sábado, 9 de março de 2024

Mulher modelo Eva

 ²⁷ "Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." Gênesis 1.

¹⁸ "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea." Gênesis 2:18.

   Neste texto, homens e mulheres são postos no mesmo nível, diante de Deus. O que significa ter a mesma importância. Portanto, nada diminui nenhum em relação ao outro.

  Qualquer leitura, até mesmo de textos bíblicos, que imponham à mulher uma condição inferior, estão lidos de modo equivocado. Pois logo virá o questionamento:

   "Mas o texto do casamento não as coloca em posição subalterna?" Porque dizer sejam submissas implica estar por baixo.

  Porém falta lembrar que esse texto está inscrito no mesmo contexto que pontifica ao homem amar a esposa.

  Não existe submissão sem que ocorra amor. Submissão a quem ama, é a mesma que temos em relação a Deus. Pois então, em que somos diminuídos nisso? Ao contrário, somos glorificados.

  E a condição da identidade feminina condiz com uma parceria de origem, entre homem e mulher. Auxiliar sigjfica quem se coloca ao lado, para que o que vai ser levado a efeito seja perfeito.

  E idôneo significa que não haverá outro auxílio que substitua este e nem outra pessoa presente que possa efetuar essa mesma função.

¹³ "Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi." Gênesis 3.

  A experiência da queda afetou o casal. Assim como, definitivamente, todos os descendentes. deles. Deus, que havia instruído e advertido em relação a essa possibilidade, interpela o casal a fim de ouvir causas, razões e justificativas.

   O homem foi o primeiro a ser confrontado, visto que sobre ele a responsabilidade pela vigilância, com relação a toda a criação e ao próprio casal.

   Num grave momento, o homem procurou eximir-se de sua responsabilidade. Independentemente dos resultados, essa tentativa revelou um covardia histórica, quando decidiu responder do modo que fez:

¹¹ "Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? ¹² Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi." Gênesis 3.

   Era apenas necessário dizer: "Eu comi". A introdução a esta expressão, procurando deslocar para a mulher toda a responsabilidade, manchou a nossa reputação.

  Deus, como se houvera atendido à justificativa dele, inquiriu a mulher sobre o fato. Lembrar que a responsabilidade sobre transmitir à mulher sobre a palavra de Deus sobre a árvore do conhecimento do bem e do mal foi toda de seu esposo Adão.

   Por isso, a cobrança recaiu, primeiramente, sobre ele. Pois Eva, agora questionada por Deus, foi absolutamente sincera. Ela respondeu de forma direta: "A serpente me enganou e eu comi". Para Eva, não houve réplica, porém absoluta sinceridade.

²⁵ "Tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou.
²⁶ A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor." Gênesis 4.

   Aqui parece haver um franco engano sobre um importante destaque, que foi a crise aberta após o assassinato de Abel. Aparece na Bíblia a menção das orações de Eva, a cada vez que engravida.

  Constam, textualmente, as orações de gratidão e consagração pelo nascimento de Caim e, posteriormente, pelo nascimento de Sete. E vem escrita a observação acima transcrita.

   Enos é o neto de Eva, filho de Sete, a quem ela menciona como dádiva, em função da morte de Abel. E certamente instruiu o neto, como Paulo afirma que ocorreu com Timóteo, filho e neto de mulheres crentes, herdeiro, na afirmação do apóstolo, de uma fé não fingida.

   "Daí se começou a invocar o nome do Senhor", aplicado a Enos, certamente exclui Eva, mas inclui Adão, ou seja, exclui Eva de o ter invocado, o que é um equivoco, como mulher invocou, mas inclui Adão, como homem, por não tê-lo e exercido.

   Três marcas distintas da primeira mulher, uma delas numa ocasião sensível e definitivamente negativa para a história humana. Mas suas reações a colocam em destaque.

   Mulheres que tomam Eva como exemplo, e mesmo homens que o fazem, tornam-se exemplo de conduta cristã autêntica e honrada por Deus.

   A primeira, na condição estipulada por Deus para a sua conduta e postura diante do homem, a resposta sincera e lúcida, de arrependimento, na hora da maior crise, é a nota fundamental da opção clara pela busca de Deus.

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