não temas as coisas que tens de sofrer; PÉRGAMO: coservas o meu nome e não negaste a minha fé; TIATIRA: eu sou aquele que sonda mentes e corações; SARDES: lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te; FILADÉLFIA: guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome; LAODICEIA: aconselho-te que compres de mim ouro, vestiduras e colírio.

   1. Uma igreja não vive sem o essencial, que é o amor, sendo o único contexto onde pode ser conhecido e vivenciado: Ef 3,19;
2. A igreja sofrerá a medida da rejeição de sua identidade com Cristo. E isso não será apenas de fora para dentro, a partir do mundo, mas dentro, na luta interna pela prevalência do amor em nós: Jo 15,20;
3. O testemunho de Cristo é a missão única da igreja e, para isso, recebe poder do Espírito Santo. Ainda que sobrevenham provações, e certamente virão, a perseverança é a sua  qualificação: Hb 12,1-2;
4. Para a igreja e para a vida individual do crente e essencial depurar mente e coração. Não basta definir-se cristão para que haja uma isenção premente. Sempre carece do agir do Espírito: 1 Co 2,9-11;
5. A igreja tem um legado recebido por Jesus, em tudo que a suores para dar continuidade ao ministério de Jesus. As Escrituras são fundamentais, a agência do Espírito essencial e a comunhão dos santos o lugar dessa benção: At 2,42-47;
6. Guardar a palavra, na assistência do Espírito, é essencial para a igreja. Ela será a segurança do crente, guia permanente de sua caminhada e correção permanente de sua identidade: 2 Tm 3,16-17;
7. Somente em Jesus, modelo para a igreja, residem os valores que a suprem com poder do Espírito: são a sua riqueza, vestes e visão: Ef 1,19-23.

    Cada igreja segue um contexto próprio. E as mensagens são específicas. Mas as reações a essas situações são princípios gerais de conduta. Podem ser, por assim dizer, sacados de seu contexto e ser adotados como exortações atemporais, portanto, permanentes.

   E sempre retornar às cartas de Jesus, para entender seu método de avaliação. Porque é o que devemos aplicar a nós mesmos, visto que igreja somos nós. E nunca devemos a elas nos referir como se fossem à parte de nossa própria condição.

   Para nos avaliarmos, as Escrituras, debaixo da orientação do Espírito, são nossa bússola, modernamente, o GPS. E seu contexto sempre será a igreja. Pois assim Jesus indicou quando convocou os apóstolos.

   Em Lucas 24,27, Jesus demonstra como, pelas Escrituras, advém a instrução sobre ele mesmo. E em At 1,1-2, a indicaçãode como, pelo Espírito, era que o próprio Jesus transmitia, para entendimento, fixação e ação a sua própria instrução. E sempre o fez em companhia deles, no contexto da congregação que ele mesmo edifica, Mt 16,17-18.

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